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Ceferin questiona atitude da Fifa sobre possível criação da Liga das Nações

12/05/2018 17h48

Madri, 12 mai (EFE).- O presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, questionou a possível implementação da Liga das Nações estudada pela Fifa, que na opinião do esloveno "deveria ter mais respeito pela pirâmide, o sistema do futebol, as associações nacionais e os clubes" em decisões como essa.

"Nós, na Uefa, tivemos uma ideia sobre uma possível Liga Mundial das Nações. Primeiro a apresentamos ao presidente da Fifa, depois às associações nacionais e depois aos clubes. E, de repente, a Fifa vem e diz que está preparada para vender a nossa ideia a um fundo. Sem nenhuma explicação. É uma oferta realmente estranha. A Fifa só disse que tinham oferecido muito dinheiro", disse.

Em declarações ao jornal esportivo alemão "Kicker", Ceferin se referiu assim a uma reunião que a Fifa teve recentemente com um grupo de clubes para discutir sobre a possível criação de uma Liga Mundial das Nações diante da oferta de um fundo de investimentos asiático para comercializar o torneio. O valor da proposta pode chegar a US$ 25 bilhões.

"Os jogadores estão no limite. A Fifa está se comportando estranhamente nisto. Debate só com poucos clubes europeus. Só convidou os clubes que considera os únicos importantes. A Fifa deveria respeitar todos os clubes", afirmou.

De acordo com o dirigente, a Uefa nunca se limitaria a convidar apenas um pequeno número de clubes ou associações" para falar sobre coisas que afetam todo o futuro do futebol europeu".

"Nós fazemos as nossas consultas com todos. E certamente os clubes estão céticos com a proposta da Fifa. Sei que pelo menos três dos sete clubes que foram convidados não estavam de acordo com esta aproximação", acrescentou.

Ceferin considerou "muito estranho" que a Fifa não tenha informado sobre os detalhes deste possível projeto.

"A resposta do presidente da Fifa (Gianni Infantino) é sempre que foi assinado um acordo de confidencialidade, mas não pode assinar um acordo de confidencialidade assim. Se assina como presidente da Fifa, o Conselho da Fifa deve ser informado", insistiu.