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Maradona é sepultado em cerimônia íntima após tumultos e comoção em traslado

27/11/2020 12h20

Buenos Aires, 26 nov (EFE).- O corpo de Diego Maradona foi sepultado nesta quinta-feira após uma despedida popular marcada por muita comoção, tumultos e aglomeração durante o traslado.

Maradona foi enterrado no cemitério Jardin Bella Vista, a cerca de 40 quilômetros de Buenos Aires e onde seus pais, Diego Maradona e Dalma Salvadora Franco, popularmente conhecidos como "Don Diego" e "Dona Tota", foram sepultados em 2015 e 2011, respectivamente.

Apenas 25 pessoas participaram do último adeus ao eterno craque dentro do cemitério, onde foi realizada uma cerimônia religiosa. O caixão estava coberto por uma bandeira da Argentina.

A família de Maradona participou da despedida íntima, incluindo duas das filhas, Dalma e Gianinna, a ex-esposa Claudia Villafañe e seu ex-agente Guillermo Cóppola.

A cerimônia durou cerca de uma hora e marcou o final de um dia de despedidas de um apaixonado povo que não poupou demonstrações de dor e até mesmo de violência nas ruas.

Por decisão da família, os restos mortais do craque foram velados em uma das salas principais da Casa Rosada, sede do governo do país.

O velório foi aberto ao público por quase 12 horas, durante as quais passaram milhares de fãs do ex-jogador, que morreu na quarta-feira, aos 60 anos, em casa, após sofrer uma parada cardiorrespiratória.

A fila para entrar na Casa Rosada se estendeu por quase dois quilômetros, e houve tumultos quando alguns torcedores, temendo que não pudessem entrar devido ao iminente fechamento do espaço, derrubaram cercas e entraram em confronto com a polícia.

Houve até mesmo momentos de tensão dentro da sede do governo, o que forçou o fechamento da entrada e a retirada do caixão para uma sala adjacente por razões de segurança.

Fontes oficiais confirmaram à Agência Efe que 13 pessoas foram presas por participação nos distúrbios e 11 policiais e um civil foram feridos.

Após o velório, os restos mortais de Maradona foram levados para o cemitério em um cortejo fúnebre que foi saudado por milhares de pessoas. EFE

nk/id

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