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Messi diz que quer seguir no Barça, mas pede "projeto vencedor" ao clube

Lionel Messi em reapresentação do elenco do Barcelona no Camp Nou - Albert Gea/Reuters
Lionel Messi em reapresentação do elenco do Barcelona no Camp Nou Imagem: Albert Gea/Reuters

12/09/2019 09h11

O atacante argentino Lionel Messi afirmou hoje (12), em entrevista publicada pelo jornal catalão "Sport", que quer encerrar a carreira no Barcelona, mas mostrou incômodo com a atual situação do clube, ressaltando a importância de ter um projeto ganhador para os próximos anos.

Na entrevista, afirma que seria bom para a estabilidade do clube se não houvesse tantas mudanças na estrutura esportiva e aponta o nome do ex-jogador Carles Puyol como candidato a secretário técnico. Messi ainda revelou que o elenco não pediu a contratação de Neymar, mas deu sua opinião favorável à negociação. Como o atacante brasileiro não veio, o craque argentino disse que esta é uma prova de que ele não manda no Barcelona.

"Quero estar no Barcelona o máximo que eu puder, fazer aqui toda a minha carreira porque essa é minha casa. Mas também não quero ter um contrato longo e ficar aqui porque tenho um vínculo, e sim porque quero estar bem fisicamente, jogar e ser importante, ver que há um projeto vencedor", afirmou o astro.

"Quero ganhar neste clube. Esta é a minha casa. Não tenho a intenção de ir a lado algum", completou Messi ao ser perguntado sobre o fim de seu contrato com o Barcelona, que termina em 2020.

Sobre as negociações entre Barcelona e Neymar, Messi disse que acompanhou o diálogo entre as diretorias dos dois clubes muito de perto, apesar de não saber detalhes do que ocorreu, e que queria a volta do ex-companheiro ao time. Para ele, o retorno do brasileiro teria aumentado a chance de a equipe catalã conseguir os resultados planejados para a temporada.

"Teria ficado encantado se ele visse. Entendo que as pessoas eram contra e é normal por tudo o que tinha ocorrido com Ney, pela forma como ele foi embora, como nos deixou. Mas pensando em nível esportivo, Neymar é um dos melhores do mundo", disse Messi.

"Sinceramente não sei (se o Barcelona fez o possível para recuperá-lo). Não tinha muitas informações sobre como as negociações avançavam. Ney queria muito. Também entendo que é muito difícil negociar com o Paris (Saint-Germain) e é difícil por tratar-se dele, que é um dos melhores", acrescentou o craque argentino.

A preferência por Neymar expõe que o restante do elenco não queria a contratação do francês Antoine Griezmann, principal reforço do Barcelona na temporada. Perguntado se já o conhece bem, Messi foi mais sucinto, se limitando a dizer que ainda não treinou muito com o grupo devido à lesão que o tirou do início da temporada.

"Em breve poderemos compartilhar muitas coisas. (_) Estou apenas treinando ainda. Não tenho data definida para voltar. Vou fazendo testes. Contra o Valencia, é certo que ainda não estarei (em campo). Veremos se volto contra o Borussia (Dortmund, pela Liga dos Campeões) ou contra o Granada (pelo Campeonato Espanhol)", disse o artilheiro.

Messi também falou sobre um possível convite de Cristiano Ronaldo para que os dois jantassem juntos.

"Não tenho problema com ele. Sempre disse que não tenho problema com ele, que não éramos amigos porque não tínhamos compartilhado um vestiário. Não sei se haverá jantar, mas se houver, não há problema", disse o atacante do Barcelona.

O craque argentino aproveitou a entrevista para lamentar a morte da filha de Luis Enrique, ex-técnico do Barcelona e da seleção da Espanha, vítima de um câncer nos ossos.

"Foi algo terrível, algo que ninguém esperava, apesar de sabermos um pouquinho como o tratamento estava indo. É uma notícia que você nunca espera, menos ainda de uma pessoa tão pequena. São coisas que não têm explicação e nós sentimos muito. Todos temos filhos e pensar em uma coisa assim, no que sofre a família, é terrível. Não posso dizer nada porque não sei como reagiria em um momento assim. É complicado", afirmou o jogador.