Topo

Apresentação das seleções do grupo H

08/06/2018 21h11

Redação Central, 8 jun (EFE).- Apresentação das seleções do grupo H



POLÔNIA.

-------.

.

Nawalka e Lewandowski lideram renascimento polonês.

.

Adam Nawalka, no banco, e Robert Lewandowski, no campo, são os líderes que conduziram o renascimento da seleção polonesa, que volta a disputar uma Copa do Mundo 12 anos depois da última participação.

O técnico natural da Cracóvia, que já disputou como jogador o Mundial da Argentina, em 1978, e o incansável artilheiro do Bayern de Munique se uniram na campanha de uma equipe que chegou de forma brilhante à Rússia. Depois de ter ficado fora das Copas da África do Sul, em 2010, e do Brasil, em 2014, a Polônia conquistou a vaga direta no grupo E das Eliminatórias, em primeiro lugar, como uma das cabeças de chave da competição.

A boa fase renova as esperanças da torcida polonesa de que essa seleção possa repetir o feito das grandes estrelas do futebol do país. De início, parece difícil comparar o momento atual, por melhor que ele seja, aos craques que encantaram o mundo nas Copas de 1974, na Alemanha, e de 1982, na Espanha, duas edições em que a Polônia terminou em terceiro lugar, seus melhores resultados na competição.

Em 74, no Mundial em que os poloneses conquistaram a terceira posição, brilharam os atacantes Kazimierz Deyna e Grzegorz Lato (artilheiro da Copa), além do zagueiro Wladyslaw Zmuda. Em 82, Zmuda novamente estava presente, junto com Zbigniew Boniek, o então atacante da Juventus que foi um dos destaques do torneio.

A ideia da equipe comandada por Nawalk é se inspirar nesses gloriosos dias para chegar ainda mais alto na Rússia, desta vez, com outra estrela indiscutível: o capitão Lewandowski, maior artilheiro das Eliminatórias, com 16 gols, e artilheiro absoluto também da seleção polonesa, com 51 gols.

O time conta com outros nomes de peso, como o goleiro Wojciech Szczesny, da Juventus; o lateral Lukasz Piszczek, do Borussia Dortmund; os meias Grzegorz Krychowiak, do Paris Saint-Germain, Jakub Blaszczykowski, do Wolfsburg, e Piotr Zielinski, companheiro do atacante Arkadiusz Milik no Napoli.

- Participações em Copas: 7 (1938, 1974, 1978, 1982, 1986, 2002 e 2006)

- Melhor resultado: 3º lugar em 1974 e em 1982.

- Técnico: Adam Nawalka (Cracóvia, 23-10-1957).

Como jogador, Nawalka atuou pelo Wisla Cracóvia e chegou a disputar a Copa do Mundo de 1978, mas acabou se aposentando cedo devido a lesões.

Como treinador, comandou apenas clubes poloneses: Swit Krzeszowice, Wisla, Zaglebie Lubin, Sandecja Nowy Sacz, Jagiellonia, Katowice e Gornik Zabrze. Em outubro de 2013, assumiu a seleção polonesa, com a qual chegou às quartas de final da Eurocopa de 2016 e à primeira Copa desde 2006.

- Destaque: Robert Lewandowski (Bayern de Munique) (Varsóvia, 21-08-1988)

É um dos melhores atacantes do mundo. Goleador incansável, habilidoso com a bola nos pés e excelente cabeceador. Rápido e eficiente na pequena área.

Ainda bem novo, atuou pelo Delta Varsóvia, antes de chegar ao Legia Varsóvia e, depois, ao Lech Poznan. Em 2010, foi para o Borussia Dortmund. Quatro temporadas depois, seguiu para o Bayern de Munique, onde atingiu seu melhor nível. Na Rússia, disputará sua primeira Copa do Mundo.

- Time base (4-5-1): Wojcieh Szczesny; Tomasz Kedziora, Jan Beznarek, Michal Pazdan e Maciej Rybus; Grzegorz Krychowiak, Karol Linetty, Jauk Blaszczykowski, Piotr Zielinski e Kamil Grosicki; Robert Lewandowski.



SENEGAL.

-------.

.

O retorno dos "Leões de Taranga".

.

Os "Leões de Taranga" surpreenderam o futebol mundial há 16 anos, na Copa do Mundo da Coreia do Sul e do Japão, em 2002, quando chegaram às quartas de final depois de conseguirem vencer a França e a Suécia e de empatarem com a Dinamarca e o Uruguai.

Em 2002, a seleção de Senegal só conseguiu ser derrotada pela Turquia, outra revelação daquele Mundial, que venceu por 1 a 0 e conseguiu a vaga nas semifinais contra o Brasil.

Após aquele feito, a seleção senegalesa desapareceu no cenário internacional. Mas, agora, com o técnico Aliou Cissé no papel de herói, surge disposta a surpreender outra vez.

Desde 2015, Cissé mantém as rédeas de uma equipe que se recompôs e tem novos destaques, como Sadio Mané, atacante do Liverpool.

- Participações em Copas: 1 (2002).

- Melhor resultado: Quartas de final, em 2002.

- Técnico: Aliou Cissé (Ziguinchor, 24-03-1976). Como jogador, Cissé fez parte da equipe que, em sua estreia na Copa do Mundo, em 2002, surpreendeu ao chegar às quartas de final, e agora comanda do banco de reservas o retorno de sua seleção a um Mundial.

- Destaque: Sadio Mané (Liverpool) (Sédhiou, 10-04-1992). Uma das armas do Liverpool de Jurgen Klopp. Um "demônio" que inferniza a área rival. Veloz, impetuoso e excelente finalizador, Mané tornou-se uma das sensações da temporada e vem justificando o investimento de 34 milhões de libras (cerca de R$ 172,5 milhões) feito pelo clube inglês e que lhe rendeu o título de jogador africano mais caro de 2016.

- Time base (3-4-3): Abdoulaye Diallo; Salif Sanei, Kalidou Koulibaly e Kara Mbodji; Youssouf Sabaly, Idrissa Gueye, Cheikhou Kouyaté e Saliou Ciss; Sadio Mané, Moussa Konaté e Moussa Sow.



COLÔMBIA.

--------.

.

Seleção colombiana busca consolidação na elite.

.

A eliminação nas quartas de final em 2014, sofrida para o Brasil, foi o mais longe que a Colômbia conseguiu chegar em uma Copa do Mundo. Na Rússia, em sua sexta participação, a seleção 'cafetera' reuniu um experiente grupo de jogadores que tentarão consolidá-la no primeiro escalão do futebol mundial.

Muitos dos jogadores colombianos estão bem estabelecidos no futebol europeu. Há quatro anos, o grupo treinado pelo argentino José Pekerman foi um dos mais elogiados na Copa. Na Rússia, será uma das seleções que podem surpreender.

A Colômbia garantiu a classificação na Copa de 2018 após empatar com o Peru na última rodada das Eliminatórias e conta com a qualidade de James Rodríguez (Bayern de Munique), Juan Cuadrado (Juventus), Davinson Sánchez (Tottenham), Carlos Bacca (Villarreal) e David Ospina (Arsenal), além de Radamel Falcao (Monaco), que é o artilheiro da equipe e que ficou fora da Copa no Brasil devido a uma lesão no joelho esquerdo.

Pekerman manteve durante esses quatro anos o grupo que teve o bom desempenho de 2014, mas que acabou eliminado pela seleção brasileira nas quartas de final.

A Colômbia se orgulha de seu futebol que tem como característica o toque de bola e que permite o talento de seus jogadores no setor ofensivo. Mas, para ter um bom desempenho na Rússia, precisa conseguir uma regularidade maior dentro de campo e equilibrar melhor sua defesa.

- Participação em Copas: 5 (1962, 1990, 1994, 1998 e 2014).

- Melhor participação: quartas de final no Brasil, em 2014.

- Técnico: José Pekerman (Argentina, 03-09-1949).

O Mundial da Rússia será o terceiro de Pekerman, e o segundo no comando da Colômbia. A primeira vez dele em uma Copa como técnico foi com a Argentina, em 2006. Como jogador, Pekerman fez parte do elenco do Argentinos Juniors e do Independiente Medellín.

Ele começou a carreira de treinador na seleção sub-20 da Argentina, em 1994. Em 2004, assumiu a seleção principal, após o vice-campeonato na Copa América. Com os argentinos, conquistou a vaga para a Copa da Alemanha, em 2006 e o vice-campeonato na Copa das Confederações de 2005. Suas únicas experiências em clubes foram com o Toluca e o Tigres, do México. Em 2012, assumiu o comando da seleção colombiana, com a qual está há seis anos.

- Destaque: James Rodríguez (Cúcuta, 12-07-1991).

O colombiano que atualmente está no Bayern de Munique, emprestado pelo Real Madrid, despertou o interesse do clube espanhol após o excelente desempenho no Mundial do Brasil, em 2014, quando ganhou a Chuteira de Ouro como artilheiro da Copa, com seis gols.

James começou a carreira no Envigado da Colômbia, seguindo depois para o Banfield, da Argentina. Em pouco tempo, já estava no futebol europeu: aos 20 anos, foi contratado pelo Porto, onde ficou por três temporadas, antes de jogar pelo Monaco. No Real, jogou por três anos, mas teve um desempenho mediano. Foi quando, em 2017, decidiu buscar uma nova oportunidade na Alemanha, no Bayern de Munique.

- Time base (4-5-1): David Ospina; Santiago Arias, Davinson Sánchez, Yerry Mina e Frank Fabra; Abel Aguilar, Carlos Sánchez, Juan Cuadrado, James Rodríguez e José Izquierdo; Radamel Falcao.



JAPÃO.

-----.

.

'Samurais Azuis' encaram missão impossível.

.

Conhecida como "Samurais Azuis", a seleção japonesa depositou toda a sua confiança na experiência do técnico Akira Nishino para reconstruir uma equipe que enfrentava sérios problemas às vésperas da Copa do Mundo.

Os resultados ruins nos últimos amistosos (um empate com Mali e derrotas para Ucrânia e Suíça) e a difícil relação entre o técnico bósnio Vahid Halilhodzic com alguns jogadores da seleção resultaram na demissão do treinador 66 dias antes do Mundial.

Halilhodzic, que já tinha sido responsável por levar a seleção da Argélia até as oitavas de final em 2014, assumiu a seleção japonesa em 2015, e conseguiu a classificação para a Rússia. No entanto, sua posição mais "firme" com algumas das estrelas da equipe, fez a Associação Japonesa de Futebol substituí-lo por Akira Nishino, que, até então, era o diretor técnico da entidade.

Nishino já tinha comandado as seleções sub-20 e sub-23 do Japão, além das equipes do Kashiwa Reysol, Gamba Osaka, Vissel Kobe e Nagoya Grampus, com os quais obteve vários títulos nacionais e a Liga dos Campeões da Ásia. O treinador ganhou muito destaque também em 1996, quando comandou a seleção olímpica do Japão que derrotou o Brasil nas Olimpíadas de Atlanta.

O Japão disputará sua sexta Copa do Mundo e quer exercer um papel de protagonista sob o comando de Nishino. A seleção tem diversos jogadores que atuam na Europa e até na América, mas que nunca conseguiram ter um bom rendimento representando seu país e que, na Rússia, pretendem mudar esse histórico.

- Participações em Copas: 5 (1998, 2002, 2006, 2010, 2014).

- Melhor resultado: Oitavas de final, em 2002 e em 2010.

- Técnico: Akira Nishino (Saitama, 07-04-1955).

Como ex-jogador, Nishino atuou pelo Hitachi, por 12 anos, e disputou algumas partidas pela seleção japonesa.

Como técnico, comandou as seleções de base japonesas e a equipe olímpica nos Jogos de Atlanta, que eliminou a seleção brasileira em 1996. No futebol japonês, treinou Kashiwa Reysol, Vissel Kobe, Nagoya Grampus e Gamba Osaka, com o qual conquistou a Liga dos Campeões da Ásia de 2008.

- Destaque: Maya Yoshida (Southampton) (Nagasaki, 24-08-1988)

Zagueiro que atua pelo Southampton, desde 2012. Habilidoso, costuma ser o homem de confiança de seus técnicos, liderando o time dentro de campo. Tem um bom rendimento nas cobranças de falta.

- Time base (4-5-1): Eiji Kawashima; Hiroki Sakai, Tomoaki Makino, Maya Yoshida e Yuto Nagatomo; Keisuke Honda, Hotaru Yamaguchi, Makoto Hasebe, Genki Haraguchi e Shinji Kagawa; Yuya Osako.