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Reino Unido congela todos os ativos do oligarca russo Roman Abramovich

10/03/2022 14h20

Londres, 10 mar (EFE).- O governo do Reino Unido anunciou nesta quinta-feira que congelou todos os ativos do oligarca russo Roman Abramovich, que é dono do Chelsea, atual campeão mundial, pela "estreita relação" mantida com o regime de Moscou, liderado por Vladmir Putin, "durante décadas".

O gabinete de Downing Street publicou uma lista com sete oligarcas sancionados, pelos vínculos com o Executivo da Rússia, como resposta à invasão que o país fez ao território da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro deste ano.

"Essa relação incluiu a obtenção de benefício financeiro ou outros benefícios materiais, através de Putin ou do governo", indicou o Executivo britânico, em comunicado sobre a decisão envolvendo Abramovich, que está proibido de viajar ao Reino Unido.

O magnata comprou o Chelsea em 2013, por cerca de 100 milhões de euros (R$ 553,12 milhões, em valores atuais). Desde então, o clube se tornou um dos mais vencedores da Europa, com 18 títulos, incluindo duas Ligas dos Campeões e um Mundial de Clubes, conquistado neste ano.

Dias depois do início da invasão à Ucrânia, o oligarca russo anunciou que estava colocando o clube londrino à venda.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, garantiu hoje que não "pode haver refúgios seguros" para aqueles que apoiam a "feroz agressão de Putin contra a Ucrânia".

"As sanções anunciadas hoje são mais um passo no apoio inquebrantável do Reino Unido ao povo ucraniano. Seremos implacáveis na perseguição de quem permite a matança de civis, a destruição de hospitais e a ocupação ilegal de aliados soberanos", disse o premiê.

A ministra de Relações Exteriores britânica, Liz Truss, disse, além disso, que as medidas demonstram mais uma vez que "oligarcas e cleptocratas não têm lugar em nossa economia e sociedade, já que são cúmplices essa agressão".

"Suas mãos estão manchadas com o sangue do povo ucraniano. Deveriam estar envergonhados", disse a chefe da diplomacia do Reino Unido.

Entre os sancionados hoje, também estão Igor Sechin, CEO da companhia Rosneft, e Oleg Deripaska, que detém participação no grupo En+, cuja fortuna é estimada em mais de 2 bilhões de euros (R$ 11,06 bilhões). EFE