Brasileiro que joga em Wuhan revela receio de voltar à China
O atacante Leo Baptistão, que defende o Wuhan Zall, time da cidade chinesa onde se originou a epidemia de coronavírus, confessou que teme voltar à China após a pré-temporada da equipe na Espanha.
"Eu e a minha família temos um pouco de medo. Mas dizem que a situação está estável, que podemos voltar tranquilamente, e assim faremos. O que nos disseram é que, se voltarmos, não seria a Wuhan neste momento, mas a outra cidade da China até que esteja totalmente seguro", explicou.
Como a epidemia continua em expansão, a situação ainda é indefinida e tem gerado complicações no planejamento da equipe e no lado emocional de cada jogador.
"O pior é que não temos datas para nada. Há uma limitação para a comissão técnica porque não sabemos quando começamos a jogar, a carga de treinos. Isso é complicado. Ganhamos folgas, mas acho que isso não importa para os jogadores chineses, não acredito que eles vão conseguir aproveitá-las sabendo que suas famílias estão em perigo", analisou.
Segundo Baptistão, a previsão atual é que o elenco só retorne à China em abril, mas os prazos já foram alterados algumas vezes.
"Temos suposições de quando o campeonato pode começar, mas já mudaram muitas vezes. Inicialmente, já teríamos que ter voltado à China, agora dizem que voltaremos em meados de abril. Estamos pendentes de qualquer informação que surja", comentou.
O Wuhan Zall faz pré-temporada na região espanhola da Andaluzia desde janeiro. Para o brasileiro, embora a prorrogação do prazo afete o planejamento, o período de concentração ajuda a unir a equipe.
"É como uma pré-temporada eterna. Treinamos de manhã e de tarde. Temos tratamentos, videogame, conversamos uns com os outros, assistimos jogos, e quando temos tardes livres saímos para comer ou para tomar um café. Tudo soma. Conviver, conhecer a situação de cada um. Sabemos que temos companheiros lidando mal (com a situação), e isso cria um vínculo positivo na hora de ir a campo", acrescentou.
Sobre a expansão do vírus, o jogador disse que, embora algumas notícias da China tragam um certo otimismo com o passar dos dias, a situação na Europa é motivo de preocupação.
"No momento, na China, dizem que todo dia tem notícias boas. Agora (a expansão do coronavírus) está crescendo na Europa, e acredito que devemos nos preocupar um pouco, evitar que não se expanda muito, porque lá já sabem como controlá-la", argumentou.
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