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Permanecem presos 9 suspeitos de envolvimento em fraude no futebol belga

12/10/2018 06h01

Bruxelas, 12 out (EFE).- Os juízes belgas que instruem o suposto caso de fraude no futebol do país ordenaram que permaneça na prisão nove dos detidos por suposto envolvimento no caso, acusados principalmente de lavagem de dinheiro.

Trata-se de quatro agentes de jogadores e a esposa de um deles, dois diretores do clube KV Malines, um árbitro e um ex-advogado do Anderlecht, segundo informa nesta sexta-feira a agência local "Belga".

Os juízes do juizado de instrução da cidade de Tongeren interrogaram durante uma noite todos os detidos pelo caso, já que foram presos na manhã de quarta-feira, e com isso iria expirar o período de 48 horas em que poderiam ficar sob custódia.

De fato, foi necessário recorrer a um terceiro juiz como reforço, informou "Belga".

Depois dos interrogatórios, os juízes ordenaram que permaneçam presos os agentes Karim Mejjati e Mogi Bayat, assim como o ex-advogado do Anderlecht, Laurent Denis, os três acusados de lavagem de dinheiro, mas não de manipulação ou corrupção, segundo seus advogados.

Também deve permanecer preso o Dejan Veljkovic, acusado de envolvimento em uma organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção, segundo informou seu advogado de defesa.

Além disso, a esposa dele também deve seguir detida por ordem do juiz.

Os juízes também confirmaram que o diretor-financeiro do KV Malinas, Thierry Steemans, e o coproprietário do clube, Olivier Somers, suspeitos de terem tentado influenciar em certas partidas da equipe na temporada passada.

Por último, também deve permanecer preso o árbitro Bart Vertenten, acusado de participação em uma organização criminosa e corrupção.

A investigação por suposto fraude no futebol belga tornou-se pública na última quarta-feira e envolve um total de nove clubes do país: RSC Anderlecht, Club Brugge, KRC Genk, KV Kortrijk, FC Malines, KV Oostende, KSC Lokeren, KAA Gent e o Standard de Liège.

Ao todo, foram sequestradas pela justiça bens e contas bancárias, que geraram arrecadação de 3,6 milhões de euros (R$ 15,5 milhões).

De acordo com as investigações até o momento, os principais envolvidos seriam os agentes Dejan Veljkovic e Mogi Bayat, um dos mais influentes do futebol belga, que teriam liderado uma trama financeira, comissões ocultas e manipulado a transferência de jogadores.