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Crespo diz que Messi não ganhará Copa "sozinho" como fez Maradona

17/06/2018 13h59

Redação Central, 17 jun (EFE).- O ex-atacante Hernán Crespo, que disputou três edições da Copa do Mundo, minimizou as críticas ao atual camisa 10 da seleção argentina, deixando de lado que não é possível cobrar do craque do Barcelona o mesmo que fez Diego Armando Maradona, na edição disputada no México, em 1986.

"Messi não é Maradona. Ele, sozinho, não ganha um Mundial. Isso, todos os argentinos e também seus companheiros de time, precisam entender. É um fenômeno, quando é colocado nas condições corretas, como no Barcelona. De outra forma, ele tem dificuldades", disse o antigo goleador, em entrevista ao jornal italiano "Gazzetta dello Sport".

"Leo pode passar por um ou dois, e Dieguito driblou cinco adversários contra a Inglaterra. Entendem a diferença?" completou.

Crespo, que defendeu a Argentina em 64 jogos, tendo marcado 35 gols, e com presenças nos Mundiais de 1998, 2002 e 2006, voltou as baterias contra os demais jogadores da seleção, especialmente, do setor ofensivo, por pouco contribuirem em campo.

"Quem ajudou Messi contra a Islândia? Di María não finalizou uma vez, o meio não ajudou. A Argentina não joga como um time, não se move como um time. Todos estão ali, esperando o momento de Messi, mas não é possível dar a responsabilidade de cada ação a um só jogador", avaliou.

O ex-atacante de River Plate, Parma, Lazio, Inter de Milão, Chelsea e Milan garantiu que, se estivesse no lugar do técnico Jorge Sampaoli, trabalharia para dar condições para que o camisa 10 ficasse sempre em condições de concluir as jogadas.

"Sei que Leo é determinante. No entanto, os jogos da Argentina tem esse roteiro: Messi contra todos os rivais, e os companheiros olhando", disse o antigo 9 da 'Albiceleste'.

Crespo ainda imaginou como seria se Messi estivesse na seleção portuguesa, no lugar de Cristiano Ronaldo, que, segundo o ex-atacante, atua mais coletivamente.

"Se colocamos Messi em Portugal, ele faria loucuras no contra-ataque. O problema, é que, com a Argentina, os rivais se fecham, não há espaços. Assim, é preciso um esquema, um jogo organizado, uma ideia para superar os obstáculos", concluiu.