Tecnologia "decide", e França estreia com vitória suada sobre a Austrália
Kazan, 16 jun (EFE).- Uma das seleções mais badaladas desta Copa do Mundo, a França encontrou grande dificuldade contra a Austrália neste sábado, na Kazan Arena, mas estreou no torneio com uma vitória por 2 a 1 em um jogo marcado pela primeira intervenção do árbitro de vídeo na história dos Mundiais e também pelo auxílio da tecnologia de linha de gol.
Os 'Bleus' têm uma equipe formada por jogadores de renome internacional e dois dos protagonistas de algumas das transferências mais caras da história: o meia Pogba e o atacante Dembélé, que custaram 105 milhões de euros a Manchester United, em 2016, e Barcelona, em 2017, respectivamente. Entretanto, o futebol mostrado ficou aquém do esperado.
Após um primeiro tempo sem gols, Griezmann abriu o placar convertendo um pênalti sofrido por ele mesmo e que não seria marcado se não fosse pelo auxílio do VAR. Também em penalidade, Jedinak empatou, mas Pogba garantiu o triunfo da campeã mundial em chute no qual a bola cruzou a linha por centímetros, mas que não teve margens para reclamações graças à tecnologia.
Dessa forma, a França largou em vantagem no grupo C, pelo qual, ainda hoje, às 13h de Brasília, o Peru enfrentará a Dinamarca. O time dirigido por Didier Deschamps voltará a campo na próxima quinta-feira, para medir força com Paolo Guerrero e companhia. No mesmo dia, os 'Socceroos' terão a campeã europeia de 1992 pela frente.
Em Kazan, os dois treinadores preferiram escalar times mais leves. Na França, Deschamps, capitão na vitória sobre o Brasil pro 3 a 0 na final de 1998, escalou um trio de ataque formado por Mbappé, Griezmann e Dembélé, deixando Giroud no banco. Nas laterais, Pavard, pela direita, e Hernández, pela esquerda, levaram a melhor nas respectivas disputas com Sidibé e Mendy.
Já na Austrália, Juric e o experiente Cahill foram opções entre os reservas, e o veloz Nabbout atuou como referência na frente, esperando a aproximação de Rogic, Leckie e Kruse.
Os 'Bleus' tiveram uma boa descida pela direita logo com um minuto de partida, com Mbappé, que foi lançado por baixo, invadiu a área e chutou para boa defesa do goleiro Ryan. Pouco depois, aos cinco, Pogba preparou de cabeça, Griezmann bateu de fora da área e o camisa 1 caiu para segurar.
A França trocava passes, mas não imprimia ritmo forte, enquanto a Austrália esperava "a boa" para tentar surpreender, o que por pouco não aconteceu aos 16. Mooy bateu falta da ponta esquerda, Tolisso desviou contra o próprio patrimônio e Lloris salvou a equipe europeia.
A marcação da atual campeã da Copa da Ásia era forte, o que levava os franceses a cometer muitos erros. Aos 24, Pogba abriu para Pavard, que cruzou procurando por Griezmann, mas Miligan cortou. Mais tarde, aos 29, Hernández recebeu do próprio Griezmann na esquerda da área, mas foi desarmado por Sainsbury e ainda cometeu falta.
Os problemas de articulação e de futebol coletivo da vice-campeã europeia permitia que os 'Socceroos', muito focados na marcação, se soltassem vez o outra. Aos 44, o lateral-esquerdo Behich tentou o cruzamento e a defesa bloqueou, mas ele mesmo ficou com a sobra e, de pé direito, bateu rente ao travessão.
O segundo tempo começou meio morno, mas esquentou com uma intervenção importante do árbitro de vídeo. Aos 11 minutos, Griezmann invadiu a área e foi derrubado por Risdon. O uruguaio Andrés Cunha não marcaria pênalti, mas foi ajudado pelo VAR e apontou a marca da cal. O próprio Griezmann bateu firme no canto esquerdo e fez 1 a 0.
A alegria dos franceses durou apenas cinco minutos, tempo de que a Austrália necessitou para deixar tudo igual. Após o chuveirinho na área pela direita de Mooy, Umtiti pôs a mão na bola na área, e Cunha desta vez deu a penalidade sem ajuda externa. Jedinak cobrou com categoria, deslocando Lloris, e empatou.
Os dois técnicos então mexerem nas equipes em busca da vitória. Bert van Marwijk trocou Nabbout por Juric, enquanto Deschamps mandou a campo Fekir e Giroud nas vagas de Dembélé e Griezmann. A campeã mundial de 1998 tinha mais a bola, mas voltava a esbarrar na fura marcação adversária e na própria deficiência na criação. No desespero, aos 23, Umtiti arriscou de muito longe e acertou a cabeça de Sainsbury.
A Austrália já não se limitava a defender e acreditava na possibilidade de um triunfo, mas, num lance esquisito, Pogba deu os três pontos aos franceses. Aos 34, o jogador do Manchester United trocou passes com Mbappé e Giroud e, num chute prensado, acabou encobrindo Ryan. A bola tocou o travessão e entrou por pouco, em um gol que poderia não ter sido marcado em outras Copas.
A campeã da Copa da Ásia foi para o tudo ou nada, abusando dos chuveirinhos, mas a França resistiu e sequer permitiu que Lloris tivesse que trabalhar. Aos 44, Mooy levantou, Varane tirou parcialmente e Hernández completou o serviço. Nos acréscimos, aos 49, Behich cobrou lateral para a área, Jedinak pegou a sobra e arrematou sem força, parando na marcação.
Ficha técnica:.
França: Lloris; Pavard, Varane, Umtiti, Hernández; Tolisso (Matuidi), Kanté e Pogba; Griezmann (Giroud), Dembélé (Fekir) e Mbappé. Técnico: Didier Deschamps
Austrália: Ryan; Ridson, Millingan, Sainsbury e Behich; Jedinak, Mooy, Rogic (Irvine), Leckie e Kruse (Arzani); Nabbout (Juric). Técnico: Bert van Marwijk.
Árbitro: Andrés Cunha (Uruguai), auxiliado pelos compatriotas Nicolas Taran e Mauricio Espinosa.
Cartões amarelos: Leckie e Risdon (Austrália).
Gols: Griezmann e Pogba (França); Jedinak (Austrália).
Estádio: Kazan Arena, em Kazan.
Os 'Bleus' têm uma equipe formada por jogadores de renome internacional e dois dos protagonistas de algumas das transferências mais caras da história: o meia Pogba e o atacante Dembélé, que custaram 105 milhões de euros a Manchester United, em 2016, e Barcelona, em 2017, respectivamente. Entretanto, o futebol mostrado ficou aquém do esperado.
Após um primeiro tempo sem gols, Griezmann abriu o placar convertendo um pênalti sofrido por ele mesmo e que não seria marcado se não fosse pelo auxílio do VAR. Também em penalidade, Jedinak empatou, mas Pogba garantiu o triunfo da campeã mundial em chute no qual a bola cruzou a linha por centímetros, mas que não teve margens para reclamações graças à tecnologia.
Dessa forma, a França largou em vantagem no grupo C, pelo qual, ainda hoje, às 13h de Brasília, o Peru enfrentará a Dinamarca. O time dirigido por Didier Deschamps voltará a campo na próxima quinta-feira, para medir força com Paolo Guerrero e companhia. No mesmo dia, os 'Socceroos' terão a campeã europeia de 1992 pela frente.
Em Kazan, os dois treinadores preferiram escalar times mais leves. Na França, Deschamps, capitão na vitória sobre o Brasil pro 3 a 0 na final de 1998, escalou um trio de ataque formado por Mbappé, Griezmann e Dembélé, deixando Giroud no banco. Nas laterais, Pavard, pela direita, e Hernández, pela esquerda, levaram a melhor nas respectivas disputas com Sidibé e Mendy.
Já na Austrália, Juric e o experiente Cahill foram opções entre os reservas, e o veloz Nabbout atuou como referência na frente, esperando a aproximação de Rogic, Leckie e Kruse.
Os 'Bleus' tiveram uma boa descida pela direita logo com um minuto de partida, com Mbappé, que foi lançado por baixo, invadiu a área e chutou para boa defesa do goleiro Ryan. Pouco depois, aos cinco, Pogba preparou de cabeça, Griezmann bateu de fora da área e o camisa 1 caiu para segurar.
A França trocava passes, mas não imprimia ritmo forte, enquanto a Austrália esperava "a boa" para tentar surpreender, o que por pouco não aconteceu aos 16. Mooy bateu falta da ponta esquerda, Tolisso desviou contra o próprio patrimônio e Lloris salvou a equipe europeia.
A marcação da atual campeã da Copa da Ásia era forte, o que levava os franceses a cometer muitos erros. Aos 24, Pogba abriu para Pavard, que cruzou procurando por Griezmann, mas Miligan cortou. Mais tarde, aos 29, Hernández recebeu do próprio Griezmann na esquerda da área, mas foi desarmado por Sainsbury e ainda cometeu falta.
Os problemas de articulação e de futebol coletivo da vice-campeã europeia permitia que os 'Socceroos', muito focados na marcação, se soltassem vez o outra. Aos 44, o lateral-esquerdo Behich tentou o cruzamento e a defesa bloqueou, mas ele mesmo ficou com a sobra e, de pé direito, bateu rente ao travessão.
O segundo tempo começou meio morno, mas esquentou com uma intervenção importante do árbitro de vídeo. Aos 11 minutos, Griezmann invadiu a área e foi derrubado por Risdon. O uruguaio Andrés Cunha não marcaria pênalti, mas foi ajudado pelo VAR e apontou a marca da cal. O próprio Griezmann bateu firme no canto esquerdo e fez 1 a 0.
A alegria dos franceses durou apenas cinco minutos, tempo de que a Austrália necessitou para deixar tudo igual. Após o chuveirinho na área pela direita de Mooy, Umtiti pôs a mão na bola na área, e Cunha desta vez deu a penalidade sem ajuda externa. Jedinak cobrou com categoria, deslocando Lloris, e empatou.
Os dois técnicos então mexerem nas equipes em busca da vitória. Bert van Marwijk trocou Nabbout por Juric, enquanto Deschamps mandou a campo Fekir e Giroud nas vagas de Dembélé e Griezmann. A campeã mundial de 1998 tinha mais a bola, mas voltava a esbarrar na fura marcação adversária e na própria deficiência na criação. No desespero, aos 23, Umtiti arriscou de muito longe e acertou a cabeça de Sainsbury.
A Austrália já não se limitava a defender e acreditava na possibilidade de um triunfo, mas, num lance esquisito, Pogba deu os três pontos aos franceses. Aos 34, o jogador do Manchester United trocou passes com Mbappé e Giroud e, num chute prensado, acabou encobrindo Ryan. A bola tocou o travessão e entrou por pouco, em um gol que poderia não ter sido marcado em outras Copas.
A campeã da Copa da Ásia foi para o tudo ou nada, abusando dos chuveirinhos, mas a França resistiu e sequer permitiu que Lloris tivesse que trabalhar. Aos 44, Mooy levantou, Varane tirou parcialmente e Hernández completou o serviço. Nos acréscimos, aos 49, Behich cobrou lateral para a área, Jedinak pegou a sobra e arrematou sem força, parando na marcação.
Ficha técnica:.
França: Lloris; Pavard, Varane, Umtiti, Hernández; Tolisso (Matuidi), Kanté e Pogba; Griezmann (Giroud), Dembélé (Fekir) e Mbappé. Técnico: Didier Deschamps
Austrália: Ryan; Ridson, Millingan, Sainsbury e Behich; Jedinak, Mooy, Rogic (Irvine), Leckie e Kruse (Arzani); Nabbout (Juric). Técnico: Bert van Marwijk.
Árbitro: Andrés Cunha (Uruguai), auxiliado pelos compatriotas Nicolas Taran e Mauricio Espinosa.
Cartões amarelos: Leckie e Risdon (Austrália).
Gols: Griezmann e Pogba (França); Jedinak (Austrália).
Estádio: Kazan Arena, em Kazan.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.