Topo

Sem citar Bulgária, presidente da Uefa diz que entidade é dura com o racismo

15/10/2019 12h22

Redação Central, 15 out (EFE).- A Uefa divulgou comunicado nesta terça-feira sore o combate ao racismo, em que o presidente da entidade, Aleksander Ceferin, fala em não ter tolerância a atos de ódio e em punições sérias, sem mencionar diretamente os incidentes registrados durante o jogo entre Bulgária e Inglaterra, em Sófia.

"Como órgão de governança, sei que não vamos ganhar nenhum concurso de popularidade. As punições da Uefa estão entre as mais duras dentro do mundo do esporte, para clubes e federações cujos torcedores mostram comportamentos racistas em nossos jogos", garantiu.

"A sanção mínima é o fechamento parcial do estádio, uma medida que custa aos mandantes, pelo menos, centenas de milhares (de euros) em renda perdidas e que estigmatiza os torcedores", completou o dirigente.

Ceferin admitiu que, por se tratar de tema social e político, as entidades esportivas não conseguem resolver sozinhas o problema do racismo, mas pediu um voto de confiança para a entidade que dirige, que ainda não anunciou abertura de procedimento contra a federação búlgara, o que pode acontecer nos próximos dias.

"Acreditem, a Uefa está comprometida em fazer tudo o que for possível para eliminar essa doença do futebol. Não podemos nos permitir ficarmos satisfeitos com isso. Precisamos nos esforçar sempre para fortalecer nossa determinação", afirmou.

Ontem, a partida entre as seleções búlgara e inglesa, que terminou com goleada dos visitantes por 6 a 0, pelas Eliminatórias para a Eurocopa de 2020, foi paralisada duas vezes pelo árbitro croata Ivan Bebek, devido as ofensas racistas proferidas por torcedores locais aos jogadores do 'English Team'.

No jogo disputado no Estádio Nacional, em Sófia, um grupo foi flagrado durante a transmissão do jogo fazendo saudações nazistas e ostentando camisas ironizando a campanha de tolerância da Uefa, com frase em inglês que dizia "Sem Respeito". EFE