Peru lamenta desfalque de Paolo Guerrero para a Copa do Mundo

Fernando Gimeno.

Lima, 14 mai (EFE).- A seleção peruana sofreu um grande desfalque a 30 dias da Copa do Mundo da Rússia: o atacante Paolo Guerrero, que recebeu uma punição de 14 meses da Corte Arbitral do Esporte (CAS) nesta segunda-feira, referente ao exame antidoping em que o jogador testou positivo para a substância benzoilecgonina, principal metabólito da cocaína.

A decisão do CAS, em última instância, é definitiva, não cabendo recurso. O jogador, de 34 anos, já tinha cumprido seis meses de suspensão e, desta forma, poderá voltar a jogar a partir de 2019.

O desfalque deixou os peruanos muito abalados. A seleção do país voltou a se classificar para uma Copa depois de 36 anos e contava com o atacante para liderar a equipe no Mundial.

Com a camisa peruana, Guerrero fez 32 gols, maior marca de um jogador pela seleção, e conquistou dois terceiros lugares na Copa América - em 2011, na Argentina, e em 2015, no Chile.

Na fase de classificação para a Copa do Mundo, o atacante peruano balançou a rede cinco vezes, marcando contra Argentina, Chile, Uruguai e Venezuela (dois gols).

E foi exatamente antes de um dos jogos da fase de classificação, contra a Argentina, em Buenos Aires, que Guerrero foi pego durante um exame antidoping, em novembro do ano passado. A defesa do jogador alegou que houve contaminação em um chá tomado no período da concentração com a seleção peruana.

Sem Guerrero, que já cumpria suspensão, o Peru entrou em campo na fase de repescagem para a Copa e não fez feio: venceu a Nova Zelândia, por 2 a 0, e garantiu a classificação para a Rússia. Na sequência, conquistou duas vitórias importantes em amistosos contra a Croácia (2-0) e a Islândia (3-1).

Resta saber se a ausência de Guerrero poderá ser compensada pela união da equipe peruana, que estará no Grupo C da Copa do Mundo, junto com Dinamarca, França e Austrália.