Alguns países optam por não ter homem e mulher juntos como porta-bandeiras na abertura da Olimpíada
TÓQUIO (Reuters) - Alguns poucos países chamaram atenção na cerimônia de abertura da Olimpíada de Tóquio, nesta sexta-feira, por terem somente um homem ou uma mulher carregando sua bandeira, apesar de o Comitê Olímpico Internacional (COI) ter incentivado as delegações a ter porta-bandeiras masculino e feminino juntos.
O nadador etíope Abdelmalik Muktar e o judoca do Tajiquistão Temur Rakhimov balançaram sozinhos as bandeiras de seus respectivos países, apesar de terem mulheres na delegação.
O Congo, por outro lado, teve sua delegação de homens e mulheres representada somente pela velocista Natacha Ngoye Akamabi.
Em fevereiro, o COI divulgou comunicado pedindo aos países participantes da Olimpíada que escolhessem pela primeira vez na história tanto um homem quanto uma mulher para carregar a bandeira na cerimônia de abertura, quando possível.
Outros países que tiveram somente um homem carregando a bandeira, como os Emirados Árabes Unidos, têm delegação exclusivamente masculina.
Delegações de países conhecidos por valores e costumes conservadores em relação ao gênero atenderam ao pedido do COI, como o remador Husein Alireza e a judoca Tahani Alqahtani, que juntos sorriram ao carregar a bandeira da Arábia Saudita.
O COI prometeu trabalhar na direção da igualdade de gênero depois que o então presidente do comitê organizador da Tóquio 2020, Yoshiro Mori, foi criticado por fazer declarações sexistas sobre as mulheres em fevereiro. Mori renunciou ao cargo.
(Reportagem de Sakura Murakami)
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