Liga espanhola apelará à UE se Uefa não impuser Fair Play Financeiro ao City e ao PSG
Por Simon Evans
MANCHESTER (Reuters) - A La Liga, entidade organizadora do Campeonato Espanhol, está disposta a recorrer à União Europeia se a Uefa não impuser as regras do Fair Play Financeiro (FFP) ao Manchester City e Paris Saint-Germain, disse um porta-voz à Reuters nesta terça-feira.
Os documentos do chamado 'Football Leaks', que mostraram que os dois times inflaram os rendimentos com patrocínio para cumprir os requisitos, foram obtidos pela publicação alemã Der Spiegel e analisados pela Reuters em parceria com as Colaborações Investigativas Europeias, um consórcio da mídia internacional.
Os papéis, que cobrem a maior parte dos últimos 10 anos, incluem detalhes antes inéditos da investigação da Uefa sobre as finanças dos dois clubes e os termos de acordos relacionados às regras do FFP.
"Os documentos do Football Leaks parecem confirmar o que estamos dizendo há anos", disse o porta-voz da La Liga, Joris Evers, à Reuters, acrescentando que PSG e Manchester City deveriam ser punidos.
Ele disse que sua organização não tem "plena confiança" de que a Uefa imporá as regras do FFP, acrescentando: "Caso a Uefa não aja, faremos o que dissemos antes: apresentar uma queixa às autoridades de competições da UE".
O Manchester City e o Paris St Germain, respectivamente o campeão inglês e francês, não responderam de imediato a um pedido de comentário sobre a afirmação da La Liga.
Na semana passada o City emitiu um comunicado dizendo: "Não faremos nenhum comentário fora do contexto dos materiais supostamente copiados ou roubados do City Football Group e de funcionários do Manchester City e pessoas associadas. A tentativa de prejudicar a reputação do clube é organizada e clara".
O PSG emitiu um comunicado na sexta-feira dizendo: "O Paris Saint-Germain sempre cumpriu plenamente as leis e regulamentos decretados por instituições esportivas", acrescentando que nega as alegações com firmeza.
Pelas regras do FFP, os times precisam ser transparentes a respeito de suas rendas e equilibrá-las de forma geral com seus gastos. As regras foram concebidas para incentivar as equipes a viver de acordo com seus meios e evitar que os proprietários de times mais ricos esmaguem seus rivais.
A Comissão Europeia não estava disponível de imediato para comentar. Questionada pela Reuters, a Uefa se referiu a um comunicado emitido na sexta-feira no qual disse: "Não podemos comentar casos específicos devido às obrigações de confidencialidade que a Uefa precisa respeitar".
(Reportagem adicional de Richard Martin em Milão)






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