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Chefe das buscas pede para que avião de Emiliano Sala seja retirado do mar

Emiliano Sala, durante partida pelo Nantes - SEBASTIEN SALOM GOMIS / AFP
Emiliano Sala, durante partida pelo Nantes Imagem: SEBASTIEN SALOM GOMIS / AFP

05/02/2019 10h44

Paris, 5 feb (EFE).- O chefe da equipe privada que faz as buscas pelo atacante argentino Emiliano Sala e o piloto David Ibbotson, pediu nesta terça-feira (05) que o avião em que ambos viajavam seja retirado do fundo do Canal da Mancha, onde foi localizado.

"É caro, mas, o que importa o dinheiro, diante do desejo das duas famílias", afirmou David Mearns, responsável pela operação, em entrevista publicada no jornal francês "L'Équipe".

Segundo o chefe da equipe de buscas, a retirada dos corpos dos destroços poderá ajudar nas investigações. Além disso, lembrou que, se os parentes já não têm mais esperanças de encontrar Sala e Ibbotson com vida, seria uma forma de alivar a dor de todos.

A partir de um financiamento privado, que permitiu a continuidade da procura pelo avião, que sumiu do radar em 21 de janeiro, a equipe de Mearns utilizou um barco de 19 metros, na região do Canal da Mancha próxima a ilha anglo-normanda de Guernsey.

A partir do uso de um sonar, foi possível encontrar a aeronave, quase intacta. Na sequência, um equipamento submarino fez imagens dos destroços e identificou um dos corpos.

De acordo com Mearns, durante três dias, as autoridades britânicas irão trabalhar na região, para obter elementos e, nesse período, decidir se será necessário retirar o avião.

"É uma operação delicada, contudo, possível. Já se recuperaram aviões em águas mais profundas", explicou o chefe da equipe privada.

Ontem, o Departamento de Investigação de Acidentes Aéreos do Reino Unido (AAIB) divulgou que deverá publicar um relatório provisório sobre a tragédia daqui duas semanas, aproximadamente.

Emiliano Sala viajava para Cardiff onde se apresentaria a nova equipe, de mesmo nome e que disputa a primeira divisão do Campeonato Inglês. O jogador havia sido contratado junto ao Nantes por 15 milhões de libras (R$ 71,9 milhões). EFE