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Rapinoe cobra mais investimento no futebol feminino de clubes dos EUA

Megan Rapinoe posa para foto na premiação The Best, da Fifa - Michael Regan - FIFA/FIFA via Getty Images
Megan Rapinoe posa para foto na premiação The Best, da Fifa Imagem: Michael Regan - FIFA/FIFA via Getty Images

Katie Paul e Amy Tennery

14/11/2019 10h42

A bicampeã mundial Megan Rapinoe está na linha de frente da luta da seleção feminina de futebol dos Estados Unidos pela paridade salarial, mas a atacante disse à Reuters que também espera mais investimento na liga nacional e salários melhores para as jogadoras de clubes.

No início deste mês, a Liga Nacional de Futebol Feminino dos EUA (NWSL) anunciou novas diretrizes de remuneração para 2020, incluindo um aumento de quase 20% no teto salarial, além da alocação de dinheiro que permita aos times investirem em algumas jogadoras acima do salário máximo.

Mas os fundos não podem ser usados para pagar jogadoras que são membros da seleções dos EUA e do Canadá — uma medida que Rapinoe, integrante destacada do Reignm da NWSL, criticou.

"Precisamos sentar e ter conversas mais substantivas sobre o aspecto disso", disse a californiana à Reuters quando indagada sobre as provisões alocadas do fundo. "Será um passo necessário antes de a NWSL começar no ano que vem".

A NWSL não pôde responder de imediato a um pedido de comentário.

A seleção feminina, que em maio irá a um tribunal para o julgamento de uma ação civil de discriminação de gênero contra a federação norte-americana de futebol, enfrenta a possibilidade de ver seu cronograma de treinamento para a Olimpíada de Tóquio ser ofuscado por questões legais.

Rapinoe emergiu como uma figura que transcende o esporte depois da conquista norte-americana da Copa do Mundo na França neste ano.

Além de suas críticas explícitas ao presidente Donald Trump, ela também se tornou garota-propaganda de uma campanha da Budweiser que estreou na véspera do campeonato da NWSL no mês passado.

Embora o público da liga tenha crescido para uma média de 7.337 espectadores por jogo em 2019, Rapinoe se disse frustrada com o progresso feito.

"É preciso colocar mais recursos no escritório central da NWSL", acrescentou ela, que disse que gostaria de competir na Copa do Mundo de 2023 antes de pendurar as chuteiras.

Quanto aos planos pós-aposentadoria, a atleta de 34 anos está se concentrando na preparação de um caminho para assumir um papel na administração da NWSL, e também agarraria uma chance de comandar um time.

"Eu seria uma ótima proprietária. Quero ser dona de um destes times", disse Rapinoe.