Ex-nadador Popov pretende concorrer à presidência do Comitê Olímpico Russo

Moscou, 12 mai (EFE).- O ex-nadador russo Alexander Popov, bicampeão olímpico tanto nos 50 como nos 100 metros livre, em Barcelona-1992 e Atlanta-1996, anunciou neste sábado (12) que pretende concorrer à presidência do Comitê Olímpico Russo.

"A grande pergunta agora é quem apresentará a minha candidatura, já que eu estou disposto a participar das eleições", disse Popov à agência oficial "RIA Novosti".

Popov, de 46 anos, lembrou que participa do movimento olímpico há "muito tempo", conhece "todos os problemas" e sabe como solucioná-los.

"No esporte, às vezes não devemos permanecer na frente a qualquer custo nos primeiros metros. Mas é preciso estar preparado para incomodar a qualquer momento. Se você quer ganhar, deve ser capaz de nadar rápido em qualquer momento do dia", afirmou, citando palavras do treinador Gennadi  Touretski.

"Eu estou disposto", acrescentou Popov, que anunciou a aposentadoria das piscinas em 2005, após ficar sem medalha nos Jogos Olímpicos de Atenas.

No início deste mês, o presidente do Comitê Olímpico Russo, Aleksandr Zhukov, anunciou que não se candidatará à reeleição no dia 29 de maio, de modo a se concentrar nas atividades parlamentares.

"Dada a difícil situação no esporte mundial, é muito importante que o chefe do COR exerça as suas funções de maneira permanente", disse Zhukov, vice-presidente da Câmara dos Deputados russa.

Os candidatos têm até o dia 14 de maio para apresentar as suas candidaturas. De acordo com a imprensa local, o grande favorito a substituir a Zhukov é o seu vice-presidente, Stanislav Pozdniakov, que liderou a delegação russa nos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang.

Zhúkov, que exerce o cargo desde 2010, viveu os maiores escândalos de doping da história do esporte russo, o que abalou a situação do país no movimento olímpico.

Devido às acusações de doping, a equipe de atletismo russa não pôde participar dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e a delegação olímpica teve que competir com bandeira neutra nos Jogos de Inverno de PyeongChang, fato que o governo russo considerou uma "humilhação".