Contra novata Islândia, Argentina estreia na Copa querendo apagar frustrações
Moscou, 15 jun (EFE).- Atual vice-campeã mundial, a Argentina estreará amanhã na Copa do Mundo da Rússia em um duelo inédito contra a Islândia e com o objetivo de apagar um longo jejum de conquistas, o que pode até elevar Lionel Messi ao mesmo patamar de Diego Maradona com a camisa 'albiceleste', se é que isto é possível.
Para voltar a conquistar um título, algo que não acontece desde a Copa América de 1993, será preciso concluir um percurso turbulento, que recentemente incluiu derrotas em três finais consecutivas e teve até um adeus de Messi à seleção.
O "ciclo de vices" começou em 2014, no Maracanã, com a derrota para a Alemanha na final da Copa realizada no Brasil. Nos dois anos seguintes, perdeu os títulos continentais para o Chile, sendo que, logo após a decisão de 2016, Messi anunciou que não mais voltaria a defender a Argentina.
Gerardo Martino, que foi o técnico nas duas campanhas frustradas na Copa América, deixou o cargo e foi substituído por Edgardo Bauza, que não conseguiu revitalizar a seleção. Sem um plano esportivo, o estilo de jogo e os resultados decepcionaram, deixando a equipe consumida em suas próprias dúvidas.
Após as eleições para a presidência da Associação do Futebol Argentino (AFA), o dirigente eleito Claudio Tapia trouxe Jorge Sampaoli para reconduzir a seleção a uma nova Copa do Mundo.
E o ex-treinador do Chile não decepcionou, conquistando o objetivo e classificando a equipe para a Rússia. Mas, depois de todas as mudanças de treinadores e da goleada por 6 a 1 sofrida para a Espanha em um amistoso preparatório para a Copa há pouco tempo, a seleção da Argentina se apresentará neste sábado ainda sem um horizonte definido.
O penúltimo amistoso antes da Copa revelou as deficiências de uma equipe que se encontra em fase de reconstrução: da sua identidade e das suas certezas, além de Messi.
No ano passado, o time de Sampaoli foi mudando até chegar a uma equipe ousada. Na escalação, um goleiro (Willy Caballero), dois laterais ofensivos (que poderiam ser Tagliafico e Salvio) e dois zagueiros (Rojo e Otamendi); dois meias incisivos (Di María e Meza), dois meias de apoio (Mascherano e Biglia), um nove ofensivo (Agüero ou Higuain) e um gênio com liberdade na frente, Messi, com a motivação de ser a equipe que define o ritmo e domina o tempo do jogo.
Jogar desta maneira, segundo reconheceu Javier Mascherano, exigirá "uma grande coragem".
"Com esse esquema, temos que assumir muitos mais riscos do que jogando de outra maneira, mas é assim que Jorge pensa e precisamos manter a estratégia o tempo todo. A equipe não pode se desarrumar, como aconteceu conosco em várias partidas, o que acabou inclinando a balança para um lado ou para outro", disse.
Neste sábado, a Argentina terá pela frente uma Islândia sem experiência em Copas do Mundo, mas criada para enfrentar de igual para igual adversárias de ponta com uma proposta de jogo aguerrida. Um país com apenas 120 jogadores de futebol profissionais terá 23 'guerreiros' em sua primeira Copa do Mundo.
O técnico Heimir Hallgrimsson encheu a seleção de rigor tático, força física, autoconfiança e uma ambição desmedida que começa em seu setor defensivo.
"Temos um outro estilo, é verdade, mas vamos mostrar que, se conseguirmos ficar unidos, poderemos alcançar tudo", afirmou o técnico na entrevista coletiva pré-jogo nesta sexta-feira.
As conquistas do futebol islandês nascem da sua coragem. A seleção apareceu na Eurocopa da França de 2016 sabendo que era "um milagre", mas, embarcou para a Rússia se sentindo uma equipe destemida.
"Nosso objetivo é passar da fase de grupos. Se formos bem sucedidos, teremos deixado duas equipas fantásticas para trás e a partir daí não devemos ter medo de ninguém. Foi assim que nos preparamos para este torneio. Mas a Islândia pode jogar amanhã a melhor partida de sua vida e mesmo assim perder para a Argentina", afirmou.
Argentina e Islândia nunca se enfrentaram, nem mesmo em amistosos. De um lado, a bicampeã mundial (1978 e 1986) e atual vice-campeã. Do outro, a estreante em Copas do Mundo, que surpreendeu nas Eliminatórias. A Otkrytiye Arena, em Moscou, será o palco desse encontro que terá o primeiro jogo do grupo D do torneio, neste sábado (às 10h de Brasília).
Prováveis escalações:.
Argentina: Willy Caballero; Eduardo Salvio, Nicolás Otamendi, Marcos Rojo e Nicolás Tagliafico; Javier Mascherano, Lucas Biglia, Maximiliano Meza, Angel Di María e Lionel Messi; Sergio Agüero. Técnico: Jorge Sampaoli.
Islândia: Hannes Halldórsson; Birkir Saevarsson, Kári Árnason, Ragnar Sigurdsson e Hordur Magnússon; Aron Gunnarsson, Gylfi Sigurdsson, Johann Gudmundsson e Birkir Bjarnason; Jon Dadi Bödvarsson e Alfred Finnbogason.
Árbitro: Szymon Marciniak (Polônia), auxiliado pelos compatriotas Pawel Sokolonicki e Tomasz Listkiewicz.
Estádio: Otkrytiye Arena, em Moscou.
Para voltar a conquistar um título, algo que não acontece desde a Copa América de 1993, será preciso concluir um percurso turbulento, que recentemente incluiu derrotas em três finais consecutivas e teve até um adeus de Messi à seleção.
O "ciclo de vices" começou em 2014, no Maracanã, com a derrota para a Alemanha na final da Copa realizada no Brasil. Nos dois anos seguintes, perdeu os títulos continentais para o Chile, sendo que, logo após a decisão de 2016, Messi anunciou que não mais voltaria a defender a Argentina.
Gerardo Martino, que foi o técnico nas duas campanhas frustradas na Copa América, deixou o cargo e foi substituído por Edgardo Bauza, que não conseguiu revitalizar a seleção. Sem um plano esportivo, o estilo de jogo e os resultados decepcionaram, deixando a equipe consumida em suas próprias dúvidas.
Após as eleições para a presidência da Associação do Futebol Argentino (AFA), o dirigente eleito Claudio Tapia trouxe Jorge Sampaoli para reconduzir a seleção a uma nova Copa do Mundo.
E o ex-treinador do Chile não decepcionou, conquistando o objetivo e classificando a equipe para a Rússia. Mas, depois de todas as mudanças de treinadores e da goleada por 6 a 1 sofrida para a Espanha em um amistoso preparatório para a Copa há pouco tempo, a seleção da Argentina se apresentará neste sábado ainda sem um horizonte definido.
O penúltimo amistoso antes da Copa revelou as deficiências de uma equipe que se encontra em fase de reconstrução: da sua identidade e das suas certezas, além de Messi.
No ano passado, o time de Sampaoli foi mudando até chegar a uma equipe ousada. Na escalação, um goleiro (Willy Caballero), dois laterais ofensivos (que poderiam ser Tagliafico e Salvio) e dois zagueiros (Rojo e Otamendi); dois meias incisivos (Di María e Meza), dois meias de apoio (Mascherano e Biglia), um nove ofensivo (Agüero ou Higuain) e um gênio com liberdade na frente, Messi, com a motivação de ser a equipe que define o ritmo e domina o tempo do jogo.
Jogar desta maneira, segundo reconheceu Javier Mascherano, exigirá "uma grande coragem".
"Com esse esquema, temos que assumir muitos mais riscos do que jogando de outra maneira, mas é assim que Jorge pensa e precisamos manter a estratégia o tempo todo. A equipe não pode se desarrumar, como aconteceu conosco em várias partidas, o que acabou inclinando a balança para um lado ou para outro", disse.
Neste sábado, a Argentina terá pela frente uma Islândia sem experiência em Copas do Mundo, mas criada para enfrentar de igual para igual adversárias de ponta com uma proposta de jogo aguerrida. Um país com apenas 120 jogadores de futebol profissionais terá 23 'guerreiros' em sua primeira Copa do Mundo.
O técnico Heimir Hallgrimsson encheu a seleção de rigor tático, força física, autoconfiança e uma ambição desmedida que começa em seu setor defensivo.
"Temos um outro estilo, é verdade, mas vamos mostrar que, se conseguirmos ficar unidos, poderemos alcançar tudo", afirmou o técnico na entrevista coletiva pré-jogo nesta sexta-feira.
As conquistas do futebol islandês nascem da sua coragem. A seleção apareceu na Eurocopa da França de 2016 sabendo que era "um milagre", mas, embarcou para a Rússia se sentindo uma equipe destemida.
"Nosso objetivo é passar da fase de grupos. Se formos bem sucedidos, teremos deixado duas equipas fantásticas para trás e a partir daí não devemos ter medo de ninguém. Foi assim que nos preparamos para este torneio. Mas a Islândia pode jogar amanhã a melhor partida de sua vida e mesmo assim perder para a Argentina", afirmou.
Argentina e Islândia nunca se enfrentaram, nem mesmo em amistosos. De um lado, a bicampeã mundial (1978 e 1986) e atual vice-campeã. Do outro, a estreante em Copas do Mundo, que surpreendeu nas Eliminatórias. A Otkrytiye Arena, em Moscou, será o palco desse encontro que terá o primeiro jogo do grupo D do torneio, neste sábado (às 10h de Brasília).
Prováveis escalações:.
Argentina: Willy Caballero; Eduardo Salvio, Nicolás Otamendi, Marcos Rojo e Nicolás Tagliafico; Javier Mascherano, Lucas Biglia, Maximiliano Meza, Angel Di María e Lionel Messi; Sergio Agüero. Técnico: Jorge Sampaoli.
Islândia: Hannes Halldórsson; Birkir Saevarsson, Kári Árnason, Ragnar Sigurdsson e Hordur Magnússon; Aron Gunnarsson, Gylfi Sigurdsson, Johann Gudmundsson e Birkir Bjarnason; Jon Dadi Bödvarsson e Alfred Finnbogason.
Árbitro: Szymon Marciniak (Polônia), auxiliado pelos compatriotas Pawel Sokolonicki e Tomasz Listkiewicz.
Estádio: Otkrytiye Arena, em Moscou.
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