Maduro lamenta morte de Maradona: "Irmão e amigo da Venezuela"
"Muita tristeza, a lenda do futebol nos deixou. Um irmão e amigo incondicional da Venezuela. Querido e irreverente 'Pelusa' (apelido de infância), você sempre estará em meu coração e meus pensamentos. Não tenho palavras neste momento para expressar o que sinto. Até sempre, 'Pibe' (garoto) da América", escreveu o governante no Twitter.
Mais tarde, o presidente venezuelano dedicou uma boa parte de um discurso que fez através do canal estatal "VTV" para lembrar a estrela argentina.
"Cultivamos uma verdadeira amizade. A última vez que falei com ele foi no seu aniversário", disse Maduro, enquanto agradecia a lealdade de Maradona e por ser "um grande rebelde contra as injustiças e os opressores do mundo".
O chefe de governo da Venezuela relatou que em janeiro foi a última vez que se encontrou com a estrela argentina durante uma reunião no palácio presidencial em Caracas. Segundo ele, naquela ocasião, Maradona lhe disse que pretendia ajudá-lo a resolver os problemas de importação de alimentos, que o governo alega serem fruto de sanções estrangeiras. "Ele nos ajudou com algumas coisas secretas", confessou.
O ídolo argentino manifestou diversas vezes apoio ao governo de Maduro, principalmente quando o mandatário era questionado pela comunidade internacional, acusado de ser autoritário e ditatorial.
Em 2017, ano em que houve vários protestos contra o governo na Venezuela, que resultaram em mais de 120 mortes - muitas causadas pelas ações das forças de segurança -, Maradona se declarou um "soldado" de Maduro e afirmou que sempre apoiaria o líder venezuelano, a quem também chamava de "irmão".
O ex-jogador também visitou a Venezuela diversas vezes, quase sempre para participar de atos políticos em apoio à chamada revolução bolivariana ou para se reunir com Maduro.
Maradona viajou a Caracas pela última vez em janeiro deste ano, quanto a televisão estatal venezuelana divulgou imagens do encontro com o mandatário e a primeira-dama, Cilia Flores, em um ambiente descontraído e de bem-humorado.
Vários dirigentes do chavismo usaram as redes sociais para expressar condolências ao saberem da morte de Maradona. Um deles foi o presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Diosdado Cabello, que compartilhou uma foto que mostra o argentino junto a Hugo Chávez e Fidel Castro, que morreram em 2013 e 2016, respectivamente.
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