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Vettel tenta quebrar hegemonia da Mercedes no Japão para voltar ao páreo

03/10/2018 12h37

Redação Central, 3 out (EFE).- Cada vez mais distante do britânico Lewis Hamilton (Mercedes) na luta pelo título, o alemão Sebastian Vettel (Ferrari) tentará mais uma vez reagir no Mundial de Fórmula 1 neste fim de semana, mas precisará vencer o Grande Prêmio do Japão, dominado pela equipe rival nas últimas temporadas.

Vettel venceu apenas uma das seis corridas mais recentes, na Bélgica, e ainda viu o outro tetracampeão do grid levar a melhor em todas as outras - Alemanha, Hungria, Itália, Cingapura e Rússia. Com isso, o alemão está a 50 pontos do britânico (306 a 256), a cinco rodadas do fim da disputa.

Para piorar a situação do piloto da Ferrari, a Mercedes foi ao topo do pódio nas últimas quatro corridas em Suzuka, com o próprio Hamilton em 2014, 2015 e 2017 e com o já aposentado Nico Rosberg em 2016. Vettel recebeu a bandeirada à frente pela última vez em 2013, ainda pela Red Bull, no ano de seu último título.

Aliás, o GP do Japão é um bom indicativo de quem será campeão. Desde 2010, apenas em uma ocasião quem subiu ao ponto mais alto do pódio da prova não foi o vencedor da temporada, em 2011, ano em que o britânico Jenson Button triunfou pela McLaren e justamente Vettel obteve o título.

Apesar da passividade demonstrada nas últimas corridas, o alemão ainda não desistiu do penta e quer uma vitória em Suzuka para tirar o rival da zona de conforto.

"Eu ainda acho que se vencermos as próximas corridas, podemos colocar muita pressão sobre eles e fazer algo acontecer. Não é fácil, mas acredito que, se tudo correr bem, temos alguma chance. Não está inteiramente nas nossas mãos, mas precisamos dar nosso máximo para aproveitar alguma possível bobeira deles", declarou o ferrarista à emissora britânica "BBC".

Na Mercedes, apesar da folga na ponta da tabela, ainda repercute o jogo de equipe realizado no GP da Rússia, que terminou com dobradinha da escuderia. O finlandês Valtteri Bottas, pole position em Sochi, recebeu uma ordem através do rádio e precisou abrir passagem para Hamilton, ficando em segundo lugar. O britânico se negou a cravar ter sido uma boa decisão do time, mas ressaltou que a medida foi importante.

"Só o tempo irá dizer (se o jogo de equipe deu certo). Essa é uma das coisas conflitantes que temos no esporte, mas, no fim das contas, somos uma equipe. A equipe quer vencer todos os campeonatos, e não um só deles, e é por isso que os chefes da Mercedes e de nossa equipe tomaram essa decisão", comentou o atual campeão.

Quanto às outras escuderias, a Red Bull está consolidada como terceira força, mas continuar sem fazer frente às duas primeiras. Logo depois, há uma briga embolada da qual só não vêm fazendo parte Williams e McLaren, para lamento de Hamilton.

"É uma loucura pensar que temos a Williams bem no fundo do grid. Uma equipe que já teve Nigel Mansell no carro e Damon Hill, vencendo campeonatos. E a McLaren, que era uma família para mim e que também lutou na parte da frente por um longo período. Só espero que haja luz no fim do túnel para eles", afirmou.