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Kokorin e Mamaev têm prisões preventivas prorrogadas por mais 2 meses

06/02/2019 12h22

Moscou, 6 fev (EFE).- A Justiça da Rússia determinou nesta quarta-feira o prolongamento da prisão preventiva do atacante Aleksandr Kokorin e do meia Pavel Mamaev, ambos com passagem pela seleção do país, que respondem pelos crimes de vandalismo e agressão, após se envolverem em uma briga em um bar de Moscou.

Hoje, foi realizada audiência no tribunal de Tverskoi, foi acatado pedido do Ministério Público, que já concluiu as investigações, mas, alegou precisar mais tempo para apresentar todo o inquérito contra a dupla de jogadores e outros envolvidos no caso.

Na sessão, foi destacado que Kokorin e Mamaev foram acusados por vários delitos, "alguns deles graves" e que, por serem figuras notórias, têm estreitos laços com pessoas influentes na Rússia, por isso, poderiam conseguir algum tipo de interferência favorável no processo.

A defesa, por sua vez, atacou a promotoria, acusou as vótimas de realizar falso testemunho e pediu a libertação dos jogadores mediante pagamento de fiança, o que não aconteceu.

Além disso, os advogados de Kokorin e Mamaev disseram ter encontrado uma pessoa que estava no bar, no momento da briga, e viu o funcionário do alto escalação do Ministério da Indústria e Comércio Denis Pak insultar ambos e seus acompanhantes.

A defesa do atacante do Zenit São Petersburgo, além disso, lembrou que o departamento médico do clube atestou que o jogador tem artrose em um dos joelhos, devido uma grave lesão sofrida no ano passado e que, o período na prisão, sem que possa realizar tratamento correto, pode encerrar sua carreira.

A princípio, de acordo com as leis russas, Kokorin e Mamaev podem ficar presos por até 12 meses, no entanto, existe a possibilidade da acusação convencer o tribunal de que o processo é tão complexo, que o julgamento precise ser atrasado e a detenção prorrogada.

Ambos estão encarcerados desde outubro do ano passado, enquadrados nos artigos 213 (vandalismo) e 116 (agressão) do Código Penal da Rússia. A condenação por ambos pode resultar em sentenças de até sete anos de prisão para cada um. EFE