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Associação de futebol alemã terá que pagar 19,2 milhões de euros de impostos atrasados da Copa de 2006

20/10/2017 17h31

FUT-FEDALEMANHA-IMPOSTOS:Associação de futebol alemã terá que pagar 19,2 milhões de euros de impostos atrasados da Copa de 2006

BERLIM (Reuters) - A Associação de Futebol Alemã (DFB, na sigla em alemão) tem que pagar 19,2 milhões de euros em impostos atrasados relacionados a um pagamento controverso pela Copa do Mundo de 2006, mas questionará a decisão do gabinete tributário de Frankfurt, informou a entidade nesta sexta-feira.

O gabinete disse que o pagamento de 6,7 milhões de euros da DFB à Fifa em 2005 não foi declarado devidamente e que agora a associação deve 19,2 milhões de euros.

O pagamento desencadeou várias investigações nos últimos dois anos em função de alegações de que foi usado como um fundo secreto para comprar votos a favor da proposta apresentada pela Alemanha para sediar o Mundial de 2006.

"A autoridade tributária está questionando a dedutibilidade fiscal do pagamento e o caráter não-lucrativo da DFB para o ano 2006", disse a associação em um comunicado.

"A DFB, seguindo conselhos de conselheiros tributários e legais, questionará estas avaliações de impostos alteradas".

Oficialmente, na ocasião em que o pagamento foi feito ele se destinava a uma cerimônia de abertura. Mas tal evento nunca aconteceu, e uma investigação encomendada pela DFB no ano passado disse que a soma era a devolução de um empréstimo de Robert Louis-Dreyfus, ex-diretor da Adidas, feita pela Fifa.

Nunca foi esclarecido qual foi o empréstimo inicial e por que foi devolvido ao falecido Dreyfus por meio da Fifa.

Franz Beckenbauer, chefe do comitê organizador da Copa de 2006, negou veementemente todas as alegações de que fundos foram usados para comprar votos a favor da proposta alemã.

Embora inocentado no relatório da DFB, o ex-capitão e campeão mundial enfrenta procedimentos criminais na Suíça devido a pagamento relativos ao torneio.

A Procuradoria da Suíça iniciou uma investigação criminal contra Beckenbauer e três ex-dirigentes alemães de alto escalão em 2016 relacionada a alegações de fraude, má administração criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação indevida de fundos.

    (Por Karolos Grohmann)