Serena Williams sugere que deixará o tênis após o US Open
A dona de 23 títulos de Grand Slam, que participa do WTA 1000 de Toronto, no Canadá, explicou que não gosta de utilizar a palavra aposentadoria e que estava pensando nesta "transição" que prefere classificar como "evolução".
"Estou aqui para dizer que estou evoluindo do tênis para outras coisas que são mais importantes para mim", escreveu a tenista de 40 anos, que cita o desejo de ter um segundo filho como motivos para deixar o tênis.
Serena Williams tem uma filha, Alexis Olympia, que nasceu em setembro de 2017, após um parto complicado, em que a tenista sofreu embolia pulmonar.
A americana admitiu que a menina deseja uma irmã, inclusive colocando o pedido nas orações.
Serena Williams, que ontem venceu a primeira partida em mais de um ano, ao vencer a espanhola Nuria Párrizas Díaz, em Toronto, ainda afirmou que, se fosse um homem, não teria a necessidade de escrever a carta.
"Estaria ali, jogando e vencendo, enquanto minha esposa está fazendo o trabalho físico de aumentar nossa família. Talvez, fosse mais um Tom Brady, se tivesse tido essa chance. E que não me entendam mal: adoro ser mulher e amei cada segundo da gravidez de Olympia", disse a tenista, se referindo ao astro do futebol americano.
A tenista também reconheceu que, diferente de outras atletas que deixaram o tênis quando sentiram que era a hora, seu adeus não representa uma alegria pessoal, mas sim "uma grande dor", por ter que escolher entre a carreira e a vida pessoal.
"Adoro vencer, adoro batalhar, adoro treinar. Não estou certa se todos os jogadores enxergam assim, mas adoro o aspecto da atuação, ser capas de entreter as pessoas semanas após semana", disse.
Embora não tenha falado de forma aberta que deixará o tênis após o US Open, que começa em 29 de agosto, disse que tentará vencer o torneio e que não quer que seja produzido um momento final de despedida na quadra nova-iorquina.
Serena Williams, que se tornou profissional com apenas 14 anos, em 1995, e conquistou 23 títulos de Grand Slam, o primeiro, justamente o US Open, em 1992. EFE
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