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Presidente do Boca diz que não descarta resolver Libertadores no tapetão

25/11/2018 17h39

Buenos Aires, 25 nov (EFE).- O presidente do Boca Juniors, Daniel Angelici, admitiu neste domingo a possibilidade de pedir a desclassificação do River Plate da Taça Libertadores, o que representaria a conquista do heptacampeonato continental pelo clube 'xeneize'.

"A intenção é sempre definir os jogos dentro de campo, eu sempre disse isso. Mas viajaremos para Assunção à espera, antes de mais nada, de uma definição do Tribunal Disciplinar da Conmebol sobre o extenso relatório que apresentamos", disse o dirigente.

O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, convocou Angelici e o mandatário do River Plate, Rodolfo D'Onofrio, para uma reunião em Assunção nesta terça-feira a fim de discutir a nova data da partida de volta da final da competição continental.

O Boca pediu a suspensão do jogo, que deveria ter acontecido ontem, foi remarcado para hoje e depois adiado sem data definida, baseado no artigo 18 do regulamento da confederação continental. Nele, está estabelecida a desclassificação do River, mandante da partida de volta, que ainda não aconteceu devido a um ataque ao ônibus dos 'Xeneizes'.

"Penso que os jogos são vencidos dentro de campo, mas também devo respeitar o estatuto, porque não sou dono do clube, mas presidente. Às vezes, não se pode atuar segundo o que se pensa", disse Angelici.

A nova posição dos dirigentes do Boca contrasta com o acordo que o seu presidente assinou junto com D'Onofrio para adiar em um dia a realização da decisão depois do caso de violência deste sábado.

"Assinei ontem porque pensei nas pessoas. Queria que o jogo fosse suspenso e que as 60 mil pessoas pudessem ser retiradas do estádio", justificou o presidente do hexacampeão continental, que vê sua atitude como uma forma de acabar com o clima tenso vivido no Monumental de Nuñez.

O treinador de Boca, Guillermo Barros Schelotto, endossou o discurso do clube e declarou que a melhor decisão para hoje era que a bola não rolasse. "As 24 horas que vivemos não têm nada a ver com uma festa e uma final de Libertadores. Não estávamos em condições de jogar", disse.