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"Retrô", bola da Copa do Mundo revisita modelo clássico usado em 1970

07/06/2018 17h04

Redação Central, 7 jun (EFE).- A Copa do Mundo de 2018, que será disputada na Rússia, terá como uma das grandes atrações a bola oficial, que agradará aos mais tradicionalistas pelas cores branca e preta e é uma homenagem ao primeiro modelo produzido pela Adidas para o torneio, na edição de 1970, realizada no México.

A Telstar 18 foi considerada por Roland Rommler, responsável global pelo setor de acessórios de futebol da companhia alemã, uma das "bolas mais emblemáticas de todos os tempos".

Segundo o representante da Adidas, desenvolver o objeto de desejo dos jogadores que disputarão a competição, "sem deixar de ser fiel ao modelo original foi um desafio, realmente, emocionante".

A Telstar 1970 foi a primeira bola desenhada pela empresa para a Copa. Tinha gomos negros, contrastando com os brancos, para haver maior destaque nas televisões, já que a maioria não era colorida.

A bola fará estreia oficial no dia 14 de junho, no jogo entre Rússia e Arábia Saudita, que acontecerá no Estádio Luzhniki, em Moscou, pelo grupo A, mas já vem sendo utilizada em amistosos, para ambientação de jogadores, que vão conhecendo as suas características e novidades.

"A bola conta com um novo revestimento, que conserva o melhor da Brazuca, a bola oficial da Copa de 2014, enquanto desenvolve novas tecnologias para maximizar o revestimento. Foi testada de forma extensa para assegurar que se adaptará às necessidades dos melhores do mundo", destacou a Adidas em comunicado na época do lançamento do modelo.

A Telstar 18 tem tons metálicos, imprimindo caráter mais moderno, e está "projetada para proporcionar rendimento e durabilidade". Além disso, segundo a fabricante, a nova bola apela para a sustentabilidade, com inclusão de material reciclado.

Na história das Copas, desde 1970, a bola ganhou apelo comercial, chamando mais a atenção do público, com modelos exclusivos. Até hoje, a Tango, utilizada em 1978, no Mundial disputado na Argentina, é uma das mais famosas, ao quebrar o padrão da Telstar, com combinação de hexágonos e pentágonos pretos e brancos.

Na França, em 1998, veio a inovação com cores, embora o design ainda remetesse ao modelo de 20 anos antes, mas o preto deu lugar ao azul e vermelho do país-sede. Em 2002, na Coreia do Sul e Japão, a Fevernova foi uma grande ruptura, pintada em dourada, com detalhes de chama em vermelho.

A Jabulani, em 2010, na África do Sul, foi uma das maiores polêmicas da história das Copas, já que a bola foi muito criticada por goleiros devido à variação na trajetória. Atacante da seleção brasileira naquela edição do torneio, Luís Fabiano chegou a classificar o modelo como "sobrenatural".

Há quatro anos, a Brazuca chegou como a versão mais leve da história. O nome, pela primeira vez, foi escolhido em votação com visitantes do site da Fifa, que também puderam optar por Bossa Nova e Carnavalesca. A bola tinha gomos unidos por um processo em alta temperatura, sem necessidade de linhas de costura.