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Apresentação das seleções do grupo F

08/06/2018 21h11

Redação Central, 8 jun (EFE).- Apresentação das seleções do grupo F:.



ALEMANHA.

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Alemanha tenta repetir feito do Brasil em 62.

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Atual campeã, a Alemanha larga como uma das grandes favoritas ao título da Copa de 2018 e, se conseguir vencer na Rússia, pode repetir uma marca inédita há 56 anos: a conquista de dois Mundiais consecutivos. Na história das Copas, apenas o Brasil conseguiu o feito, quando venceu em 1958 e em 1962.

O técnico Joachim Löw conseguiu manter o alto nível da seleção, que embora tenha caído nas semifinais da Eurocopa de 2016 para a anfitriã França, conquistou a Copa das Confederações no ano seguinte, apostando em uma renovação.

Löw conseguiu fazer a transição com jogadores jovens, depois que alguns astros veteranos decidiram se aposentar da seleção, e este processo tem se mostrado bem sucedido. Mesmo com as mudanças, a Alemanha continua com poder e vigor físico, a ofensividade e o gosto pelo futebol de qualidade.

Uma das principais dúvidas é se o goleiro Manuel Neuer chegará em perfeitas condições após toda a temporada lesionado. Neuer jogou o amistoso preparatório contra a Áustria, mas estava inativo desde setembro do ano passado. De qualquer forma, o técnico alemão dispõe de excelentes opções para a vaga: Marc-André ter Stegen, do Barcelona; e Kevin Trapp, do Paris Saint-Germain.

O resto da estrutura da equipe permanece inalterada e sem problemas. Mats Hummels, que atua pelo Bayern de Munique, é o líder da defesa; Toni Kroos, do Real Madrid, o cérebro no meio de campo; Thomas Müller, também do Bayern, impõe seu estilo ofensivo no ataque, e Mesut Özil, do Arsenal, mantém a magia e desequilibra no um contra um.

A fórmula é assustadora para os rivais. A Alemanha chega à Rússia pronta para conquistar sua quinta Copa do Mundo e se igualar ao Brasil em número de títulos mundiais.

- Participação em Copas: 18 (1934, 1938, 1954, 1958, 1962, 1966, 1970, 1974, 1978, 1982, 1986, 1990, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014).

- Melhor participação: 4 títulos (1954, 1974, 1990, 2014)

- Técnico: Joachim Löw (Schonau, 03-02-1960).

Como jogador, atuou em clubes da Alemanha (Freiburg, Stuttgart, Eintracht Frankfurt e Karlsruher) e Suíça (Schaffhausen, Winterthur e Frauenfeld), além de ter defendido a seleção alemã sub-21.

Como treinador, começou nas categorias de base do Winterthur e, depois, no Frauenfeld, da Suíça, onde atuou como treinador-jogador. Na sequência, voltou para a Alemanha, no Stuttgart, onde começou como ajudante de Rolf Fringer. Low treinou ainda o Fenerbahçe e o Adanaspor, da Turquia; o Karlsruher, também da Alemanha; e os austríacos Tirol Innsbruck e Áustria Viena. Até que, em agosto de 2004, recebeu o convite para ser ajudante de Jurgen Klinsmann na seleção alemã.

Os dois trabalharam juntos até julho de 2006, quando Klinsmann decidiu não renovar, e Low assumiu como novo técnico. Sob seu comando, a Alemanha chegou às semifinais da Copa de 2002, na África do Sul, sendo eliminada pela Espanha; e, depois, conquistou o quarto título Mundial no Brasil, em 2014. Em 2017, a seleção alemã conquistou também a Copa das Confederações na Rússia, com uma equipe bem jovem.

- Destaque: Toni Kroos (Real Madrid) (Greifswald, 04-01-1990)

O autêntico cérebro da seleção alemã. O meia é conhecido por sua segurança no passe, precisão, trabalho e organização. Atuando pela seleção alemã desde 2010, Kroos se tornou titular absoluto e indispensável, e foi um dos destaques do título mundial no Brasil.

O meia começou a carreira no Greifswalder, time de sua cidade natal, e depois passou para as categorias de base do Hansa Rostock. Em 2006, aos 16 anos, foi jogar na base do Bayern de Munique, e após conquistar a Bola de Ouro na Copa do Mundo sub-17 da Coreia com a seleção alemã, passou para a equipe principal do Bayern. Em 2009, Kroos foi emprestado por 18 meses ao Bayer Leverkusen, onde adquiriu mais experiência. Em 2010, voltou mais preparado e conquistando vários títulos, como a Liga dos Campeões da temporada 2012-2013.

Em julho de 2014, foi negociado com o Real Madrid, onde também se tornou indispensável, conquistando diversos títulos, incluindo três Ligas dos Campeões.

- Time base (4-2-3-1): Manuel Neuer, Joshua Kimmich, Jerome Boateng, Mats Hummels, Jonas Hector; Toni Kroos, Sami Khedira; Thomas Müller, Mesut Özil, Julian Draxler; Timo Werner.



MÉXICO.

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O Tri e a maldição das oitavas.

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O México vai disputar sua 16ª Copa do Mundo, a sétima consecutiva, com um grupo de jogadores maduros, comprometidos a acabar com a maldição das oitavas de final, fase que tem se tornado uma barreira nas suas últimas participações em Mundiais.

Depois da Copa da Itália, em 1990, o México esteve presente em todas as edições seguintes, sempre passando da fase de grupos. Porém, nunca das oitavas.

Chegar às quartas, pelo menos, é o grande objetivo da equipe comandada pelo técnico colombiano Juan Carlos Osório, que não teve problemas para conquistar a vaga na Rússia. O México terminou as Eliminatórias em primeiro lugar, na frente da Costa Rica e do Panamá, com apenas uma derrota em dez partidas.

A seleção mexicana chega cheia de expectativas para a competição, com um grupo de jogadores mais experientes, muitos deles atuando no futebol europeu.

O atacante Javier Hernández, que joga no West Ham, é o artilheiro da equipe. O México conta ainda com a juventude do meia Hirving Lozano, do PSV Eindhoven; a experiência de Raúl Jiménez, do Benfica; e a bagagem adquirida no futebol espanhol pelo zagueiro Héctor Moreno, da Real Sociedad; o meia Andrés Guardado, do Betis, e o lateral Miguel Layún, do Sevilla; além do goleiro Guillermo Ochoa, do Standard de Liège, da Bélgica.

Os melhores resultados do México em Copas do Mundo aconteceram nas duas edições em que o país foi o anfitrião, em 1970 e em 1986, quando chegou às quartas de final. Fora de casa, a seleção mexicana nunca superou as oitavas e, nas 15 edições que disputou, terminou em sete eliminado na primeira fase.

- Participação em Copas: 15 (1930, 1950, 1954, 1958, 1962, 1966, 1970, 1978, 1986, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010 e 2014).

- Melhor participação: Quartas de final: 1970 e 1986.

- Técnico: Juan Carlos Osório (Santa Rosa de Cabal, 08-06-1961) Como jogador, teve uma curta carreira devido a uma lesão. Durante cinco anos atuou pelo Deportivo Pereira, da Colômbia, mas acabou se aposentando.

Osorio foi estudar futebol nos Estados Unidos, onde se tornou auxiliar técnico do Stalen Island. Em 2001, assumiu o cargo de assistente do Manchester City, da Inglaterra, onde ficou até 2006, quando foi contratado como técnico principal do Millonarios, da Colômbia.

Em 2007, Osorio voltou aos EUA, onde treinou as equipes do Chicago Fire e Red Bull New York. O colombiano comandou também o Once Caldas, o Pueblas e o Atlético Nacional. Em maio de 2015, foi contratado pelo São Paulo, mas, em outubro do mesmo ano, aceitou o convite para assumir a seleção mexicana. Com o México, o técnico colombiano ficou em quarto lugar na Copa das Confederações de 2017, em terceiro na Copa Ouro do mesmo ano e chegou às quartas de final da edição de centenário da Copa América, além de conquistar a vaga para o Mundial da Rússia.

- Destaque: Javier 'Chicharito' Hernández (West Ham) (Guadalajara, 01-06-1988). O maior artilheiro da seleção mexicana de todos os tempos disputará sua terceira Copa do Mundo, depois de ter atuado na África do Sul, em 2010, e no Brasil, em 2014.

Chicharito jogou seis anos pelo Manchester United, em um time que contava com estrelas como Wayne Rooney. Em 2014, foi emprestado por uma temporada ao Real Madrid, onde teve atuações decisivas e conquistou o Mundial de Clubes.

Em 2015, foi para o Bayer Leverkusen, por duas temporadas, e marcou 39 gols em 76 partidas. Em 2017, voltou ao Campeonato Inglês, desta vez, pelo West Ham.

- Time base (4-2-3-1): Guillermo Ochoa; Hugo Ayala, Héctor Moreno, Carlos Salcedo e Miguel Layún; Andrés Guardado, Héctor Herrera, Hirving Lozano, Carlos Vela e Giovani dos Santos; Raúl Jiménez.



SUÉCIA.

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Sem Ibrahimovic, espírito coletivo se sobressai.

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A saída de uma referência como Zlatan Ibrahimovic, depois da Eurocopa de 2016, forçou uma renovação da seleção sueca, tanto da forma como a equipe jogava, como do elenco.

Sem 'Ibra', a equipe comandada pelo técnico Janne Andersson teve que recompor sua estrutura e fazer prevalecer a força do time no lugar da individualidade de tempos anteriores.

Andersson também precisou colocar novas caras na seleção, jogadores mais jovens que talvez não brilhassem como os anteriores nos melhores campeonatos, mas que conseguiram formar uma equipe em toda a extensão da palavra.

O processo foi reconfortante. A Suécia garantiu a vaga para a Copa na repescagem das Eliminatórias, em cima da Itália, e depois de ter ficado em segundo lugar no seu grupo, atrás apenas da França.

O atacante Marcus Berg, o meia Emil Forsberg, o zagueiro Victor Lindelof e cia conquistaram o objetivo, e a seleção nórdica conseguiu voltar a disputar uma Copa do Mundo 12 anos depois.

A porta para o retorno de Ibrahimovic chegou a ficar entreaberta após seu sucesso na MLS, a liga de futebol dos Estados Unidos. Houve um certo 'flerte' e alguns rumores, que acabaram não vingando.

- Participações em Copas: 11 (1934, 1938, 1950, 1958, 1970, 1974, 1978, 1990, 1994, 2002, 2006).

- Melhor resultado: 2º, em 1958.

- Técnico: Janne Andersson (Halmstad, 29-09-1962). Como jogador, atuou durante toda sua carreira na Suécia, em equipes como Alets, Halmia e Laholms. Como treinador, também só comandou equipes suecas: Alets, Laholms, Halmstads, Örgryte e Norrköping. Com este último, Andersson venceu o Campeonato Sueco de 2015, título que o levou ao comando da seleção sueca, após a Eurocopa de 2016.

- Destaque: Marcus Berg (Torsby, 17-08-1986). A saída de Zlatan Ibrahimovic deu mais protagonismo ao atual atacante do Al Ain, que não decepcionou. Sua força, habilidade com ambas as pernas e velocidade fizeram dele um dos destaques da seleção, liderando a equipe como novo artilheiro.

Berg começou a carreira no IFK Gotemburgo, clube da sua cidade natal. Atuou pelo Groningen, da Holanda, por três temporadas, até ser negociado com o Hamburgo, da Alemanha, em 2009. Na temporada seguinte, foi emprestado ao PSV Eindhoven. Em 2013, fechou com o Panathinaikos, da Grécia, por quatro temporadas, até ser negociado com o Al Ain, clube que defende atualmente.

- Time base (4-4-2): Robin Olsen; Emil Krafth, Andreas Granqvist, Victor Lindelöf e Martin Olsson; Jimmy Durmaz, Albin Ekdal, Oscar Hiljemark e Emil Forsberg; Onda Toivonen e Marcus Berg.



COREIA DO SUL.

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O desafio de fazer espírito guerreiro de 2002 ressurgir.

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A seleção da Coreia do Sul disputará sua 10ª Copa do Mundo - a nona consecutiva - com o desejo de voltar a ostentar o título de "Guerreiros Taeguk" e de ser uma das protagonistas da competição, embora o desafio de repetir o feito da equipe que chegou às semifinais em 2002 pareça um sonho quase inatingível.

No Mundial da Coreia do Sul e Japão, uma série de fatores combinados ajudaram na campanha: além de ser uma das sedes da competição, a seleção sul-coreana contou com uma boa geração de jogadores e controversas classificações.

Nesta Copa, a Coreia do Sul chega à Rússia com outro conjunto de possibilidades, com jogadores que integram várias equipes importantes do futebol europeu, liderados por Ki Sung-yueng (Swansea), Son Heung-min (Tottenham) e Kwon Chang-hoon (Dijon).

A seleção não foi bem nas Eliminatórias. Apesar de ter ficado em segundo lugar na Copa da Ásia, a campanha irregular na busca pela vaga no Mundial custou o cargo do técnico alemão Uli Stielike. Seu substituto, Shin Tae-yong, conseguiu que o time, sem alarde e com resultados discretos, se classificasse de forma direta. Seu desafio é restaurar a confiança na seleção e recuperar a autoestima dos jogadores para melhorar o desempenho e os resultados.

- Participações em Copas: 9 (1954, 1986, 1990, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014).

- Melhor participação: 4º, em 2002.

- Técnico: Shin Tae-yong (Yeongdeok, 11-04-1969).

Concretizou a classificação sul-coreana após assumir o comando da equipe em julho de 2017, substituindo o alemão Uli Stielike. Ainda sob desconfiança e recebendo algumas críticas, garantiu a 10ª participação de seu país em uma Copa.

Como jogador, atuou como meia do Seongnam por quase toda a carreira, com uma curta passagem pelo Brisbane Roar, da Austrália. Com um problema no joelho, foi obrigado a se aposentar.

Como treinador, também teve destaque no Seongnam, que, sob seu comando, conquistou a Liga dos Campeões da Ásia, em 2010, e várias competições sul-coreanas.

Chamado por alguns de 'Mourinho Asiático', mas com uma filosofia de jogo que deixa espaço para a improvisação, Tae-yong obteve bons resultados com a seleção sul-coreana Sub-20 e foi o técnico da equipe olímpica que chegou às quartas de final dos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016. Agora, ele pretende fazer o mesmo com os 'Guerreiros Taeguk', que, no entanto, têm muita dificuldade de imitar a equipe que terminou em quarto lugar em casa, na Copa de 2002.

- Destaque: Son Heung-min (Tottenham) (08-06-1992)

Começou a carreira bem cedo e, aos 18 anos, já estava no Hamburgo, da Alemanha. Em 2013, foi para o Bayer Leverkusen, onde jogou por três temporadas, até ir para o Tottenham.

Extremamente rápido, hábil, e com forte poder ofensivo, está brihando no clube inglês sob o comando do argentino Mauricio Pochettino. Son Heung-min aproveitou a vitrine da Liga dos Campeões, e teve excelentes atuações até seu time ser eliminado pela Juventus.

- Time base (4-2-3-1): Kim Seung-Gyu; Lee Yong, Kwon Kyung-won, Jang Hyun-soo e Kim Jin-su; Jung Woo-young, Ki Sung-yueng, Kwon Chang-hoon, Koo Ja-cheol e Son Heung-min; Hwang Hee-chan.