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Após furo em bolha, Vidal reclama de falta de apoio à seleção chilena

23/06/2021 04h22

Santiago (Chile), 22 jun (EFE).- O meio-campista Arturo Vidal reclamou nesta terça-feira das críticas recebidas pela seleção do Chile no país e acusou parte da imprensa de tentar criar uma crise antes da partida contra o Uruguai, realizada ontem na Arena Pantanal, em Cuiabá, e que terminou empatada em 1 a 1.

"Foram um ou dois dias muito complicados, porque no Chile há muita falação. Em vez de criticar, deveriam apoiar, não inventar coisas que não aconteceram. Mas essas coisas para nós aqui como equipe nos unem, estamos sozinhos lutando por um objetivo e representando um país, que nos dará força para o que está por vir", declarou Vidal em uma entrevista à estação de rádio colombiana "W Radio".

No último domingo, um dia antes do jogo contra a 'Celeste', um grupo de jogadores da 'La Roja' quebrou a bolha sanitária do hotel em que estão hospedados em Cuiabá por permitir a entrada de um cabeleireiro.

Até que o caso, que gerou punição a Vidal e ao zagueiro Gary Medel, foi confirmado, uma série de rumores foi divulgada pela imprensa chilena e nas redes sociais.

"Tivemos um jogo difícil com os problemas que foram inventados. Cometemos o erro de trazer um cabeleireiro para cima, mas isso já faz parte do passado e esperamos que só falemos de futebol", acrescentou Vidal.

VIDAL VÊ BRASIL E ARGENTINA COMO FAVORITOS.

Sobre o desenrolar da Copa América, Vidal disse que Brasil e Argentina são as equipes que ele mais gostou até agora e, em sua visão, têm mais chances de título.

"O Brasil parece muito bom. Além de ser o anfitrião, sabe jogar neste clima, que é bastante complicado, e a Argentina é sempre muito forte com Leo (Messi). Eles são as duas equipes que têm deixado uma boa impressão", comentou o meia da Inter de Milão.

Sobre a seleção chilena, ele declarou que o time vem melhorando pouco a pouco e enalteceu o fato de não ter perdido nenhuma das três partidas disputadas até agora - empates com Argentina e Uruguai e vitória sobre a Bolívia.

O jogador de 34 anos encerrou a entrevista falando sobre a Eurocopa, que vem sendo disputada ao mesmo tempo que a Copa América em diversas sedes no Velho Continente. Ao contrário do que acontece na América do Sul, na Europa os jogos têm presença de pública.

"Lá se pratica um futebol mais fluido, eles controlam muito bem a bola. E eu valorizo os jogos que estão acontecendo com público, se sente a diferença no ambiente. As pessoas podem desfrutar do futebol, e aqui não há torcedores no estádio. Dá para sentir a diferença", comparou.