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Presidente do Real Madrid critica decisão da Espanha de demitir Lopetegui

14/06/2018 18h36

FUT-REALMADRID-CRITICA:Presidente do Real Madrid critica decisão da Espanha de demitir Lopetegui

MADRI (Reuters) - O presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, defendeu nesta quinta-feira a nomeação de Julen Lopetegui como técnico da equipe 13 vezes campeã europeia às vésperas da Copa do Mundo, que levou à demissão do técnico pela seleção da Espanha.

Ao invés de ajudar a Espanha a se preparar para aguardada partida de sexta-feira em Sochi contra Portugal, pelo Grupo B, Lopetegui estava em Madri nesta quinta-feira sendo apresentado como sucessor de Zinedine Zidane.

    Lopetegui subiu ao palco no camarote presidencial do Santiago Bernabéu menos de 24 horas depois de voltar para casa após a humilhante demissão pelo chefe da Real Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales.

    Rubiales disse ter demitido Lopetegui porque foi informado sobre os planos futuros do técnico de 51 anos somente cinco minutos antes da notícia ser tornada pública. No entanto, Pérez disse que seu clube agiu corretamente.

“O Real Madrid e Julen chegaram a um acordo livremente. Nosso objetivo era mostrar transparência e normalidade para evitar rumores”, disse Pérez.

    “Nós ficamos surpresos pela sugestão de que este acordo poderia afetar um vestiário de jogadores de alto nível, jogadores que não deixam nada afetar suas performances como esportistas. Não há um único argumento que justifique o motivo de Julen Lopetegui não estar sentado no banco da Espanha amanhã.”

Lopetegui permaneceu invicto em 20 jogos no comando da Espanha, que é considerada uma das seleções favoritas para vencer a Copa do Mundo, até que sua demissão atrapalhou as preparações. O ex-zagueiro do Real Madrid Fernando Hierro foi nomeado como técnico para o torneio.

    “Ontem foi o dia mais triste da minha vida desde que minha mãe morreu”, disse Lopetegui, quase chorando. “Mas hoje é o dia mais feliz da minha vida.”

    O técnico ecoou as palavras de Pérez conforme tentava explicar a decisão que, no final, custou sua chance de liderar a Espanha no maior torneio de futebol do mundo.

    “Nós tivemos que fechar o acordo antes, e não durante a Copa do Mundo. Nós queríamos ser transparentes, eu não queria esconder nada como treinador. Os jogadores sabiam disto, não havia problemas e treinamos lindamente naquele dia”, acrescentou.

(Reportagem de Richard Martin)