Sampaoli admite que pressão por título atrapalhou Argentina na Copa
Madri, 9 out (EFE).- O ex-técnico da seleção argentina Jorge Sampaoli quebrou o silêncio sobre a participação da equipe na última Copa do Mundo em entrevista ao jornal espanhol "Marca" nesta terça-feira e admitiu que a cobrança sobre ele e os jogadores pela conquista do título era muito grande.
A 'Albiceleste' foi eliminada pela França nas oitavas de final do Mundial da Rússia, depois de ter passado pela fase de grupos com uma vitória, um empate e uma derrota. Na primeira vez em que falou com a imprensa após a participação no torneio e de sua saída da seleção, Sampaoli analisou o desempenho da bicampeã e reconheceu que a pressão pelo tri dificultou o trabalho.
"Muitas vezes, tive que me aproximar de muitos jogadores e dizer para que eles desfrutassem... Não sei, eu acredito que nos preparamos muito bem, mas depois a Copa em si não foi tão boa, obviamente. Devíamos ter equilíbrio para que a obrigação de vencer que o jogador argentino tinha não nos deixasse mais ansioso. Cada jogo era quase um sofrimento. Mas, dito isso, é importante destacar: nunca se deixou de treinar bem, de fazer uma preparação a fundo para os jogos", declarou o treinador, atualmente desempregado.
Sampaoli afirmou que a equipe viveu um ano de "muita tempestade, exigência, obrigação e imediatismo", no qual a comissão técnica e os jogadores eram obrigados a vencer. Em sua visão, isso representou uma mochila pesada demais, o que se refletia em campo.
"Para nós e os jogadores, não era apenas um jogo devido ao compromisso que havia. Viajamos para ver os jogadores, conversamos muito com eles. Foi um trabalho muito duro, que acabou não prosperando porque só havia uma opção: sermos campeões do mundo. E nessa obrigação, diante de qualquer adversidade, tudo era mais complexo. Em nenhum momento conseguimos desfrutar. A meta era sempre alta demais", analisou.
Em um 'mea culpa', o técnico afirmou ser o culpado por a Argentina não ter conseguido ter um estilo de jogo específico. Ele destacou que a campeã França sabia jogar como equipe, com contra-ataques rápidos. Enquanto isso, a Espanha, que era sua favorita, também não passou das oitavas - caiu nos pênaltis contra a anfitriã Rússia. "Hoje em dia, é muito mais fácil não deixar jogar e aproveitar alguma chance do que propor o jogo", opinou.
Perguntado se ficou incomodado com reuniões que os jogadores tiveram sem sua presença durante a Copa, o técnico argumentou que os encontros serviam para fortalecer o grupo e melhorá-lo no que definiu ser um momento muito complexo.
"O problema não são as reuniões, o problema é que as reuniões se tornem públicas. Os jogadores da Argentina de 1986 se reuniam constantemente, mas só soubemos disso depois que foram campeões", ponderou.
Por fim, afirmou ter sido incrível treinar Lionel Messi e destacou que o craque do Barcelona se esforçou ao máximo para levar a Argentina ao tri.
"Foi incrível, principalmente por vê-lo comprometido, sofrendo muito quando não vencia. O melhor jogador da história estava muito comprometido. Leo sofria como ninguém a impossibilidade de conseguir. Pesava mais nele que em qualquer outro não termos podido crescrer como grupo", revelou.
A 'Albiceleste' foi eliminada pela França nas oitavas de final do Mundial da Rússia, depois de ter passado pela fase de grupos com uma vitória, um empate e uma derrota. Na primeira vez em que falou com a imprensa após a participação no torneio e de sua saída da seleção, Sampaoli analisou o desempenho da bicampeã e reconheceu que a pressão pelo tri dificultou o trabalho.
"Muitas vezes, tive que me aproximar de muitos jogadores e dizer para que eles desfrutassem... Não sei, eu acredito que nos preparamos muito bem, mas depois a Copa em si não foi tão boa, obviamente. Devíamos ter equilíbrio para que a obrigação de vencer que o jogador argentino tinha não nos deixasse mais ansioso. Cada jogo era quase um sofrimento. Mas, dito isso, é importante destacar: nunca se deixou de treinar bem, de fazer uma preparação a fundo para os jogos", declarou o treinador, atualmente desempregado.
Sampaoli afirmou que a equipe viveu um ano de "muita tempestade, exigência, obrigação e imediatismo", no qual a comissão técnica e os jogadores eram obrigados a vencer. Em sua visão, isso representou uma mochila pesada demais, o que se refletia em campo.
"Para nós e os jogadores, não era apenas um jogo devido ao compromisso que havia. Viajamos para ver os jogadores, conversamos muito com eles. Foi um trabalho muito duro, que acabou não prosperando porque só havia uma opção: sermos campeões do mundo. E nessa obrigação, diante de qualquer adversidade, tudo era mais complexo. Em nenhum momento conseguimos desfrutar. A meta era sempre alta demais", analisou.
Em um 'mea culpa', o técnico afirmou ser o culpado por a Argentina não ter conseguido ter um estilo de jogo específico. Ele destacou que a campeã França sabia jogar como equipe, com contra-ataques rápidos. Enquanto isso, a Espanha, que era sua favorita, também não passou das oitavas - caiu nos pênaltis contra a anfitriã Rússia. "Hoje em dia, é muito mais fácil não deixar jogar e aproveitar alguma chance do que propor o jogo", opinou.
Perguntado se ficou incomodado com reuniões que os jogadores tiveram sem sua presença durante a Copa, o técnico argumentou que os encontros serviam para fortalecer o grupo e melhorá-lo no que definiu ser um momento muito complexo.
"O problema não são as reuniões, o problema é que as reuniões se tornem públicas. Os jogadores da Argentina de 1986 se reuniam constantemente, mas só soubemos disso depois que foram campeões", ponderou.
Por fim, afirmou ter sido incrível treinar Lionel Messi e destacou que o craque do Barcelona se esforçou ao máximo para levar a Argentina ao tri.
"Foi incrível, principalmente por vê-lo comprometido, sofrendo muito quando não vencia. O melhor jogador da história estava muito comprometido. Leo sofria como ninguém a impossibilidade de conseguir. Pesava mais nele que em qualquer outro não termos podido crescrer como grupo", revelou.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.