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Presidente da Conmebol confirma suspensão da final da Libertadores

25/11/2018 15h48

Buenos Aires, 25 nov (EFE).- O jogo de volta da final da Taça Libertadores, entre River Plate e Boca Juniors, que deveria ter acontecido ontem e foi remarcado para este domingo, foi novamente adiado, ainda sem previsão de uma nova data, como informou o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez.

"Não estão garantidas as condições de igualdade entre ambas as equipes. Como estamos pelo bem do futebol, vamos convocar os dois clubes a Assunção para buscar uma nova data", disse a autoridade máxima da entidade que rege o futebol sul-americano.

"Queremos que os jogadores, quando entrarem em campo, o façam sem desculpa alguma. O Conselho da Conmebol não garante o espetáculo e por esse motivo vamos adiar a partida", completou Domínguez, em entrevista ao "Fox Sports" argentino.

O segundo jogo da decisão da Libertadores estava marcado para este sábado, mas a bola não rolou porque o ônibus que levava a delegação do Boca do hotel de concentração para o estádio Monumental de Nuñez foi atacado com pedras e outros objetos. Para piorar, a polícia tentou dispersar a multidão com gás de pimenta e acabou afetando alguns jogadores, que se sentiram mal.

O meia Pablo Pérez, com uma lesão no olho causada por estilhaços da janela do veículo, precisou ser hospitalizado fora do estádio. Alguns jogadores sofreram cortes pelo corpo, e outros, como o atacante Carlos Tévez, vomitaram diversas vezes pelos efeitos do gás.

A partida começaria ontem às 18h (de Brasília). Com a confusão, a Conmebol reagendou o pontapé inicial três vezes: para as 19h e paras as 20h15 de ontem e para as 18h de hoje, mas acabou optando pela suspensão.

"Não é culpa da Conmebol, mas dos inaptos. Temos relatos médicos que não garantem que haja igualdade esportiva. A decisão já está tomada", decretou o dirigente paraguaio, que mudou sua posição inicial a pedido do Boca Juniors.

"Não há tempo a perder, não quero que as pessoas se mobilizem. A violência não é algo que devemos deixar de lado. Temos que fazer uma autocrítica", finalizou Domínguez, que fez o anúncio 45 minutos depois da abertura dos portões do Monumental.