Após receber asilo humanitário, atleta bielorrussa embarca rumo à Polônia
Tsimanouskaya procurou proteção da polícia no aeroporto de Haneda, em Tóquio, na segunda-feira, quando, segundo seu relato, o comitê bielorrusso tentou embarcá-la à força ao país natal, algo que ela descreveu como um "sequestro", e desde então se refugiou na embaixada polonesa.
O país da Europa Central, que apoia os refugiados políticos bielorrussos e a oposição democrática ao regime de Alexander Lukashenko, foi o primeiro a se oferecer para receber a atleta. Já o Comitê Olímpico Internacional (COI) abriu uma investigação sobre o caso.
O atleta deixou a embaixada polonesa na manhã desta quarta e foi para o aeroporto de Narita, em Tóquio, para pegar um voo para a Polônia, de acordo com a imprensa japonesa.
No início do dia, o embaixador da Polônia no Japão, Pawel Milewski, anunciou que Tsimanouskaya estava "bem" e "grata" pela ajuda que recebeu, além de estar se preparando para a viagem.
A atleta, que se distinguiu por apoiar protestos contra o regime de Lukashenko e estar em contato com dissidentes democráticos em seu país, temeu represálias ao retornar a Belarus, como ela explicou em vídeos e mensagens postadas nas mídias sociais.
A velocista de 24 anos iria disputar os 200m na última segunda-feira, mas na quinta-feira passada, depois de reclamar de ter sido forçada por seus técnicos a competir no revezamento 4x400m em cima da hora, foi acusada na TV estatal bielorrussa de falta de "espírito de equipe" e de perder seu "equilíbrio psicológico e emocional".
A atleta apresentou na segunda-feira um pedido urgente de medida cautelar à Corte Arbitral do Esporte (CAS) para anular a decisão de sua comissão de não deixá-la participar das eliminatórias dos 200m, mas ele foi indeferido por "falta de provas".
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