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Cavani se diz contra Copa América, mas afirma ser preciso enfrentar situação

15/06/2021 07h05

Montevidéu, 14 jun (EFE).- O atacante Edinson Cavani, da seleção do Uruguai, declarou nesta segunda-feira ser contra a disputa da Copa América, mas ressaltou que, como a competição foi mantida, a sua obrigação e a de seus companheiros é dar o máximo em busca do título.

"Em momentos difíceis, a melhor coisa a fazer teria sido parar. Pensei sobre isso também quando estava de fora. A mensagem que passei para os meus companheiros de equipe no momento em que soubemos que iríamos jogar é que temos que encarar a situação e passar por isso. Temos que cuidar de nós mesmos e fazer o melhor que pudermos. Entrar em campo e competir, não há outra opção. Essa é a decisão que tomamos", declarou 'El Matador' em entrevista coletiva no centro de treinamentos da 'Celeste'.

Cavani cumpriu suspensão no empate com o Paraguai em 0 a 0, em Montevidéu, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, no último dia 3, e retornou cinco dias depois, no duelo com a Venezuela, em Caracas, que terminou com o mesmo placar.

O centroavante de 34 anos está na seleção desde 2009 e tem no currículo o título da Copa América de 2011 e o quarto lugar no Mundial de 2010. Ele revelou que pretende deixar a Celeste após a Copa do ano que vem, no Catar.

"No aspecto futebolístico, meu objetivo no nível da seleção nacional é realizar esse outro sonho de chegar à Copa do Mundo no Catar e depois dar um passo para o lado e me dedicar mais à minha família, ao meu povo, às minhas coisas. Acho que estamos naquela última dança", comentou.

Por sua vez, Tabárez, que vem sendo alvo de críticas após os dois empates da última semana, que deixaram o Uruguai na quinta posição das Eliminatórias, com oito pontos, disse que nos últimos dias se dedicou a "atualizar conceitos".

Sobre a Argentina, adversária de estreia, o 'Mestre' elogiou Messi por sua capacidade de decidir tanto com jogadas individuais quanto com passes para os companheiros finalizarem.

Ao ser perguntado sobre a realização da Copa América no Brasil, o treinador se mostrou desconfortável, mas declarou que é preciso seguir em frente.

"Sabíamos que haveria uma Copa América e isso foi decidido. Não é o momento de voltar a questões que já foram resolvidas. Se não fosse jogado no Brasil, onde seria jogada? No Uruguai estamos piores do que nunca desde o início da pandemia, e nenhum dos países da América do Sul está livre da doença. Teremos que ir com essa bagagem e teremos que nos preocupar com os cuidados, protocolos, fazer todo o possível e, mesmo assim, pode ser difícil evitar algum contágio. É um risco que nós assumimos", analisou.