Topo

Fluminense sofre na altitude, mas resiste e está na 2ª fase da Sul-Americana

10/05/2018 23h42

Potosí (Bolívia), 10 mai (EFE).- Depois de 90 minutos sufocantes, tanto pela altitude de quase 4 mil metros do estádio Víctor Agustín Ugarte quanto pela pressão do adversário, o Fluminense perdeu para o Nacional Potosí por 2 a 0 na Bolívia nesta quinta-feira, mas mesmo assim se classificou para a segunda fase da Copa Sul-Americana.

O vice-campeão do torneio em 2009 sofreu dois gols de Reina no começo do segundo tempo, mas avançou por ter vencido por 3 a 0 no Maracanã na ida, no dia 11 de abril e agora aguarda o sorteio do dia 2 de junho para saber o próximo adversário.

O único desfalque do Flu, que foi às quartas de final da última Sul-Americana, seria o zagueiro Ibañez, que ficou no Rio de Janeiro se recuperando de lesão, dando lugar a Frazan. Entretanto, o atacante Marcos Júnior sentiu-se indisposto devido à altitude e sequer ficou no banco. Com isso, Pablo Dyego formou dupla com Pedro.

O Nacional sufocou o tetracampeão brasileiro na parte inicial do jogo, e Júlio César teve trabalho aos sete minutos da etapa inicial, em chute de Piñero que ia no cantinho. Ao 12, com Salazar, e aos 17, em tentativa de Reina, a equipe anfitriã levou perigo em cobranças de falta. A primeira delas passou a centímetros do alvo, e a segunda carimbou a trave esquerda.

O Flu enfim incomodou aos 18, em chute de fora da área de Pedro que foi perigosamente à direita, mas logo em seguida, aos 24, Júlio César brilhou novamente ao espalmar uma bomba de Reina.

Aos poucos, porém, o Nacional foi criando menos, mesmo se mantendo no campo de ataque. Os visitantes encaixaram um bom contragolpe aos 37, com Pablo Dyego, mas o camisa preferiu definir sozinho em vez de passar para Pedro e isolou.

O time boliviano voltou do intervalo com tudo e abriu o placar logo aos cinco minutos do segundo tempo. Meza encontrou espaço entre os defensores tricolores e acionou Reina, que chutou rasteiro cruzado e fez 1 a 0.

O segundo poderia ter acontecido logo depois, aos sete. Após rápida troca de passes, Reina tentou duas vezes e ficou com o escanteio. Após a cobrança, Meza cabeceou rente ao travessão.

Aos 14, porém, o Tricolor não conseguiu escapar. Pérez carregou com espaçou pela esquerda, Jadson travou dentro da área e o árbitro marcou pênalti. Júlio César até acertou o canto, mas Reina converteu e ampliou.

O Fluminense poderia ter saído do sufoco aos 22, em bonita tabela entre Robinho, que havia entrado na vaga de Pablo Dyego, e Sornoza, mas o atacante bateu para fora.

O time carioca se segurava como podia, quase sempre com faltas, chutões e demora a cada reposição de bola. Bonita ou não, a estratégia deu certo, e Júlio César não fez mais defesas difíceis. Um último susto foi acontecer apenas nos acréscimos, aos 47 minutos, em uma bomba de Reina, mas a bola passou a centímetros do travessão e saiu.



Ficha técnica:.

Nacional Potosí: Romero; Torrico, Montenegro (Velasco) e Galaín; Torres, Salazar, Pérez (Quiroga), Paniagua e Meza; Reina e Piñero (Gallegos). Técnico: Edgardo Malvestiti.

Fluminense: Júlio César; Renato Chaves, Gum e Frazan; Gilberto, Richard, Jadson, Sornoza (Mateus Norton) e Ayrton Lucas (Marlon); Pablo Dyego (Robinho) e Pedro. Técnico: Abel Braga.

Árbitro: Esteban Ostojich (Uruguai), auxiliado pelos compatriotas Nicolás Taran e Gabriel Popovits.

Cartões amarelos: Galaín (Nacional Potosí); Richard, Pablo Dyego e Gum (Fluminense).

Gols: Reina (2x) (Nacional Potosí).

Estádio: Víctor Agustín Ugarte, em Potosí (Bolívia).