Principais tenistas colocam em xeque Copa Davis financiada por Piqué
Xangai (China), 11 out (EFE).- A nova Copa Davis, que será disputada a partir do ano que vem com um grande aporte financeiro do grupo de investimentos Kosmos, fundado e presidido pelo zagueiro Gerard Piqué, do Barcelona, nem começou a ser disputada e já está sendo colocada em dúvida pelos principais tenistas do circuito, que reclamam que o torneio alongaria a temporada e atrapalharia o tempo de descanso.
Primeiro foi o sérvio Novak Djokovic, ex-líder do ranking e atual número 3 do mundo, a afirmar nesta quinta-feira que dará prioridade à futura Copa do Mundo da ATP em relação à nova Davis. Depois, o suíço Roger Federer, segundo na classificação e maior vencedor de Grand Slams entre os homens em torneios de simples, declarou que a nova competição não foi projetada para ele, mas para as novas gerações.
"Vamos ver o que acontece, mas não acredito que isso tenha sido criado para mim, de qualquer forma. Foi criado para a futura geração de jogadores", opinou.
No dia 16 de agosto, em assembleia realizada em Orlando (EUA), a Federação Internacional de Tênis (ITF) decidiu que a partir do ano que vem a Davis se tornará um evento de duas semanas de duração. A fase final terá 18 países, que se enfrentarão em um evento de uma semana de duração em sede neutra, em confrontos de apenas três jogos, em vez dos cinco atuais, e todos em melhor de três sets, e não mais cinco.
A decisão gerou bastante polêmica, mas tem o apoio do grupo Kosmos, de Piqué. Os investidores prometeram colocar US$ 3 bilhões no evento ao longo de 25 anos.
O novo formato, que substitui o estabelecido em 1900, entrará em vigor a partir do ano que vem e será apresentado em evento na próxima semana em Madri, sede das duas primeiras finais.
Embora ainda não tenha descartado disputar a Davis, Djokovic disse hoje que dará prioridade à futura Copa do Mundo. "Entre as duas, darei prioridade à Copa do Mundo por Equipes, porque essa é uma competição da ATP, mas, obviamente, ainda temos que discutir pessoalmente dentro da minha equipe", comentou.
"Espero que haja uma discussão mais ampla entre os jogadores para ver como vamos encarar estas duas competições e, com sorte, podemos chegar ao ponto de termos uma grande Copa do Mundo", acrescentou o atual campeão de Wimbledon e do US Open.
Na visão de 'Nole', a melhor solução seria mesmo unificar os eventos, mas, por enquanto, a realização de ambas está confirmada. A nova Davis estreará em 2019, e a Copa do Mundo, um ano depois. O sérvio reclamou que o intervalo entre elas seria de apenas cinco ou seis semanas, a princípio entre o fim de setembro e o começo de novembro. "Sinto que a data da Davis (novembro) é muito ruim, especialmente para os melhores jogadores", avaliou.
A primeira grande baixa confirmada para a nova competição da ITF é o alemão Alexander Zverev, número 5 do circuito, que disse não querer jogar tênis em novembro.
"Acredito que todos os melhores dirão o mesmo. Temos um mês e meio de descanso em nossa temporada, entre novembro e o final de dezembro. Fazer um torneio no fim de novembro, ter que competir nesse período, é uma loucura. No fim do ano, estamos todos cansados", criticou o tenista de 21 anos, que disse ter conversado a respeito com alguns colegas.
"Nós, tenistas, conversamos com a ATP sobre como fazer com que a temporada seja mais curta, e não mais longa, e isso não está acontecendo. Garanto a vocês que não serei o único (a ficar fora da Davis)", disse.
Na opinião de Federer, o tempo dirá como o torneio funciona. "É difícil falar a respeito agora. Acredito que é preciso dar uma oportunidade justa. Claramente, nunca voltará a ser a mesma, a menos que voltem a mudá-la, o que é bem improvável no momento" afirmou o suíço, que torce para que a nova Davis vingue.
"Espero que tenha sucesso, que tudo funcione e que os jogadores gostem. Espero que os fãs desfrutem. Mas não sei o que deveria falar a respeito. Só o tempo dirá. Por enquanto, tudo é um grande ponto de interrogação", comentou.
Primeiro foi o sérvio Novak Djokovic, ex-líder do ranking e atual número 3 do mundo, a afirmar nesta quinta-feira que dará prioridade à futura Copa do Mundo da ATP em relação à nova Davis. Depois, o suíço Roger Federer, segundo na classificação e maior vencedor de Grand Slams entre os homens em torneios de simples, declarou que a nova competição não foi projetada para ele, mas para as novas gerações.
"Vamos ver o que acontece, mas não acredito que isso tenha sido criado para mim, de qualquer forma. Foi criado para a futura geração de jogadores", opinou.
No dia 16 de agosto, em assembleia realizada em Orlando (EUA), a Federação Internacional de Tênis (ITF) decidiu que a partir do ano que vem a Davis se tornará um evento de duas semanas de duração. A fase final terá 18 países, que se enfrentarão em um evento de uma semana de duração em sede neutra, em confrontos de apenas três jogos, em vez dos cinco atuais, e todos em melhor de três sets, e não mais cinco.
A decisão gerou bastante polêmica, mas tem o apoio do grupo Kosmos, de Piqué. Os investidores prometeram colocar US$ 3 bilhões no evento ao longo de 25 anos.
O novo formato, que substitui o estabelecido em 1900, entrará em vigor a partir do ano que vem e será apresentado em evento na próxima semana em Madri, sede das duas primeiras finais.
Embora ainda não tenha descartado disputar a Davis, Djokovic disse hoje que dará prioridade à futura Copa do Mundo. "Entre as duas, darei prioridade à Copa do Mundo por Equipes, porque essa é uma competição da ATP, mas, obviamente, ainda temos que discutir pessoalmente dentro da minha equipe", comentou.
"Espero que haja uma discussão mais ampla entre os jogadores para ver como vamos encarar estas duas competições e, com sorte, podemos chegar ao ponto de termos uma grande Copa do Mundo", acrescentou o atual campeão de Wimbledon e do US Open.
Na visão de 'Nole', a melhor solução seria mesmo unificar os eventos, mas, por enquanto, a realização de ambas está confirmada. A nova Davis estreará em 2019, e a Copa do Mundo, um ano depois. O sérvio reclamou que o intervalo entre elas seria de apenas cinco ou seis semanas, a princípio entre o fim de setembro e o começo de novembro. "Sinto que a data da Davis (novembro) é muito ruim, especialmente para os melhores jogadores", avaliou.
A primeira grande baixa confirmada para a nova competição da ITF é o alemão Alexander Zverev, número 5 do circuito, que disse não querer jogar tênis em novembro.
"Acredito que todos os melhores dirão o mesmo. Temos um mês e meio de descanso em nossa temporada, entre novembro e o final de dezembro. Fazer um torneio no fim de novembro, ter que competir nesse período, é uma loucura. No fim do ano, estamos todos cansados", criticou o tenista de 21 anos, que disse ter conversado a respeito com alguns colegas.
"Nós, tenistas, conversamos com a ATP sobre como fazer com que a temporada seja mais curta, e não mais longa, e isso não está acontecendo. Garanto a vocês que não serei o único (a ficar fora da Davis)", disse.
Na opinião de Federer, o tempo dirá como o torneio funciona. "É difícil falar a respeito agora. Acredito que é preciso dar uma oportunidade justa. Claramente, nunca voltará a ser a mesma, a menos que voltem a mudá-la, o que é bem improvável no momento" afirmou o suíço, que torce para que a nova Davis vingue.
"Espero que tenha sucesso, que tudo funcione e que os jogadores gostem. Espero que os fãs desfrutem. Mas não sei o que deveria falar a respeito. Só o tempo dirá. Por enquanto, tudo é um grande ponto de interrogação", comentou.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.