Apresentação das seleções do grupo A
Redação Central, 7 jun (EFE).- Apresentação das seleções do grupo A:.
RÚSSIA.
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Anfitriã encara Copa entre dúvidas e obrigação.
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A Rússia iniciará sua campanha na Copa do Mundo em um mar de dúvidas sobre qual será seu desempenho e em meio à enorme pressão de aproveitar o status de anfitriã para chegar longe, algo que procura não admitir durante as entrevistas.
A Copa das Confederações do ano passado alimentou essa incerteza, quando a equipe de Stanislav Cherchesov não conseguiu chegar às semifinais ao terminar em terceiro em um grupo que tinha Portugal, México e Nova Zelândia. Os russos conseguiram apenas uma vitória, contra os neozelandeses. A derrota para o México (segundo colocado da chave) por 2 a 1 encerrou a participação na competição.
Aquele resultado jogou fora as grandes esperanças que surgiram quando Cherchesov foi apresentado como treinador. A torcida confiava no talento do ex-goleiro para comandar a equipe após resultados ruins na Copa do Mundo de 2014 e na Eurocopa da França, com eliminações na primeira fase das duas competições.
O fato de não ter precisado jogar as Eliminatórias não foi muito bem aproveitado pela Rússia. Os resultados dos últimos amistosos não foram muito bons, e apenas em poucas partidas os jogadores empolgaram a torcida, como no empate em 3 a 3 com a Espanha, em novembro do ano passado.
Restou ao técnico russo fazer experiências com a equipe, que terá que mostrar competência e competitividade para defender o orgulho do país em seu projeto esportivo mais importante desde os Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980.
- Participação em Copas: 10 (desde 1992 como Rússia).
1958, 1962, 1966, 1970, 1982, 1986, 1990, 1994, 2002, 2014.
- Melhor participação: 4º lugar, em 1966.
- Técnico: Stanislav Cherchesov (Alagir, 02-09-1963).
Como goleiro, jogou em clubes como Spartak Ordzhonikidze, Spartak Moscou, Lokomotiv, Dínamo Dresden e o Tirol Innsbruck. Pela seleção russa, esteve nas Copas de 1994 e 2002.
Como treinador, função que exerce há 14 anos, começou nos clubes austríacos Kufstein e Wacker Innsbruck. Depois, comandou Spartak Moscou, Terek Grozny, Amkar Perm, Dínamo de Moscou e Legia Varsóvia antes de assumir a seleção russa, em 2016. Despertou grandes expectativas, mas ainda não conseguiu corresponder a elas.
- Destaque: Fedor Smolov (Krasnodar) (Saratov, 09-02-1990).
É a referência ofensiva de sua seleção, pela qual estreou contra os Estados Unidos em novembro de 2012 e marcou seu primeiro gol aos nove minutos de jogo.
Smolov passou por diversos clubes desde que começou sua carreira (Dínamo de Moscou, Feyenoord, Anzhi, Ural). Chegou a pensar em se aposentar antes de ir para o Ural. Está no Krasnodar há três anos e já mostrou valor na Liga Europa. A Rússia dependerá muito de seu rendimento e acertos no ataque.
- Time base (3-5-2): Akinfeev; Ignashevich, Kudryashov e Granat; Smolnikov, Yerokhin, Golovin, Samedov e Zhirkov; Aleksey Miranchuk e Smolov.
ARÁBIA SAUDITA.
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A incógnita saudita.
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Apesar de ter vários jogadores da equipe atuando na Espanha, a Arábia Saudita não tem nomes conhecidos no cenário internacional, e por isso é uma das grandes incógnitas da Copa do Mundo.
No comando da equipe, está o ex-atacante argentino naturalizado espanhol Juan Antonio Pizzi, que aceitou o desafio de se sentar um banco de reservas que é quase uma cadeira elétrica para treinadores.
O holandês Bert Van Marjwik foi o responsável por levar os sauditas à Copa, mas, após divergências com os dirigentes, acabou demitido. Seu substituto, o argentino Edgardo Bauza, durou dois meses no cargo, e Pizzi assumiu seu lugar pouco antes do sorteio da fase de grupos do Mundial.
O argentino aceitou o desafio de comandar uma seleção que conseguiu se classificar graças ao forte setor defensivo e aos gols de Mohammad Al Sahlawi, artilheiro das Eliminatórias asiáticas.
A Federação Saudita chegou a um acordo com a entidade que organiza o Campeonato Espanhol para que alguns de seus jogadores ganhassem mais experiência. Yahya Al Shehri (Leganés), Salem Al Dawsari (Villarreal), Fahad Al Muwallad (Levante), entre outros, chegaram à competição, mas quase não atuaram. Por isso, a base da seleção será formada com os jogadores dos principais clubes sauditas, que são pouco experientes.
- Participações em Copas: 4 (1994, 1998, 2002, 2006).
- Melhor participação: Oitavas de final, em 1994.
- Técnico: Juan Antonio Pizzi (ARG/ESP). (Santa Fé 07-06-1968)
Atacante argentino e naturalizado espanhol. Começou como jogador pelo Rosario Central, depois seguiu para o Toluca, do México. Em 1991, foi para o futebol espanhol, tendo passagens pelo Tenerife, Valencia e Barcelona. Já tendo optado por defender a seleção espanhola, disputou a Eurocopa de 1996 e a Copa do Mundo de 1998. Depois do Mundial, voltou ao futebol argentino para jogar pelo River Plate e, depois, novamente pelo Rosario. Encerrou a carreira de jogador em 2002, mais uma vez na Espanha, no Villarreal.
A carreira de técnico, que começou em 2005, foi bem movimentada. Em 12 anos, o "Lagarto" comandou o Colón, da Argentina; o Universidad San Martín, do Peru; e os chilenos Santiago Morning e Universidad Católica. Em 2013, treinou o San Lorenzo, antes de partir para a Europa, mais uma vez, pelo Valencia, em 2014. Pizzi treinou ainda o León, do México, antes de assumir a seleção do Chile em 2014, com a qual conquistou a Copa América de 2016, mas não conseguiu a classificação para a Copa do Mundo. Para sua sorte, recebeu a inesperada oferta da Arábia Saudita.
- O destaque: Mohammad al Sahlawi (Al Hufuf, 10-01-1987).
Atacante veloz que começou no Al Qadisiya. Em 2009, foi para um dos principais clubes da Arábia Saudita, o Al Nasser, negociado por mais de 10 milhões de euros (cerca de R$ 44 milhões). Lá, se transformou em uma das grandes estrelas do futebol saudita. Sua estreia internacional foi em um amistoso contra a Espanha, na Áustria, em 2010, marcando o segundo gol da seleção na derrota por 3 a 2. Nas Eliminatórias, o atacante marcou mais gols (16) que jogos disputados (14).
- Time base (4-3-3): Yasser Al Mosailem; Saeed al Mowalad, Omar Hawasawi, Osama Hawsawi, Mansour Yasir al Shahrani; Mohammed Kanno, Taisir al Jassim, Hussein al Mogahwi, Yehya al Shehri, Fahad al Muwallad, Mohammed al Sahlawi e Nawal al Abed.
EGITO.
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Faraós tentam evitar 'Salahdependência'.
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O experiente técnico argentino Héctor Cúper assumiu em 2015 o comando da seleção egípcia. Com um estilo de jogo sóbrio, priorizando a organização e um forte setor defensivo, a levou ao primeiro vice-campeonato africano no Gabão, em 2017, e de volta a uma Copa do Mundo, 28 anos depois.
O Egito liderou o grupo E das Eliminatórias africanas com autoridade, com 4 vitórias, um empate e uma derrota, terminando a fase de grupos na frente de Uganda, Gana e Congo.
Em sua equipe, o técnico argentino tem à disposição uma mistura de jogadores veteranos e jovens. Aos 45 anos, o goleiro Essam El Hadary, por exemplo, pode ser o mais velho do torneio na Rússia. Com estrelas de relevância internacional, como Mohamed Salah, do Liverpool, e Mohamed Elneny, que atua pelo Arsenal, o time aposta na individualidade.
A grande dor de cabeça para Cúper e todo o Egito é a recuperação de Salah, que machucou o ombro esquerdo em uma disputa de bola com Sergio Ramos, na final da Liga dos Campeões.
A participação da seleção egípcia em uma Copa do Mundo, fato que não acontecia desde 1990, na Itália, é em grande parte devido ao desempenho do atacante.
- Participação em Copas: 2 (1934 e 1990).
- Melhor participação: Primeira fase em ambas.
- Técnico: Héctor Cúper (Chabas, Argentina, 16-11-1955).
Como jogador, atuou por Ferro Carril Oeste, Independiente Rivadavia e Huracán. Como técnico desde 1993, Cúper passou por diversas equipes antes de chegar à seleção do Egito. Comandou Huracán e Lanús, da Argentina; Mallorca, Valencia, Betis e Racing, da Espanha; Inter de Milão e Parma, na Itália; a seleção da Geórgia; o Aris Salônica, da Grécia; o Orduspor, da Turquia; e o Al Wasl, dos Emirados Árabes.
O prestígio de Cúper na Argentina aumentou após as passagens bem sucedidas pelo Mallorca e Valencia, com o qual conquistou duas Supercopas. Mas também começou a ganhar fama de perder finais, ao ser derrotado na Copa do Rei da Espanha, na Recopa Europeia e em duas decisões da Liga dos Campeões (2000 e 2001). Com a Inter de Milão, também foi vice do Campeonato Espanhol e ainda acumulou outros dois vices na final da Copa da Grécia com o Aris e no Campeonato Africano com o Egito. Sua formação e experiência, no entanto, lhe renderam a confiança e o respeito de muitos outros clubes e também de seleções.
- Destaque: Mohammed Salah (Liverpool) (Basyoun, 15-06-1992).
Uma das grandes sensações da temporada no Campeonato Inglês. O atacante veloz, que passou por equipes como Basel, Chelsea e Fiorentina antes de ser contratado pelo Liverpool, em junho de 2017, está explodindo em Anfield. Com seu talento, Salah progrediu e se tornou um pesadelo para os goleiros adversários, tanto no Campeonato Inglês, quanto na Liga dos Campeões. Pela seleção egípcia, foi o autor do gol que marcou a vitória contra o Congo e garantiu a classificação para a Rússia. A dúvida, no entanto, é sua condição física após a lesão no ombro que sofreu durante a final da Liga dos Campeões.
- Time base (4-2-3-1): Mohammed El Shenawy; Ahmed Fathi, Ali Gabr, Ahmed Hegazy e Abdelshafi; Mohammed Elneny, Tareq Hamed, Abdallah Said, Trezeguet e Mohammed Salah; Ahmed Hassan.
URUGUAI.
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A hora da afirmação.
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A seleção do Uruguai fará na Rússia sua 13ª participação em Copas do Mundo, a terceira consecutiva, depois das que teve na África do Sul e no Brasil. A 'Celeste' está em plena renovação, mas continua pressionada pela reputação conquistada nas edições anteriores.
Campeã em 1930 e 1950, a seleção uruguaia tornou-se uma equipe que não levava muita preocupação aos adversários nos anos seguintes. No entanto, em 2010, recuperou o respeito na África do Sul, após chegar às semifinais e terminar em quarto lugar.
Vários desses jogadores que brilharam há oito anos permanecem no time que vai para a Rússia, além do técnico Óscar Tabárez, que está no comando da equipe há 12 anos e que foi o responsável por conseguir classificar o Uruguai para os principais torneios internacionais.
Os uruguaios conquistaram a vaga na Copa do Mundo em segundo lugar nas Eliminatórias Sul-americanas, atrás apenas da seleção brasileira.
A 'Celeste' tem um dilema: apostar no veterano e experiente núcleo ou nos jovens talentos emergentes.
Jogadores como Luis Suárez, Edinson Cavani, Diego Godín, Martín Cáceres, Maxi Pereira e Fernando Muslera são inquestionáveis no time. Porém, chegam com força atletas que vivem bons momentos em suas equipes, como Matías Vecino (Inter de Milão) e Rodrigo Betancur (Juventus).
O Uruguai tem como ponto forte o ataque, mas também tem jogadores experientes na sua defesa. O meio de campo é a grande dúvida, com um grupo de jogadores que devem fazer na Rússia sua última Copa.
- Participação em Copas: 12 (1930, 1950, 1954, 1962, 1966, 1970, 1974, 1986, 1990, 2002, 2010, 2014).
- Melhor participação: Campeão em 1930 e 1950.
- Técnico: Óscar Tabárez (Montevidéu, 03-03-1947).
Como jogador, passou por cinco equipes uruguaias: Sud América, Sportivo Italiano, Montevideo Wanderers, Fênix e Bella Vista.
Começou a carreira de técnico em 1980, tendo dirigido várias equipes uruguaias antes de chegar ao Deportivo Cali, em 1988. Tabárez comandou ainda Boca Juniors e Vélez Sarsfield, na Argentina; Cagliari e Milan, na Itália; e Oviedo, na Espanha. Treinou a seleção uruguaia no período entre 1988 e 1990, e depois voltou a comandar a "Celeste" em 2006, tendo conquistado a Copa América em 2011.
A Copa na Rússia será o quarto Mundial do treinador, que esteve nas edições de 1990, na Itália; 2010, na África do Sul; e 2014, no Brasil.
- Destaque: Luis Suárez (Barcelona) (Salto, 24-01-1987).
O artilheiro histórico do Uruguai disputará sua terceira Copa, depois de ter participado na África do Sul, em 2010, e no Brasil, em 2014. O atacante do Barcelona tem uma dívida nesta competição: no último Mundial, Suárez protagonizou uma cena lamentável ao dar uma mordida em Giorgio Chiellini no jogo entre Uruguai e Itália, o que lhe rendeu uma longa punição. Apesar do episódio, o experiente atacante é a referência do Uruguai dentro de campo.
- Time base (4-4-2): Fernando Muslera; Maxi Pereira, José Giménez, Diego Godín e Gastón Silva; Carlos Sánchez, Matías Vecino, Rodrigo Betancurt e Cristian Rodríguez; Luis Suárez e Edison Cavani.
RÚSSIA.
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Anfitriã encara Copa entre dúvidas e obrigação.
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A Rússia iniciará sua campanha na Copa do Mundo em um mar de dúvidas sobre qual será seu desempenho e em meio à enorme pressão de aproveitar o status de anfitriã para chegar longe, algo que procura não admitir durante as entrevistas.
A Copa das Confederações do ano passado alimentou essa incerteza, quando a equipe de Stanislav Cherchesov não conseguiu chegar às semifinais ao terminar em terceiro em um grupo que tinha Portugal, México e Nova Zelândia. Os russos conseguiram apenas uma vitória, contra os neozelandeses. A derrota para o México (segundo colocado da chave) por 2 a 1 encerrou a participação na competição.
Aquele resultado jogou fora as grandes esperanças que surgiram quando Cherchesov foi apresentado como treinador. A torcida confiava no talento do ex-goleiro para comandar a equipe após resultados ruins na Copa do Mundo de 2014 e na Eurocopa da França, com eliminações na primeira fase das duas competições.
O fato de não ter precisado jogar as Eliminatórias não foi muito bem aproveitado pela Rússia. Os resultados dos últimos amistosos não foram muito bons, e apenas em poucas partidas os jogadores empolgaram a torcida, como no empate em 3 a 3 com a Espanha, em novembro do ano passado.
Restou ao técnico russo fazer experiências com a equipe, que terá que mostrar competência e competitividade para defender o orgulho do país em seu projeto esportivo mais importante desde os Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980.
- Participação em Copas: 10 (desde 1992 como Rússia).
1958, 1962, 1966, 1970, 1982, 1986, 1990, 1994, 2002, 2014.
- Melhor participação: 4º lugar, em 1966.
- Técnico: Stanislav Cherchesov (Alagir, 02-09-1963).
Como goleiro, jogou em clubes como Spartak Ordzhonikidze, Spartak Moscou, Lokomotiv, Dínamo Dresden e o Tirol Innsbruck. Pela seleção russa, esteve nas Copas de 1994 e 2002.
Como treinador, função que exerce há 14 anos, começou nos clubes austríacos Kufstein e Wacker Innsbruck. Depois, comandou Spartak Moscou, Terek Grozny, Amkar Perm, Dínamo de Moscou e Legia Varsóvia antes de assumir a seleção russa, em 2016. Despertou grandes expectativas, mas ainda não conseguiu corresponder a elas.
- Destaque: Fedor Smolov (Krasnodar) (Saratov, 09-02-1990).
É a referência ofensiva de sua seleção, pela qual estreou contra os Estados Unidos em novembro de 2012 e marcou seu primeiro gol aos nove minutos de jogo.
Smolov passou por diversos clubes desde que começou sua carreira (Dínamo de Moscou, Feyenoord, Anzhi, Ural). Chegou a pensar em se aposentar antes de ir para o Ural. Está no Krasnodar há três anos e já mostrou valor na Liga Europa. A Rússia dependerá muito de seu rendimento e acertos no ataque.
- Time base (3-5-2): Akinfeev; Ignashevich, Kudryashov e Granat; Smolnikov, Yerokhin, Golovin, Samedov e Zhirkov; Aleksey Miranchuk e Smolov.
ARÁBIA SAUDITA.
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A incógnita saudita.
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Apesar de ter vários jogadores da equipe atuando na Espanha, a Arábia Saudita não tem nomes conhecidos no cenário internacional, e por isso é uma das grandes incógnitas da Copa do Mundo.
No comando da equipe, está o ex-atacante argentino naturalizado espanhol Juan Antonio Pizzi, que aceitou o desafio de se sentar um banco de reservas que é quase uma cadeira elétrica para treinadores.
O holandês Bert Van Marjwik foi o responsável por levar os sauditas à Copa, mas, após divergências com os dirigentes, acabou demitido. Seu substituto, o argentino Edgardo Bauza, durou dois meses no cargo, e Pizzi assumiu seu lugar pouco antes do sorteio da fase de grupos do Mundial.
O argentino aceitou o desafio de comandar uma seleção que conseguiu se classificar graças ao forte setor defensivo e aos gols de Mohammad Al Sahlawi, artilheiro das Eliminatórias asiáticas.
A Federação Saudita chegou a um acordo com a entidade que organiza o Campeonato Espanhol para que alguns de seus jogadores ganhassem mais experiência. Yahya Al Shehri (Leganés), Salem Al Dawsari (Villarreal), Fahad Al Muwallad (Levante), entre outros, chegaram à competição, mas quase não atuaram. Por isso, a base da seleção será formada com os jogadores dos principais clubes sauditas, que são pouco experientes.
- Participações em Copas: 4 (1994, 1998, 2002, 2006).
- Melhor participação: Oitavas de final, em 1994.
- Técnico: Juan Antonio Pizzi (ARG/ESP). (Santa Fé 07-06-1968)
Atacante argentino e naturalizado espanhol. Começou como jogador pelo Rosario Central, depois seguiu para o Toluca, do México. Em 1991, foi para o futebol espanhol, tendo passagens pelo Tenerife, Valencia e Barcelona. Já tendo optado por defender a seleção espanhola, disputou a Eurocopa de 1996 e a Copa do Mundo de 1998. Depois do Mundial, voltou ao futebol argentino para jogar pelo River Plate e, depois, novamente pelo Rosario. Encerrou a carreira de jogador em 2002, mais uma vez na Espanha, no Villarreal.
A carreira de técnico, que começou em 2005, foi bem movimentada. Em 12 anos, o "Lagarto" comandou o Colón, da Argentina; o Universidad San Martín, do Peru; e os chilenos Santiago Morning e Universidad Católica. Em 2013, treinou o San Lorenzo, antes de partir para a Europa, mais uma vez, pelo Valencia, em 2014. Pizzi treinou ainda o León, do México, antes de assumir a seleção do Chile em 2014, com a qual conquistou a Copa América de 2016, mas não conseguiu a classificação para a Copa do Mundo. Para sua sorte, recebeu a inesperada oferta da Arábia Saudita.
- O destaque: Mohammad al Sahlawi (Al Hufuf, 10-01-1987).
Atacante veloz que começou no Al Qadisiya. Em 2009, foi para um dos principais clubes da Arábia Saudita, o Al Nasser, negociado por mais de 10 milhões de euros (cerca de R$ 44 milhões). Lá, se transformou em uma das grandes estrelas do futebol saudita. Sua estreia internacional foi em um amistoso contra a Espanha, na Áustria, em 2010, marcando o segundo gol da seleção na derrota por 3 a 2. Nas Eliminatórias, o atacante marcou mais gols (16) que jogos disputados (14).
- Time base (4-3-3): Yasser Al Mosailem; Saeed al Mowalad, Omar Hawasawi, Osama Hawsawi, Mansour Yasir al Shahrani; Mohammed Kanno, Taisir al Jassim, Hussein al Mogahwi, Yehya al Shehri, Fahad al Muwallad, Mohammed al Sahlawi e Nawal al Abed.
EGITO.
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Faraós tentam evitar 'Salahdependência'.
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O experiente técnico argentino Héctor Cúper assumiu em 2015 o comando da seleção egípcia. Com um estilo de jogo sóbrio, priorizando a organização e um forte setor defensivo, a levou ao primeiro vice-campeonato africano no Gabão, em 2017, e de volta a uma Copa do Mundo, 28 anos depois.
O Egito liderou o grupo E das Eliminatórias africanas com autoridade, com 4 vitórias, um empate e uma derrota, terminando a fase de grupos na frente de Uganda, Gana e Congo.
Em sua equipe, o técnico argentino tem à disposição uma mistura de jogadores veteranos e jovens. Aos 45 anos, o goleiro Essam El Hadary, por exemplo, pode ser o mais velho do torneio na Rússia. Com estrelas de relevância internacional, como Mohamed Salah, do Liverpool, e Mohamed Elneny, que atua pelo Arsenal, o time aposta na individualidade.
A grande dor de cabeça para Cúper e todo o Egito é a recuperação de Salah, que machucou o ombro esquerdo em uma disputa de bola com Sergio Ramos, na final da Liga dos Campeões.
A participação da seleção egípcia em uma Copa do Mundo, fato que não acontecia desde 1990, na Itália, é em grande parte devido ao desempenho do atacante.
- Participação em Copas: 2 (1934 e 1990).
- Melhor participação: Primeira fase em ambas.
- Técnico: Héctor Cúper (Chabas, Argentina, 16-11-1955).
Como jogador, atuou por Ferro Carril Oeste, Independiente Rivadavia e Huracán. Como técnico desde 1993, Cúper passou por diversas equipes antes de chegar à seleção do Egito. Comandou Huracán e Lanús, da Argentina; Mallorca, Valencia, Betis e Racing, da Espanha; Inter de Milão e Parma, na Itália; a seleção da Geórgia; o Aris Salônica, da Grécia; o Orduspor, da Turquia; e o Al Wasl, dos Emirados Árabes.
O prestígio de Cúper na Argentina aumentou após as passagens bem sucedidas pelo Mallorca e Valencia, com o qual conquistou duas Supercopas. Mas também começou a ganhar fama de perder finais, ao ser derrotado na Copa do Rei da Espanha, na Recopa Europeia e em duas decisões da Liga dos Campeões (2000 e 2001). Com a Inter de Milão, também foi vice do Campeonato Espanhol e ainda acumulou outros dois vices na final da Copa da Grécia com o Aris e no Campeonato Africano com o Egito. Sua formação e experiência, no entanto, lhe renderam a confiança e o respeito de muitos outros clubes e também de seleções.
- Destaque: Mohammed Salah (Liverpool) (Basyoun, 15-06-1992).
Uma das grandes sensações da temporada no Campeonato Inglês. O atacante veloz, que passou por equipes como Basel, Chelsea e Fiorentina antes de ser contratado pelo Liverpool, em junho de 2017, está explodindo em Anfield. Com seu talento, Salah progrediu e se tornou um pesadelo para os goleiros adversários, tanto no Campeonato Inglês, quanto na Liga dos Campeões. Pela seleção egípcia, foi o autor do gol que marcou a vitória contra o Congo e garantiu a classificação para a Rússia. A dúvida, no entanto, é sua condição física após a lesão no ombro que sofreu durante a final da Liga dos Campeões.
- Time base (4-2-3-1): Mohammed El Shenawy; Ahmed Fathi, Ali Gabr, Ahmed Hegazy e Abdelshafi; Mohammed Elneny, Tareq Hamed, Abdallah Said, Trezeguet e Mohammed Salah; Ahmed Hassan.
URUGUAI.
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A hora da afirmação.
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A seleção do Uruguai fará na Rússia sua 13ª participação em Copas do Mundo, a terceira consecutiva, depois das que teve na África do Sul e no Brasil. A 'Celeste' está em plena renovação, mas continua pressionada pela reputação conquistada nas edições anteriores.
Campeã em 1930 e 1950, a seleção uruguaia tornou-se uma equipe que não levava muita preocupação aos adversários nos anos seguintes. No entanto, em 2010, recuperou o respeito na África do Sul, após chegar às semifinais e terminar em quarto lugar.
Vários desses jogadores que brilharam há oito anos permanecem no time que vai para a Rússia, além do técnico Óscar Tabárez, que está no comando da equipe há 12 anos e que foi o responsável por conseguir classificar o Uruguai para os principais torneios internacionais.
Os uruguaios conquistaram a vaga na Copa do Mundo em segundo lugar nas Eliminatórias Sul-americanas, atrás apenas da seleção brasileira.
A 'Celeste' tem um dilema: apostar no veterano e experiente núcleo ou nos jovens talentos emergentes.
Jogadores como Luis Suárez, Edinson Cavani, Diego Godín, Martín Cáceres, Maxi Pereira e Fernando Muslera são inquestionáveis no time. Porém, chegam com força atletas que vivem bons momentos em suas equipes, como Matías Vecino (Inter de Milão) e Rodrigo Betancur (Juventus).
O Uruguai tem como ponto forte o ataque, mas também tem jogadores experientes na sua defesa. O meio de campo é a grande dúvida, com um grupo de jogadores que devem fazer na Rússia sua última Copa.
- Participação em Copas: 12 (1930, 1950, 1954, 1962, 1966, 1970, 1974, 1986, 1990, 2002, 2010, 2014).
- Melhor participação: Campeão em 1930 e 1950.
- Técnico: Óscar Tabárez (Montevidéu, 03-03-1947).
Como jogador, passou por cinco equipes uruguaias: Sud América, Sportivo Italiano, Montevideo Wanderers, Fênix e Bella Vista.
Começou a carreira de técnico em 1980, tendo dirigido várias equipes uruguaias antes de chegar ao Deportivo Cali, em 1988. Tabárez comandou ainda Boca Juniors e Vélez Sarsfield, na Argentina; Cagliari e Milan, na Itália; e Oviedo, na Espanha. Treinou a seleção uruguaia no período entre 1988 e 1990, e depois voltou a comandar a "Celeste" em 2006, tendo conquistado a Copa América em 2011.
A Copa na Rússia será o quarto Mundial do treinador, que esteve nas edições de 1990, na Itália; 2010, na África do Sul; e 2014, no Brasil.
- Destaque: Luis Suárez (Barcelona) (Salto, 24-01-1987).
O artilheiro histórico do Uruguai disputará sua terceira Copa, depois de ter participado na África do Sul, em 2010, e no Brasil, em 2014. O atacante do Barcelona tem uma dívida nesta competição: no último Mundial, Suárez protagonizou uma cena lamentável ao dar uma mordida em Giorgio Chiellini no jogo entre Uruguai e Itália, o que lhe rendeu uma longa punição. Apesar do episódio, o experiente atacante é a referência do Uruguai dentro de campo.
- Time base (4-4-2): Fernando Muslera; Maxi Pereira, José Giménez, Diego Godín e Gastón Silva; Carlos Sánchez, Matías Vecino, Rodrigo Betancurt e Cristian Rodríguez; Luis Suárez e Edison Cavani.
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