Presidente da Wada: Rússia progrediu, mas precisa admitir passado de doping
A Rússia realizou progressos em sua luta contra o doping, mas ainda precisa admitir que tem um problema antes de poder ser declarada completamente compatível com as normas, disse nesta quinta-feira o presidente da Agência Mundial Antidoping (Wada), Craig Reedie, à Reuters.
Há um mês a Wada retirou sua suspensão sobre a Rusada, a agência antidoping da Rússia, que foi banida de testes em novembro de 2015 após uma investigação independente acusá-la de violar sistematicamente regulações antidoping.
Isto foi antes da divulgação de um relatório mais completo e condenatório da comissão da Wada no ano passado por Richard McLaren. O relatório alegava um programa de doping patrocinado pelo Estado na Rússia, que o Kremlin negou.
A Rusada ainda não é considerada compatível com as normas pela Wada, mas agora está apta a retomar testes, sob a supervisão de especialistas internacionais escolhidos e da agência antidoping do Reino Unido (Ukad), após cumprir condições estabelecidas pelo órgão antidoping global.
Reedie disse que agora há recursos cruciais em vigor para eliminar uso de doping.
"Houve progresso, em nosso ponto de vista... Então haverá um exercício de testes muito, muito maior e mais forte na Rússia agora para que haja mais pessoas para fazê-los. Um dos problemas que tínhamos, era que simplesmente não havia capacidade suficiente na Rússia para fazer todas as análises que queríamos. Não há analistas independentes suficientes na Rússia", disse Reedie.
O dirigente de 76 anos, que também é membro do Comitê Olímpico Internacional, disse que ainda há um elemento crucial que precisa ser cumprido antes que as equipes russas possam voltar a competir em atletismo ou nos Jogos Paralímpicos.
Tanto a Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF) quanto o Comitê Paralímpico Internacional (IPC) ainda consideram a Rússia fora das regras.
"Uma das condições para uma conformidade renovada é, na verdade, uma admissão de que havia um problema e, espero, alguma declaração de contrição", disse Reedie.
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