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Apresentação das seleções do grupo E

08/06/2018 21h11

Redação Central, 8 jun (EFE).- Apresentação das seleções do grupo E:.



BRASIL.

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Brasil tenta reeditar "jogo bonito" em busca pelo hexa.

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A única seleção presente em todas as Copas do Mundo buscará, na Rússia, conquistar o título pela sexta vez, encerrando assim um jejum de 16 anos. A aposta do técnico Tite é em uma equipe cheia de talentos individuais, que voltaram a atrair o olhar do torcedor desde que ele substituiu Dunga no comando da equipe, em 20 de junho de 2016.

Apesar do momento positivo e da empolgação de grande parte da torcida, ainda está viva a marca da goleada sofrida para a Alemanha por 7 a 1, há quatro anos. Do time titular daquela fatídica partida pelas semifinais da Copa de 2014, no Mineirão, apenas Marcelo e Fernandinho seguem no time - Paulinho e Willian entraram no segundo tempo, e Thiago Silva e Neymar estavam fora, o primeiro por suspensão e o segundo por lesão.

A principal baixa é o lateral-direito Daniel Alves, que sofreu contusão grave na reta final da temporada no Paris Saint-Germain. Por outro lado, Neymar, também do clube francês, se recuperou de uma fratura no pé direito que o tirou dos gramados por mais de três meses e deve chegar em forma e descansado para o torneio.

- Participação em Copas: 20 (1930, 1934, 1938, 1950, 1954, 1958, 1962, 1966, 1970, 1974, 1978, 1982, 1986, 1990, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014).

- Melhor participação: Campeão em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002.

- Técnico: Tite (Caxias do Sul, 25-05-1961). Como jogador, vestiu as camisas de Caxias e Esportivo, ambos do Rio Grande do Sul, além dos paulistas Portuguesa e Guarani. Neste último, atingiu o auge na carreira, sendo vice-campeão brasileiro em 1986.

Pouco depois de pendurar as chuteiras precocemente, devido a graves lesões nos joelhos, estreou como técnico no pequeno Guarany, da cidade gaúcha de Garibaldi. Estourou na profissão em 2000, ao conquistar o título estadual com o Caxias, o que o levou ao Grêmio, primeiro clube de grande expressão que comandou.

No Tricolor, foi campeão da Copa do Brasil. No Internacional, venceu a Copa Sul-Americana, e no Corinthians, a Taça Libertadores e o Mundial de Clubes. Em 2016, foi escolhido para substituir Dunga, após a queda da seleção na fase de grupos da edição de centenário da Copa América.

- Destaque: Neymar (Paris Saint-Germain-FRA) (Mogi das Cruzes, 05-02-1992). O jogador de 220 milhões de euros, que foi o valor da transferência do Barcelona para o PSG, encara a Copa do Mundo como a grande oportunidade de desbancar o português Cristiano Ronaldo e o argentino Lionel Messi, que há dez anos se alternam como vencedores dos prêmios de melhor jogador do mundo.

Esta será a segunda Copa do atacante, que ficou fora das derrotas para Alemanha e Holanda em 2014, que deixaram o Brasil na quarta posição. Naquela edição, recebeu o prêmio Chuteira de Bronze do torneio, pelos quatro gols marcados. Além disso, o camisa 10 da seleção fez parte do time-ideal da competição.

- Time base (4-3-3): Alisson; Danilo, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro, Paulinho e Philippe Coutinho; Willian, Neymar e Gabriel Jesus.



SUÍÇA.

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Suíça conta com o amadurecimento de uma geração promissora.

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A seleção suíça encara sua 11ª presença na Copa do Mundo, e a quarta consecutiva, amparada pela continuidade da geração campeã mundial sub-17, em 2009, e com 14 jogadores que estiveram no Mundial disputado no Brasil há quatro anos. Mais experiente, a equipe comandada pelo bósnio-suíço Vladimir Petkovic tentará ir além das oitavas de final, fase em que parou em 2006 e 2014.

O 'Die Nati' (Time Nacional, em tradução livre) ganhou notoriedade no Mundial da Alemanha, ao liderar uma chave que tinha a França e, na sequência, cair invicta diante da Ucrânia, nos pênaltis. Quatro anos depois, na África do Sul, estreou vencendo a Espanha, que se ergueria o troféu, mas foi eliminada ainda dentro da chave. Na última Copa, vendeu caro a derrota para a Argentina, na prorrogação, em duelo para ir às quartas.

A espinha-dorsal do elenco segue formada pelos laterais Stephan Lichtsteiner e Ricardo Rodríguez, o volante Granit Xhaka, o meia Xherdan Shaqiri. Por outro lado, permanece com fragilidade no setor ofensivo, que tem como principal nome Haris Seferovic, do Benfica.

- Participação em Copas: 10 (1934, 1938, 1950, 1954, 1962, 1966, 1994, 2006, 2010, 2014).

- Melhor resultado: Quartas de final, em 1934, 1938 e 1954.

- Técnico: Vladimir Petkovic (Sarajevo, 15-8-1963). Passou na época de jogador por clubes de pouca expressão da antiga Iugoslávia, até chegar à Suíça, onde defendeu Sion, Bellinzona e Lugano, entre outros. Foi em território suíço também que começou a carreira de técnico, que teve como auge a passagem pela Lazio.

Do clube italiano, saiu para assumir a seleção vermelha e branca depois da Copa de 2014. Na Eurocopa, há dois anos, ela passou invicta por um grupo com a anfitriã, França, mas acabou caindo diante da Polônia, nos pênaltis, nas oitavas. Nas Eliminatórias para o Mundial, ficou em segundo atrás de Portugal e teve que passar pela Irlanda do Norte, na repescagem.

- Destaque: Granit Xhaka (Arsenal-ING) (Basileia, 27-9-1992). Formado na base do Basel, foi contratado pelo Borussia Mönchengladbach, em que confirmou a evolução, com forte sustentação no poderio físico, liderança e boa capacidade de finalizar, sempre aparecendo como elemento surpresa. As características levaram o campeão mundial sub-17, em 2009, ao Arsenal, e o fizeram se tornar o camisa 10 da Suíça.

- Time base (4-2-3-1): Sommer; Lichtsteiner, Akanji, Schär e Rodríguez; Fernandes, Xhaka, Shaqiri, Dzemaili e Embolo; Seferovic.



COSTA RICA.

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Costa Rica tenta repetir feito de 4 anos atrás.

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A Costa Rica chega a sua quinta participação em Copas do Mundo na condição de maior surpresa da edição mais recente. Há quatro anos, no Brasil, os 'Ticos' ficaram a uma decisão de pênaltis de serem semifinalistas, já que empataram com a Holanda em 120 minutos, mas caíram nos tiros diretos por 4 a 3, com o goleiro Tim Krul defendendo as cobranças de Bryan Ruiz e Michael Umaña.

Do elenco sensação de 2014, 11 jogadores permanecem, com destaque para o goleiro Keylor Navas, o zagueiro Giancarlo González, o meia-atacante Celso Borges, além de Ruiz e Umaña. A falta de novos nomes para acompanhar atletas já experientes, no entanto, é um ponto negativo para os costa-riquenhos.

De olho em ser nova surpresa, os 'Ticos' deixaram impressão de irregularidade nos amistosos de preparação, após garantirem vaga na Copa com certa tranquilidade. O único resultado que agradou desde a classificação para o torneio foi a vitória sobre a Irlanda do Norte por 3 a 0, em San José, no adeus aos torcedores antes do embarque para a Europa.

- Participação em Copas: 4 (1990, 2002, 2006, 2010).

- Melhor participação: Quartas de final, em 2014.

- Técnico: Oscar Ramírez (San Antonio de Belén, 08-12-1964). Foi meia, passando toda a carreira no país-natal, vestindo a camisa de Alajuelense e Saprissa, os dois maiores clubes locais. Integrou o elenco da seleção na primeira participação em Copas, em 1990, na Itália.

Como técnico, sempre esteve no futebol local e foi auxiliar dos 'Ticos' entre 2006 e 2008. Em agosto de 2015, sucedeu o antigo companheiro Paulo Wanchope, ídolo no país, pouco antes do início da participação costa-riquenha nas Eliminatórias para o Mundial. Desde então, foi semifinalista da Copa Ouro, em 2017, além de ter caído na fase de grupos da Copa América, um ano antes.

- Destaque: Keylor Navas (Real Madrid-ESP) (San Isidro de El General, 15-12-1986). Há quatro anos surgiu como um fenômeno para todo o mundo, como craque da seleção quadrifinalista da Copa, depois de grandes atuações com a camisa do Levante, no Campeonato Espanhol. O desempenho levou o goleiro ao Real Madrid, do qual é titular, embora o campeão europeu, reiteradamente, vire notícia pela busca de jogador para a posição.

Foi o goleiro menos vazado da Copa de 2014, tendo sofrido dois gols em cinco partidas. As defesas, no entanto, não o fizeram ser o titular da seleção ideal do Mundial no Brasil, já que o prêmio Luva de Ouro ficou com o alemão Manuel Neuer.

Time-base (5-4-1): Navas; Gamboa, Acosta, Duarte, González e Oviedo; Guzmán, Bolaños, Borges e Ruiz; Ureña.



SÉRVIA.

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Sérvios voltam à Copa após 8 anos e se reerguem após crise.

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A Sérvia reaparece na Copa do Mundo oito anos depois da última participação, quando fracassou na África do Sul, sendo lanterna de uma chave com Alemanha, Gana e Austrália. A seleção teve que superar uma complicada chave nas Eliminatórias, que tinha Irlanda, País de Gales e Áustria, para ficar com a vaga direta na competição.

A disputa do torneio qualificatório, no entanto, acabou em crise, com a demissão do técnico Slavoljub Muslin após desavenças com dirigentes da federação do país. Com isso, o auxiliar Mladen Krstajic foi promovido e terá a missão de comandar os sérvios na Rússia.

O elenco é uma mescla de veteranos, como o goleiro Vladimir Stojkovic, o zagueiro Branislav Ivanovic, o lateral-esquerdo Aleksandar Kolarov e até mesmo o volante Nemanja Matic, que tem 29 anos, com jovens como o versátil defensor Milos Veljkovic, os meias Andrija Zivkovic e Sergej Milinkovic-Savic e o atacante Aleksandar Mitrovic.

Com apenas uma participação como Sérvia, a seleção do país carrega o histórico da antiga Iugoslávia, presente em oito Copas, e da Sérvia e Montenegro, que esteve em duas. A última grande campanha, no entanto, foi há 28 anos, com a presença nas quartas de final na edição de 1990, na Itália. Na época, contava com um elenco cheio de estrelas, com jogadores nascidos em Croácia, Eslovênia, Macedônia e Bósnia.

- Participações em Copas: 1 como a Sérvia (2010), 8 como a Iugoslávia (1930, 1950, 1954, 1958, 1962, 1974, 1982, 1990) e 2 como a Sérvia e Montenegro (1998 e 2006).

- Melhor participação: Fase de grupos como a Sérvia, em 2010. 4º, em 1930 e 1962

- Técnico: Mladen Krstajic (Zenica, na Iugoslávia - hoje a cidade pertence à Bósnia-Herzegovina -, 04-03-1974). Ex-zagueiro com passagens por Werder Bremen e Schalke 04, que passou pela seleção sérvia, teve o primeiro emprego como técnico justamente na equipe nacional, depois da queda surpreendente do antecessor, Slavoljub Muslin, de quem era auxiliar.

- Destaque: Nemanja Matic (Manchester United-ING) (Sabac, 01-08-1988). O eixo da Sérvia, atuando tanto na construção de jogadas, como na marcação, em que exerce papel ainda maior do que nos Diabos Vermelhos. Conta com Sergej Milinkovic-Savic, Dusan Tadic e Adem Ljajic para render ainda mais do que no clube.

Time-base (4-2-3-1): Stojkovic; Ivanovic, Rukavina, Tosic e Kolarov; Milivojevic, Matic, Tadic, Milinkovic-Savic e Ljajic; Mitrovic.