Topo

"Eles devem agradecer a Keylor Navas", diz técnico do Bayern após eliminação

01/05/2018 20h37

Madri, 1 mai (EFE).- O técnico do Bayern de Munique, Jupp Heynckes, não escondeu a frustração com o empate com o Real Madrid em 2 a 2 nesta terça-feira, que culminou com a eliminação da equipe alemã nas semifinais da Liga dos Campeões, e considerou que a atuação do goleiro Keylor Navas foi determinante para a classificação do adversário.

"Se olharmos os dois jogos, acho que fomos melhores. Mas infelizmente não conseguimos chegar à final. Para os meus jogadores e para mim, é uma grande decepção. Em geral, os dois times fizeram publicidade para o futebol. Foi um jogo de nível internacional. Eles devem agradecer a Keylor Navas, que foi espetacular. Sobretudo, no fim do jogo. Defendeu muito bem, fez defesas muito difíceis", comentou o treinador em entrevista coletiva no Santiago Bernabéu.

Heynckes lamentou que depois de um primeiro tempo, que terminou com placar de 1 a 1, sua equipe tenha levado um gol tão cedo na etapa final em falha do goleiro Ulreich, que se enrolou com uma bola recuada por Tolisso e acabou permitindo que Benzema virasse o jogo em Madri.

"Com o 2 a 1, continuamos com moral. Saímos do susto e fomos para cima. Fomos muito fluidos, e o Real Madrid em sua própria casa só jogava no contra-ataque. Minha equipe jogou muito bem, há muito tempo que não vejo o Bayern assim tão bem. Sem falar nos vários desfalques por lesão. Em um jogo tão equilibrado quanto o de hoje, diante de 80 mil espectadores, não ter algumas alternativas deixa difícil vencer", analisou o técnico alemão, que eximiu o reserva de Manuel Neuer de culpa.

"Ulreich fez uma temporada espetacular. Teve um pequeno despiste. Primeiro pensou em pegar a bola com as mãos, mas se deu conta de que não podia e ficou nervoso. É terrível para o jogador e para a equipe. Tivemos muitas chances, mas não tivemos sorte. O goleiro do Real Madrid foi muito bem", opinou.

Heynckes havia se despedido do Bayern e da carreira de técnico em 2013 com a tríplice coroa, mas deixou a aposentadoria no começo desta temporada para voltar à equipe bávara. Questionado se o de hoje foi seu último jogo pela Liga dos Campeões, ele foi taxativo ao dizer que sim.

"Nunca tive a intenção de voltar ao banco de reservas, vocês sabem por quê. Hoje é uma situação que é definitiva. Nunca mais vou estar em uma partida da Liga dos Campeões e está bem assim. Acho que não há muitas pessoas que com 72 anos se metem nestas aventuras", esclareceu.