Opositor venezuelano pede para Canadá acolher atleta de equipe de refugiados
Sella, de 24 anos, vivia em Trinidad e Tobago desde 2018, mas o país se recusou a lhe conceder um visto após o passaporte dele expirar.
"Notifico que solicitamos formalmente ao Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) a ativação de protocolos de reassentamento humanitário para que nosso compatriota boxeador olímpico Eldric Sella possa ser recebido no Canadá", escreveu Viera-Blanco em sua conta no Twitter, na qual disse ser importante organizar uma força-tarefa que proporcione uma vida digna ao atleta.
O pai do boxeador, Edward Sella, afirmou ontem à emissora venezuelana "VPI" que o Acnur estava procurando um país que pudesse receber o filho.
Nesta terça, o ministro das Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza, acusou a agência da ONU de usar Sella ideologicamente contra o seu país. Ele afirmou que o boxeador não é um refugiado, e sim um migrante, e que ninguém o persegue.
"Ele pode voltar para casa sempre que quiser. Ele migrou para Trinidad e não pôde receber um status ao qual não se aplica. O Acnur o usou ideologicamente contra a Venezuela", denunciou Arreaza, que também acusou a agência da ONU de agir por interesses políticos e "sem rigor".
Eldric Sella, de 24 anos, é um dos 29 atletas que participaram dos Jogos Olímpicos de Tóquio na equipe de refugiados. Ele foi derrotado nesta segunda-feira pelo dominicano Euri Cedeño em sua estreia no peso médio. O venezuelano chegou ao Japão graças aos esforços do Acnur, do Comitê Olímpico Internacional e à concessão de um visto americano.
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