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Nadador sul-africano completa maior travessia marítima da história

16/09/2019 10h17

VIEUX FORT, Santa Lúcia (Reuters) - O nadador Cameron Bellamy completou a maior travessia no mar já registrada, no domingo, ao percorrar os 151,7 quilômetros de distância entre Barbados e Santa Lúcia, no Caribe, em 56 horas e 36 minutos, de acordo com o site oficial de monitoramento de seu progresso.

O sul-africano, de 37 anos, partiu de St Peters Bay, em Barbados, às 8h20 da manhã de sábado, nadando em mares calmos com ondas suaves, mas sob calor, e chegando a Santa Lúcia antes das 5h locais de domingo, quando foi recebido pelo primeiro-ministro do país, Allen Chastanet.

"Ele conseguiu!", dizia a mensagem de um cartaz no site de monitoramento.

A mídia local noticiou que paramédicos levaram Bellamy a uma instalação médica para exames obrigatórios, mas ele parecia bem disposto quando saiu da água depois de ser levado um pouco mais longe do que o esperado pela correnteza.

A travessia é a mais recente de uma lista de proezas de Bellamy, que já atravessou o oceano Índico a remo e o Canal da Mancha a nado, angariando fundos para instituições de caridade.

Sua travessia superou os 124,4 quilômetros percorridos por Chloe McCardel do sul da Ilha Eleuthera a Nassau, nas Bahamas, cinco anos atrás, reconhecida pela Federação de Nadadores de Maratona como a maior travessia oceânica. A organização ainda não verificou formalmente o feito de Bellamy.

O nadador se hidratou a cada 30 minutos e comeu a cada hora, segundo atualizações em sua página de Facebook, seguindo um cronograma de alimentação rígido para que seu corpo permanecesse nutrido, e cobriu o corpo com uma loção a base de zinco para se proteger do sol e da água salgada.

Para combater a "boca de água salgada", ele aplicou geleia de petróleo na boca, nos lábios e na língua a cada hora e enxaguou a boca com uma solução dental.

Inicialmente, Bellamy pretendia nadar no mês passado de Cuba a Florida Keys, mas disse que seus planos foram frustrados pela recusa das autoridades norte-americanas a autorizarem que seu barco de apoio fizesse a viagem.

(Por Mark Gleeson, na Cidade do Cabo)