Imagem projeta como será a Arena Fonte Nova, que apresenta atraso nas obras |
As novas críticas da Fifa sobre os preparativos do Brasil para a Copa do Mundo de 2014, incluindo o ritmo das obras em estádios e aeroportos, são uma "visão imprecisa" de quem acompanha os trabalhos de longe, disse nesta segunda-feira o ministro do Esporte, Orlando Silva.
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, voltou a criticar na semana passada o andamento de obras nos estádios do Mundial e na modernização e ampliação da infraestrutura do país, incluindo sistemas de transporte e aeroportos.
"Essa é uma manifestação de quem desconhece o Brasil e acompanha remotamente a preparação do país... As posições expressam uma visão imprecisa sobre o que acontece no Brasil", disse Silva a jornalistas após reunião de coordenação com a presidente Dilma Rousseff.
A preparação brasileira para a Copa do Mundo tem sido bastante criticada tanto dentro quanto fora do país, que voltará a realizar um Mundial pela primeira vez desde 1950.
O novo estádio do Corinthians, que será construído em São Paulo, já foi descartado para a Copa das Confederações de 2013 porque não ficará pronto a tempo, enquanto várias obras, incluindo a reforma do Maracanã, sofreram aumento de custos.
Segundo Silva, o clube paulista espera assinar contrato com a Odebrecht ainda nesta semana e haverá uma redução "muito significativa" do valor previsto para a construção do estádio.
O ministro reconheceu que o país precisa melhorar a infraestrutura dos aeroportos, mas disse que a questão dos terminais teve uma "evolução nítida".
Em maio, o governo anunciou a concessão dos aeroportos de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília para modernização e ampliação destes terminais.
A Infraero, estatal que administra os aeroportos, estima que os 12 aeroportos que serão utilizados pelas cidades-sede da Copa receberão investimentos de 5,6 bilhões de reais até 2014.
A reunião de coordenação da presidente Dilma com alguns ministros teve tema central a aprovação do Regime Diferenciado de Contratação (RDC) para a Copa e a Olimpíada de 2016, que prevê que o orçamento estipulado para uma determinada obra só será divulgado publicamente após o encerramento da licitação.
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