Fifa contesta investigação contra Infantino: "Nada que a sustente"
"Não havia e não há absolutamente nenhuma razão para iniciar uma investigação, porque nada de criminoso aconteceu nem há nada para aparecer. Não há nada que a sustente, não há evidência concreta alguma de qualquer tipo de infração penal", escreveu a entidade máxima do futebol mundial na carta.
A investigação criminal aberta por Keller, que foi divulgada na última quinta-feira, está relacionada a uma reunião que Infantino teve com o procurador-geral anterior, Michael Lauber, que estava investigando um esquema de corrupção no futebol e deixou o cargo em 24 de julho.
Lauber iniciou uma extensa investigação sobre corrupção no futebol, envolvendo a Fifa, que tem sua sede na cidade suíça de Zurique. Keller acredita que vários crimes podem ter sido cometidos, incluindo abuso de poder, violação de sigilo a que os funcionários públicos estão vinculados, assistência aos infratores e incitação a tais atos.
"Um encontro com um procurador não é ilegal em nenhuma parte do mundo. Na época das reuniões entre o presidente da Fifa e o procurador federal da Suíça, o Ministério Público Federal da Suíça estava conduzindo investigações em mais de 20 casos relacionados à Fifa, e a Fifa é considerada uma parte lesada nestes processos. Portanto, era inteiramente lógico que o presidente da Fifa se reunisse com o procurador federal", argumentou a organização.
Infantino já se mostrou à disposição das autoridades judiciais e frisou que desde que assumiu o cargo vem ajudando na investigação de irregularidades dentro da Fifa, a fim de restaurar a credibilidade da organização.
"O presidente da Fifa e os funcionários da Fifa foram falar com o chefe da justiça do país para descrever as mudanças ocorridas na Fifa se comprometeram a cooperar na perseguição dos atos criminosos. O presidente da Fifa foi lá de boa fé e como representante da Fifa. Isto também faz parte de seus deveres fiduciários", acrescentou a federação, que apontou falhas no processo aberto por Keller.
"Primeiramente, Stefan Keller não apresentou nenhum elemento óbvio ou fundamento legal que justifique a abertura de uma investigação. Ele também não tem nenhum detalhe que vá ao âmago do caso. Além disso, a investigação foi aberta sem sequer consultar primeiro o presidente da Fifa, a fim de pedir uma explicação", critica a nota.
Infantino foi eleito presidente da Fifa em fevereiro de 2016, meses depois de ter sido estourado o caso que ficou conhecido como 'Fifagate', que levou à cadeia vários dirigentes condenados por corrupção. EFE
sab/dr
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