CR7 salva Portugal e arranca empate com a Espanha em clássico eletrizante
Sochi (Rússia), 15 jun (EFE).- Com atuação espetacular de Cristiano Ronaldo, que marcou três vezes, Portugal arrancou um empate com a Espanha em 3 a 3, nesta sexta-feira, em um clássico ibérico repleto de emoção que marcou a estreia das duas seleções na Copa do Mundo.
Os lusitanos estiveram duas vezes à frente do placar no Estádio Olímpico Fisht, em Sochi, na partida que fechou a primeira rodada do grupo B. Nas duas ocasiões, com gols do melhor jogador do mundo na atualidade, que hoje também se tornou o quarto da história a marcar em quatro diferentes edições do torneio.
O camisa 7 já tinha balançado as redes em 2006, 2010 e 2014, e se juntou a Pelé e ao alemão Uwe Seeler (ambos em 1958, 1962, 1966 e 1970) e ao também alemão Miroslav Klose (2002, 2006, 2010 e 2014) como autores do feito.
O atacante brasileiro naturalizado espanhol Diego Costa foi responsável, duas vezes, por igualar o marcador, em jogadas baseadas em suas melhores características, a força e o oportunismo. O polivalente defensor Nacho, em belo chute da entrada da área, chegou a virar o placar, colocando a Espanha na frente.
Cristiano Ronaldo reapareceu aos 43 minutos da etapa complementar, em cobrança de falta precisa e cheia de categoria, que deixou o goleiro De Gea - que já havia falhado no segundo gol do português - sem reação em cima da linha.
Em meio a craques, outro a se destacar nesta sexta-feira foi o árbitro italiano Gianluca Rocchi, que mostrou firmeza e sequer solicitou o auxílio de vídeo para marcar pênalti em CR7 logo no começo do jogo e decretar que não houve falta de Diego Costa em Pepe no lance do primeiro gol da Espanha.
Com o empate no duelo ibérico, o Irã é o surpreendente líder do grupo B, após o encerramento da primeira rodada, graças à vitória sobre o Marrocos por 1 a 0, em jogo também disputado hoje. Na próxima quarta-feira, acontecerão os dois seguintes jogos do grupo, com portugueses encarando os marroquinos, em Moscou, e os iranianos duelando com os espanhóis, em Kazan.
Nas duas escalações para o jogo em Sochi, não houve surpresas. A grande atração estava no banco da Espanha, com a presença de Hierro, que manteve a base montada pelo sucessor. A maior dúvida do novo comandante era na lateral-direita, em que Nacho entrou no lugar de Dani Carvajal, que ainda não está 100% após sofrer lesão muscular.
Na escalação da seleção portuguesa, a principal novidade foi a presença do jovem meia Bruno Fernandes, que levou a melhor em disputa com João Mário, formando linha mais avançada com Bernardo Silva e Gonçalo Guedes, para escoltar Cristiano Ronaldo.
Com a bola rolando, o craque lusitano atraiu ainda mais holofotes logo aos 2 minutos, ao ser derrubado por Nacho. O próprio camisa 7 foi para a cobrança encheu o pé à esquerda de De Gea, que caiu no canto oposto, abrindo o placar do clássico ibérico.
Perdida após sair atrás do placar, aos poucos, a Espanha até tentou sair mais para o jogo. Aos 10, Alba cruzou da esquerda e achou Diego Costa, que deixou a bola escapar. Na sobra, Isco emendou, mas acabou errando o alvo.
A 'Roja' assustou aos 21, em jogada de Iniesta, que carregou pela esquerda, se livrou da marcação e rolou para David Silva. O meia concluiu travado na zaga, em conclusão que saiu à direita.
A resposta de Portugal veio no lance seguinte, em contra-ataque que teve CR7 recebendo livre e rolando para Bruno Fernandes, que pareceu ter sido surpreendido pelo companheiro e foi desarmado.
Aos 24, Diego Costa se transformou em um "exército de um homem só", ao ser lançado, ganhar na dividida de Pepe, se livrar de dois marcadores e fuzilar para o gol. Os portugueses reclamaram do contato do atacante com o zagueiro, também nascido no Brasil, mas o árbitro italiano Gianluca Rocchi não viu falta.
No embalo do empate, a 'Roja' ficou a centímetros de alcançar a virada, quando, aos 28 minutos, Isco emendou um chutaço da entrada da área e acertou o travessão. Na sequência, a bola quicou em cima da linha e não entrou. O dono do apito foi questionado pelo meia espanhol e chegou a mostrar o relógio, em que recebe informações dos sensores instalados na meta.
O tão badalado 'tiki-taka' entrou em cena aos 35, quando os espanhóis emendaram bonita troca de passes, até que Iniesta fosse acionado na área. O experiente meia bateu colocado, no canto esquerdo de Rui Patrício e, por muito pouco, não balançou as redes.
O jogo ia partindo para o intervalo com uma tônica de equilíbrio, até que, aos 44, Portugal partiu em contra-ataque. Gonçalo Guedes serviu Cristiano Ronaldo, que bateu firme e rasteiro da entrada da área e contou com falha do goleiro De Gea, que agachou para pegar a bola e não achou nada.
No segundo tempo, a seleção espanhola voltou a contar com todo o vigor físico de Diego Costa, que, aos 10, após bola alçada na área e escorada de cabeça por Busquets, apareceu entre os zagueiros para tocar para o fundo das redes e deixar tudo igual mais uma vez.
A virada da 'Roja' veio em grande estilo, aos 13, em jogada de muita briga e insistência, que começou do lado esquerdo do ataque, em que a zaga de Portugal tentou cruzar. A bola sobrou na direita para Nacho, que se redimiu do pênalti cometido no início e acertou uma bomba, indefensável para Rui Patrício.
A Espanha seguiu mais perigosa até a reta final do duelo, quando os lusos esboçaram uma pressão. Aos 43, após sofrer falta na entrada da área, Cristiano Ronaldo mostrou precisão para acertar o canto esquerdo de De Gea, deixar tudo igual e dar números finais ao duelo.
Ficha técnica:.
Portugal: Rui Patrício; Cédric Soares, Pepe, José Fonte e Guerreiro; William Carvalho, Joao Moutinho, Bruno Fernandes (João Mário), Bernardo Silva (Quaresma) e Gonçalo Guedes (André Silva); Cristiano Ronaldo. Técnico: Fernando Santos.
Espanha: De Gea; Nacho, Ramos, Piqué e Alba; Busquets, Koke, Iniesta (Thiago Alcântara), Isco e David Silva (Vázquez); Diego Costa (Aspas). Técnico: Fernando Hierro.
Árbitro: Gianluca Rocchi (Itália), auxiliado pelos compatriotas Elenito Di Liberatore e Mauro Tonolini.
Gols: Cristiano Ronaldo (3) (Portugal); Diego Costa (2) e Nacho (Espanha).
Cartões amarelos: Bruno Fernandes (Portugal); e Busquets (Espanha)
Estádio Olímpico Fisht, em Sochi (Rússia).
Os lusitanos estiveram duas vezes à frente do placar no Estádio Olímpico Fisht, em Sochi, na partida que fechou a primeira rodada do grupo B. Nas duas ocasiões, com gols do melhor jogador do mundo na atualidade, que hoje também se tornou o quarto da história a marcar em quatro diferentes edições do torneio.
O camisa 7 já tinha balançado as redes em 2006, 2010 e 2014, e se juntou a Pelé e ao alemão Uwe Seeler (ambos em 1958, 1962, 1966 e 1970) e ao também alemão Miroslav Klose (2002, 2006, 2010 e 2014) como autores do feito.
O atacante brasileiro naturalizado espanhol Diego Costa foi responsável, duas vezes, por igualar o marcador, em jogadas baseadas em suas melhores características, a força e o oportunismo. O polivalente defensor Nacho, em belo chute da entrada da área, chegou a virar o placar, colocando a Espanha na frente.
Cristiano Ronaldo reapareceu aos 43 minutos da etapa complementar, em cobrança de falta precisa e cheia de categoria, que deixou o goleiro De Gea - que já havia falhado no segundo gol do português - sem reação em cima da linha.
Em meio a craques, outro a se destacar nesta sexta-feira foi o árbitro italiano Gianluca Rocchi, que mostrou firmeza e sequer solicitou o auxílio de vídeo para marcar pênalti em CR7 logo no começo do jogo e decretar que não houve falta de Diego Costa em Pepe no lance do primeiro gol da Espanha.
Com o empate no duelo ibérico, o Irã é o surpreendente líder do grupo B, após o encerramento da primeira rodada, graças à vitória sobre o Marrocos por 1 a 0, em jogo também disputado hoje. Na próxima quarta-feira, acontecerão os dois seguintes jogos do grupo, com portugueses encarando os marroquinos, em Moscou, e os iranianos duelando com os espanhóis, em Kazan.
Nas duas escalações para o jogo em Sochi, não houve surpresas. A grande atração estava no banco da Espanha, com a presença de Hierro, que manteve a base montada pelo sucessor. A maior dúvida do novo comandante era na lateral-direita, em que Nacho entrou no lugar de Dani Carvajal, que ainda não está 100% após sofrer lesão muscular.
Na escalação da seleção portuguesa, a principal novidade foi a presença do jovem meia Bruno Fernandes, que levou a melhor em disputa com João Mário, formando linha mais avançada com Bernardo Silva e Gonçalo Guedes, para escoltar Cristiano Ronaldo.
Com a bola rolando, o craque lusitano atraiu ainda mais holofotes logo aos 2 minutos, ao ser derrubado por Nacho. O próprio camisa 7 foi para a cobrança encheu o pé à esquerda de De Gea, que caiu no canto oposto, abrindo o placar do clássico ibérico.
Perdida após sair atrás do placar, aos poucos, a Espanha até tentou sair mais para o jogo. Aos 10, Alba cruzou da esquerda e achou Diego Costa, que deixou a bola escapar. Na sobra, Isco emendou, mas acabou errando o alvo.
A 'Roja' assustou aos 21, em jogada de Iniesta, que carregou pela esquerda, se livrou da marcação e rolou para David Silva. O meia concluiu travado na zaga, em conclusão que saiu à direita.
A resposta de Portugal veio no lance seguinte, em contra-ataque que teve CR7 recebendo livre e rolando para Bruno Fernandes, que pareceu ter sido surpreendido pelo companheiro e foi desarmado.
Aos 24, Diego Costa se transformou em um "exército de um homem só", ao ser lançado, ganhar na dividida de Pepe, se livrar de dois marcadores e fuzilar para o gol. Os portugueses reclamaram do contato do atacante com o zagueiro, também nascido no Brasil, mas o árbitro italiano Gianluca Rocchi não viu falta.
No embalo do empate, a 'Roja' ficou a centímetros de alcançar a virada, quando, aos 28 minutos, Isco emendou um chutaço da entrada da área e acertou o travessão. Na sequência, a bola quicou em cima da linha e não entrou. O dono do apito foi questionado pelo meia espanhol e chegou a mostrar o relógio, em que recebe informações dos sensores instalados na meta.
O tão badalado 'tiki-taka' entrou em cena aos 35, quando os espanhóis emendaram bonita troca de passes, até que Iniesta fosse acionado na área. O experiente meia bateu colocado, no canto esquerdo de Rui Patrício e, por muito pouco, não balançou as redes.
O jogo ia partindo para o intervalo com uma tônica de equilíbrio, até que, aos 44, Portugal partiu em contra-ataque. Gonçalo Guedes serviu Cristiano Ronaldo, que bateu firme e rasteiro da entrada da área e contou com falha do goleiro De Gea, que agachou para pegar a bola e não achou nada.
No segundo tempo, a seleção espanhola voltou a contar com todo o vigor físico de Diego Costa, que, aos 10, após bola alçada na área e escorada de cabeça por Busquets, apareceu entre os zagueiros para tocar para o fundo das redes e deixar tudo igual mais uma vez.
A virada da 'Roja' veio em grande estilo, aos 13, em jogada de muita briga e insistência, que começou do lado esquerdo do ataque, em que a zaga de Portugal tentou cruzar. A bola sobrou na direita para Nacho, que se redimiu do pênalti cometido no início e acertou uma bomba, indefensável para Rui Patrício.
A Espanha seguiu mais perigosa até a reta final do duelo, quando os lusos esboçaram uma pressão. Aos 43, após sofrer falta na entrada da área, Cristiano Ronaldo mostrou precisão para acertar o canto esquerdo de De Gea, deixar tudo igual e dar números finais ao duelo.
Ficha técnica:.
Portugal: Rui Patrício; Cédric Soares, Pepe, José Fonte e Guerreiro; William Carvalho, Joao Moutinho, Bruno Fernandes (João Mário), Bernardo Silva (Quaresma) e Gonçalo Guedes (André Silva); Cristiano Ronaldo. Técnico: Fernando Santos.
Espanha: De Gea; Nacho, Ramos, Piqué e Alba; Busquets, Koke, Iniesta (Thiago Alcântara), Isco e David Silva (Vázquez); Diego Costa (Aspas). Técnico: Fernando Hierro.
Árbitro: Gianluca Rocchi (Itália), auxiliado pelos compatriotas Elenito Di Liberatore e Mauro Tonolini.
Gols: Cristiano Ronaldo (3) (Portugal); Diego Costa (2) e Nacho (Espanha).
Cartões amarelos: Bruno Fernandes (Portugal); e Busquets (Espanha)
Estádio Olímpico Fisht, em Sochi (Rússia).
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