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'Torcida do Vasco é nós e do Flamengo é eles', diz candidato Lula ao falar sobre polarização na política

Esporte News Mundo (redacao@esportenewsmundo.com.br)

25/08/2022 22h39

O ex-presidente e candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, usou o futebol para tentar explicar a polarização política brasileira. Em entrevista ao “Jornal Nacional”, da Rede Globo, na noite desta quinta-feira, Lula fez analogias com torcidas organizadas e com jogadores para responder uma pergunta sobre o “nós contra eles” na sociedade brasileira, e reforçou que “adversários” não são, necessariamente, “inimigos”. O candidato ainda citou a partida entre São Paulo e Flamengo, pela Copa do Brasil.

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– Feliz era o Brasil e a democracia brasileira quando a polarização era entre PT e PSDB. A gente era adversário político, trocava farpas, mas se a gente se encontrasse num restaurante eu não tinha nenhum problema de tomar uma cerveja com o Fernando Henrique Cardoso, com o José Serra ou o Alckimin. Porque a gente não se tratava como inimigo. A gente se tratava como adversário. A militância é como torcida organizada. Mas torcida organizada não é a torcida do Flamengo, do Vasco, aquela que briga, que vaia o time. Não sei se você viu o jogo do São Paulo ontem (quarta-feira), o Rafinha que jogava no Flamengo ontem engrossou lá, e (depois) ele e outro do Flamengo se abraçaram. Porque política é assim. Você tem divergência, você briga, mas você não é inimigo – disse Lula, que completou após ser perguntado novamente por William Bonner sobre um possível estímulo da polarização.

– Você (Bonner) já foi em campo de futebol? Você já foi junto? É nós e eles. A torcida do Vasco é nós e a do Flamengo é eles. Acho que não estimula. Polarização é saudável no mundo inteiro. Tem nos EUA, na Alemanha, na França, na Noruega, na Finlândia. Não tem polarização no Partido Comunista chinês e no cubano. A polarização é saudável, é importante, é estimulante. Estimula a militância a ir pra rua, carregar bandeira. O que é importante é não confundir polarização com estímulo ao ódio. Me dou muito bem com o PSDB, que foi meu maior adversário por tanto tempo. Aprendi na minha vida a conversar, negociar, conversar com os contrários – finalizou Lula.

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