Consultoria dos Jogos de Tóquio pagou R$ 2 mi ao filho de Diack, diz mídia
Uma empresa de consultoria para o comitê de candidatura olímpica de Tóquio pagou cerca de US$ 370 mil (cerca de R$ 2 milhões) ao filho de Lamine Diack, uma das autoridades esportivas mais poderosas do mundo, na época em que o Japão foi escolhido para sediar os Jogos que seriam realizados neste ano, informou a agência Kyodo News hoje
A reportagem surge em meio a investigações francesas sobre o ex-chefe do comitê de candidatura de Tóquio, Tsunekazu Takeda, por aprovar cerca de US$ 2 milhões (cerca de R$ 10,8 milhões) em pagamentos para Black Tidings, uma firma de consultoria agora extinta em Cingapura.
As revelações, baseadas em uma revisão de documentos financeiros e também em relatórios do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos e várias organizações de mídia, incluindo a Kyodo, podem lançar luz sobre o que aconteceu com os US$ 2 milhões.
A Black Tidings fez várias transferências para o filho de Diack, Papa Massata Diack, incluindo algumas em uma conta pessoal e outras para sua empresa, segundo a reportagem. O total combinado foi de cerca de US$ 370 mil, acrescentou.
Papa Massata Diack disse à Kyodo que os pagamentos não estavam relacionados à Olimpíada de Tóquio. Ele se recusou a fazer mais comentários em um e-mail à Reuters.
Os promotores franceses vinham investigando se a Black Tidings pagou ao jovem Diack para influenciar o pai, que era membro do Comitê Olímpico Internacional e acreditava controlar os votos entre os integrantes africanos.
Takeda renunciou no ano passado devido ao escândalo. Ele admitiu os pagamentos, mas nega irregularidades.
A notícia da Kyodo diz que ele negou qualquer conhecimento de transferências de dinheiro da Black Tidings.
(Reportagem de Ritsuko Ando e Nathan Layne)
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