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Neymar critica PSG após derrota para Dortmund na Liga dos Campeões

19/02/2020 09h14

Por Julien Pretot

PARIS (Reuters) - O Paris St Germain mergulhou em uma nova turbulência após a derrota por 2 x 1 pela Liga dos Campeões contra o Borussia Dortmund na terça-feira, com Neymar criticando o clube por não lhe dar tempo para recuperar completamente sua capacidade de jogo após uma lesão antes do duelo da partida de ida das oitavas de final.

    Os campeões franceses, que foram eliminados nesta mesma etapa da Liga dos Campeões nas últimas três temporadas, pareciam estranhamente lentos, com Neymar exibindo pouco brilho em sua performance, apesar de ter marcado o único gol do PSG.

A partida foi a primeira do atacante após mais de duas semanas depois de precisar repousar devido a uma leve lesão na costela, e o jogador achou que o clube foi excessivamente cauteloso.

"É difícil não jogar por quatro partidas", disse Neymar a repórteres. "Infelizmente, não foi minha escolha, veio do clube, dos médicos, foram eles que tomaram a decisão, da qual eu não gostei."

"Conversamos muito sobre isso. Eu queria jogar, estava me sentindo bem, mas o clube estava com medo, e, no final, eu que estou sofrendo", acrescentou.

O técnico Thomas Tuchel, que provavelmente será criticado por não colocar os atacantes Edison Cavani ou Mauro Icardi nos minutos finais apesar da derrota, disse que "faltou ritmo e ação competitiva" a Neymar.

     Na semana passada, o diretor esportivo do PSG, Leonardo, enfureceu-se com a "negatividade" que cercava o clube antes da partida. Com Neymar e Kylian Mbappé, "dois dos quatro melhores jogadores do mundo", o PSG não deve temer ninguém, argumentou.

Mas, embora tenha contribuído para o gol do PSG na terça-feira, a dupla ficou fora de ritmo durante a maior parte do jogo e acabou sendo ofuscada pelo adolescente norueguês Erling Haaland, que marcou um gol para dar ao Dortmund a vantagem de entrar na partida de volta, em Paris, no dia 11 de março.

     Tuchel, que disse que o time "jogou com muito medo", recebeu críticas por seu inesperado sistema 3-4-3, embora o zagueiro Presnel Kimpembe tenha dito que o técnico não era culpado.

     "A derrota não tem nada a ver com tática", disse Kimpembe. "Somos nós que estamos em campo."