Grupos pró-direitos humanos criticam Fórmula 1 por conta do Barein
LONDRES (Reuters) - Grupos de direitos humanos acusaram a Fórmula 1 nesta sexta-feira de ignorar abusos supostamente relacionados ao Grande Prêmio do Barein, clamando aos líderes do esporte a honrarem compromissos e assumirem uma posição mais firme.
Os grupos Human Rights Watch (HRW); Instituto Barenita por Diretos e Democracia (BIRD, na sigla em inglês), baseado em Londres; e Index on Censorship estão entre os 17 signatários de uma carta dirigida à Fórmula 1 levantando preocupações devido à prisão da ativista feminista e blogueira Najah Yusuf.
A carta, enviada no mês passado, diz que a Alta Corte Criminal do Barein citou as críticas de Yusuf ao GP local da Fórmula 1 de 2017 em um julgamento que a levou à sentença de três anos de prisão.
A conselheira geral da Fórmula 1, Sacha Woodward-Hill, respondeu, em carta divulgada pelo BIRD nesta quarta-feira e vista pela Reuters, que a categoria levou preocupações às autoridades barenitas, que disseram que acusação e sentença não tinham "absolutamente nenhuma relação com a corrida de F-1".
Woodward-Hill afirmou que a Fórmula 1 foi assegurada de que "qualquer um que meramente critique ou continue a criticar a Fórmula 1 no Barein é livre para fazê-lo, pode dizer o que quiser e será deixado em paz para tal".
Segundo o chefe de advocacia do BIRD, Sayed Ahmed Alwadei, ativista exilado que possui parentes presos no Barein, "a resposta da Fórmula 1 demonstra cumplicidade em encobrir para o Barein".
Em comunicado, as autoridades do Barein enfatizaram que a condenação de Yusuf não tem relação com o grande prêmio.
"A defesa de Najah Yusuf não alegou que seu direito à liberdade de expressão tenha sido infringido. Protestos pacíficos de qualquer tipo são protegidos pela Constituição do Barein e não constituem crime", diz o comunicado.
(Por Alan Baldwin)
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