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Suga reafirma que Tóquio receberá Jogos apesar do novo estado de emergência

07/01/2021 17h50

Tóquio, 7 jan (EFE).- O primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, reforçou nesta quinta-feira que o país receberá os Jogos Olímpicos de Tóquio no próximo verão de forma "estável e segura", mesmo após a declaração de um novo estado de emergência na capital devido ao aumento recorde de casos de covid-19.

"Primeiro, vamos fazer todos os esforços para vencer a covid-19. E vamos organizar os Jogos Olímpicos de forma segura e estável, tomando todas as medidas necessárias", disse Suga quando perguntado se a aplicação desta medida extraordinária poderia afetar o megaevento.

Na entrevista coletiva em que anunciou o novos estado de emergência para Tóquio e arredores, o governante disse que os anfitriões e o Comitê Olímpico Internacional (COI) "continuarão trabalhando" para organizar os Jogos Olímpicos "sem falhas" e dentro do prazo previsto.

A nova medida, que estará em vigor até 7 de fevereiro, implica restrições aos horários de abertura dos bares e restaurantes e a recomendação do trabalho remoto, entre outras restrições que não incluem o confinamento da população.

Suga também demonstrou confiança de que o início das campanhas de vacinação em diferentes países e no Japão, onde o imunizante só deverá começar a ser distribuído no final de fevereiro, irá "mudar o ambiente no povo japonês" para os Jogos. "O que nos preocupa agora é o controle das infecções", pontuou.

O apoio popular aos Jogos Olímpicos entre a população japonesa diminuiu nos últimos meses do ano passado, principalmente devido à contínua propagação do novo coronavírus no país, de acordo com várias pesquisas realizadas pela imprensa local.

Um levantamento feito pelo canal público de televisão "NHK" mostrou que 32% dos estrevistados eram a favor do cancelamento permanente dos Jogos Olímpicos, enquanto 31% eram a favor de um novo adiamento, e 27% concordaram em manter a programação.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio ocorrerão, inicialmente, de 23 de julho a 8 de agosto, depois de terem sido adiados por um ano em março de 2020 devido à pandemia de covid-19.