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Sindicato de jogadores se preocupa com eliminatórias sul-americanas por Covid-19

23/09/2020 12h10

Por Brian Homewood

BERNA (Reuters) - O sindicato global de jogadores FIFPro tem várias preocupações sobre jogos das eliminatórias para a Copa do Mundo na América do Sul, que vão ocorrer no próximo mês, incluindo a alta incidência de Covid-19 na região, dificuldades de viagem e --para aqueles baseados na Europa-- quarentena em seu retorno.

O secretário-geral do FIFPro, Jonas Baer-Hoffmann, disse à Reuters que os jogadores deveriam ter permissão para decidir se querem jogar sem medo de sanções.

"Os jogadores precisam ser capazes de tomar decisões livremente", afirmou ele. "É uma região fortemente infectada pela pandemia e há certas restrições e alertas de viagem relacionadas à Covid-19."

Enquanto a Ásia e a Concacaf --confederação da América do Norte e Central e do Caribe-- adiaram as eliminatórias para março, a América do Sul seguirá com as duas primeiras rodadas de jogos em outubro.

No entanto, as fronteiras estão fechadas em vários países - onde as exceções teriam que ser acordadas com os governos para a entrada das equipes - e há altos índices de infecções na América do Sul.

Muitos dos principais jogadores do mundo estão envolvidos, incluindo Lionel Messi e Neymar, que foram convocados pela Argentina e pelo Brasil, respectivamente.

"Não vou sugerir que todos os jogadores não estejam dispostos a atuar, mas é claro que há jogadores que estão preocupados com isso", disse Baer-Hoffmann.

"Estamos preocupados que os jogadores possam estar em uma situação em que a proteção da saúde deles e de suas famílias entre em rota de colisão (com os compromissos das seleções)."

Baer-Hoffmann destacou que a maioria dos jogadores teria que viajar da Europa, América do Norte ou Ásia e pode enfrentar até 14 dias de quarentena ao retornar às suas bases.