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Detido por crimes corporativos, presidente da Sampdoria diz que renunciará

06/12/2021 17h39

Roma, 6 dez (EFE).- O presidente da Sampdoria, Massimo Ferrero, comunicou a "vontade de renunciar de forma imediata" ao cargo para evitar que o clube seja "gratuitamente prejudicado", após ter sido preso nesta segunda-feira por crimes corporativos e falência.

Ferrero, de 70 anos e dono da Sampdoria desde 2014, decidiu renunciar "para proteger da melhor forma os interesses das demais atividades nas quais trabalha e, em particular, para isolar qualquer especulação sobre uma possível ligação" com o clube, de acordo com um comunicado emitido pela Sampdoria.

O empresário e produtor cinematográfico, que foi detido nesta manhã em Milão e levado para a prisão de San Vittore, disse que está à "disposição imediata e completa" dos investigadores, que serão contatados pelos seus advogados, Luca Ponti e Giuseppina Tenga.

"É com grande surpresa que tomamos conhecimento da ação de uma medida cautelar de detenção contra Massimo Ferrero, ordenada pelo Ministério Público da República da Paola (na região da Calábria) por questões ligadas a acontecimentos de muitos anos atrás e para as quais a necessidade de medidas cautelares não é clara devido à óbvia ausência de atualidade", diz o comunicado do clube.

"Cabe destacar que estes assuntos, de qualquer forma, não estão ligados à gestão e presidência da Sampdoria, mas às atividades romanas de Ferrero relacionadas com o mundo do cinema", acrescenta.

Ferrero foi preso por crimes corporativos e falência, em investigação que envolveu outras cinco pessoas.

O dirigente da Sampdoria, que foi transferido para uma prisão de Milão, foi preso por membros da Guarda de Finança (polícia financeira) por ordem do Ministério Público de Paola, que está encarregado da investigação.

Cinco outras pessoas estão envolvidas na investigação, incluindo a sua filha, Vanessa Ferrero, e o seu genro, para as quais foi ordenada, por enquanto, a prisão domiciliar. EFE