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Ex-jogador colombiano Asprilla diz que traficante se ofereceu para assassinar Chilavert

13/11/2019 10h16

BOGOTÁ (Reuters) - O ex-jogador colombiano Faustino Asprilla revelou que um traficante de drogras lhe propôs assassinar o então goleiro paraguaio José Luis Chilavert, em 1997, depois de uma partida na qual os dois trocaram agressões e foram expulsos, mas disse que impediu o crime para não macular o futebol de seu país.

O fato ocorreu após partida pelas eliminatórias da Copa do Mundo da França de 1998, disputada no estádio Defensores del Chaco, em Assunção, no qual a Colômbia perdeu por 2 x 1 e Chilavert e Asprilla foram expulsos por se agredirem.

"Recebi um telefonema no hotel e me disseram 'sou Julio Fierro, pode vir ao meu hotel'. Cheguei nesse dia e ele estava com umas dez pessoas, bêbados, estavam com mulheres paraguaias", relatou Asprilla em um documentário sobre sua vida transmitido pelo canal Telepacífico.

"É que precisamos que você dê uma autorização, estes dois caras vão ficar aqui em Assunção e querem ir matar esse gordo do Chilavert", contou o ex-jogador, que brilhou com a seleção colombiana.

Asprilla, que recentemente completou 50 anos, disse que se opôs à intenção de Fierro, que acabou sendo assassinado na Colômbia em 2004, aparentemente em meio a um ajuste de contas entre narcotraficantes, segundo fontes de segurança.

"Eu lhe disse 'como assim? Mas vocês por acaso estão loucos? Vão acabar com o futebol colombiano, isso não pode ser, não, não, não. No futebol o que aconteceu no campo fica no campo. Chilavert me deu um soco, tivemos a discussão, nos expulsaram e acabou'", disse ele, ao afirmar que os pistoleiros insistiam que Fierro ordenasse o assassinato.

(Por Luis Jaime Acosta)